O Quatro: Políticos

04-10-2009
marcar artigo


Às 19.30 chegaram os convidados, acompanhados pela Paula de Deus. Sentámo-nos numa mesa do Café Alentejo, reservada da porta da entrada pela altura do balcão. Os funcionários foram solícitos e simpáticos, como sempre. Pediu-se borrego e rabo de boi, eu fiquei-me pela empada de porco preto. A acompanhar, vinho tinto e água. O Hasse Ferreira é um homem brilhante, com um sentido de humor apuradíssimo. Deu-se ao luxo de, com a sua fineza, fazer piada de alguns assuntos mais difíceis. Percebi uma velha amizade entre ele e o João Proença. Este último, mais reservado, falava informalmente do encontro havia uns dias em Guimarães, indignado pelo facto da CGTP, o PCP e o Bloco de Esquerda estarem a invectivar a flexigurança, colocando-se fora do debate. Contaram histórias de outros Governos (confesso que ia ouvindo aqui e ali nomes célebres mas o resto escapava-me) e episódios com anos. Confirmava-se a irreverência que tinha ouvido atribuirem ao Hasse Ferreira.Depois de um bom jantar tomou-se café com histórias de dias de trabalho muito longos, viagens cansativas, e sono ao volante, com acidentes e sobrevivências por triz (ambos sofreram acidentes de viação graves).A sua informalidade fez-me sentir como se estivesse na presença de dois conhecidos de longa data. Segui de carro com o João Proença para os Estúdios da Telefonia onde já nos aguardavam. Este ia assobiando a Marcha Nupcial de Mendelssohn (o que achei curioso).Depois disto seguiram-se cerca de 3 horas de debate em torno da flexigurança. A forma descomprometida como o Hasse fala, mesmo estando a ser gravado para rádio, é inacreditável. Estamos perante um homem que não sente que tenha de provar qualquer coisa.O João Proença fala e os que o ouvem sentem honestidade nas suas palavras. A simplicidade dos dois é proporcional à sua grandeza.Quando conhecemos os grandes percebemos quão ridícula é a vaidade dos pequenos.


Às 19.30 chegaram os convidados, acompanhados pela Paula de Deus. Sentámo-nos numa mesa do Café Alentejo, reservada da porta da entrada pela altura do balcão. Os funcionários foram solícitos e simpáticos, como sempre. Pediu-se borrego e rabo de boi, eu fiquei-me pela empada de porco preto. A acompanhar, vinho tinto e água. O Hasse Ferreira é um homem brilhante, com um sentido de humor apuradíssimo. Deu-se ao luxo de, com a sua fineza, fazer piada de alguns assuntos mais difíceis. Percebi uma velha amizade entre ele e o João Proença. Este último, mais reservado, falava informalmente do encontro havia uns dias em Guimarães, indignado pelo facto da CGTP, o PCP e o Bloco de Esquerda estarem a invectivar a flexigurança, colocando-se fora do debate. Contaram histórias de outros Governos (confesso que ia ouvindo aqui e ali nomes célebres mas o resto escapava-me) e episódios com anos. Confirmava-se a irreverência que tinha ouvido atribuirem ao Hasse Ferreira.Depois de um bom jantar tomou-se café com histórias de dias de trabalho muito longos, viagens cansativas, e sono ao volante, com acidentes e sobrevivências por triz (ambos sofreram acidentes de viação graves).A sua informalidade fez-me sentir como se estivesse na presença de dois conhecidos de longa data. Segui de carro com o João Proença para os Estúdios da Telefonia onde já nos aguardavam. Este ia assobiando a Marcha Nupcial de Mendelssohn (o que achei curioso).Depois disto seguiram-se cerca de 3 horas de debate em torno da flexigurança. A forma descomprometida como o Hasse fala, mesmo estando a ser gravado para rádio, é inacreditável. Estamos perante um homem que não sente que tenha de provar qualquer coisa.O João Proença fala e os que o ouvem sentem honestidade nas suas palavras. A simplicidade dos dois é proporcional à sua grandeza.Quando conhecemos os grandes percebemos quão ridícula é a vaidade dos pequenos.

marcar artigo