O Quatro: Liberdade e Organização

04-10-2009
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O homem é a mais frágil e dependente da vidas no planeta. Quando nasce e até uma idade avançada carece de apoio e de protecção.A sua incapacidade de viver sozinho levou-o a procurar a protecção do grupo. Com o estigma da escassez de recursos e falhada a estratégia de sobrevivência que consistia uma simples defesa do interesse próprio e dos seus descendentes (o homem vivia para encontrar comida e para se defender dos perigos, inclusíve os vindos da sua própria espécie), já que não restava tempo sequer para ganhar outro poder sobre as suas próprias condições de vida (Thomas Hobbes define assim o homem em estado de natureza), vingou a organização em comunidade. Subjugou-se esta solução aos corolários de uma estrutura de autoridade comum a todos os homens, com a missão de sustentar e aplicar regras vinculativas ao comportamento do indivíduo e ao da divisão do trabalho. O princípio da escassez fez pois emergir a dimensão política da sociedade e com ela a maior das polarizações da política, o eterno confronto entre liberdade e organização. As duas, em absoluto, ou impossibilitam a vida em sociedade ou negam a liberdade individual. Em consequência a procura das sociedades no equílibrio destes polos é permanente.A política nasce assim estigmatizada por esta dualização e dela nunca se libertará.


O homem é a mais frágil e dependente da vidas no planeta. Quando nasce e até uma idade avançada carece de apoio e de protecção.A sua incapacidade de viver sozinho levou-o a procurar a protecção do grupo. Com o estigma da escassez de recursos e falhada a estratégia de sobrevivência que consistia uma simples defesa do interesse próprio e dos seus descendentes (o homem vivia para encontrar comida e para se defender dos perigos, inclusíve os vindos da sua própria espécie), já que não restava tempo sequer para ganhar outro poder sobre as suas próprias condições de vida (Thomas Hobbes define assim o homem em estado de natureza), vingou a organização em comunidade. Subjugou-se esta solução aos corolários de uma estrutura de autoridade comum a todos os homens, com a missão de sustentar e aplicar regras vinculativas ao comportamento do indivíduo e ao da divisão do trabalho. O princípio da escassez fez pois emergir a dimensão política da sociedade e com ela a maior das polarizações da política, o eterno confronto entre liberdade e organização. As duas, em absoluto, ou impossibilitam a vida em sociedade ou negam a liberdade individual. Em consequência a procura das sociedades no equílibrio destes polos é permanente.A política nasce assim estigmatizada por esta dualização e dela nunca se libertará.

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