A Interpretação do Tempo: Dia Mundial da Árvore e da Poesia

26-06-2009
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Aqui creio que não se aplica a regra da discriminação positiva. Hoje, 21 de Março, começa a Primavera, ironicamente, é dos dias mais frios destes últimos meses! Hoje não se esqueçam, se tiverem oportunidade de plantar uma árvore, plantem, é preciso repor tudo o que já ardeu e chegar ao objectivo do Nobel da Paz, plantar um bilião de árvores este ano!Sendo o Dia Mundial da Poesia, deixo um poema da minha conterrânea Florbela que explica bem o que é "Ser Poeta":Ser poeta é ser mais alto, é ser maiorDo que os homens! Morder como quem beija!É ser mendigo e dar como quem sejaRei do Reino de Aquém e de Além Dor!É ter de mil desejos o esplendorE não saber sequer que se deseja!É ter cá dentro um astro que flameja,É ter garras e asas de condor!É ter fome, é ter sede de Infinito!Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...É condensar o mundo num só grito!E é amar-te, assim, perdidamente...É seres alma, e sangue, e vida em mimE dizê-lo cantando a toda a gente! E um outro do meu poeta preferido, o Pessoa:AutopsicografiaO poeta é um fingidor.Finge tão completamenteQue chega a fingir que é dorA dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve,Na dor lida sentem bem,Não as duas que ele teve,Mas só a que eles não têm.E assim nas calhas da rodaGira,a entreter a razão,Esse comboio de cordaQue se chama o coração.


Aqui creio que não se aplica a regra da discriminação positiva. Hoje, 21 de Março, começa a Primavera, ironicamente, é dos dias mais frios destes últimos meses! Hoje não se esqueçam, se tiverem oportunidade de plantar uma árvore, plantem, é preciso repor tudo o que já ardeu e chegar ao objectivo do Nobel da Paz, plantar um bilião de árvores este ano!Sendo o Dia Mundial da Poesia, deixo um poema da minha conterrânea Florbela que explica bem o que é "Ser Poeta":Ser poeta é ser mais alto, é ser maiorDo que os homens! Morder como quem beija!É ser mendigo e dar como quem sejaRei do Reino de Aquém e de Além Dor!É ter de mil desejos o esplendorE não saber sequer que se deseja!É ter cá dentro um astro que flameja,É ter garras e asas de condor!É ter fome, é ter sede de Infinito!Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...É condensar o mundo num só grito!E é amar-te, assim, perdidamente...É seres alma, e sangue, e vida em mimE dizê-lo cantando a toda a gente! E um outro do meu poeta preferido, o Pessoa:AutopsicografiaO poeta é um fingidor.Finge tão completamenteQue chega a fingir que é dorA dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve,Na dor lida sentem bem,Não as duas que ele teve,Mas só a que eles não têm.E assim nas calhas da rodaGira,a entreter a razão,Esse comboio de cordaQue se chama o coração.

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