Numa recente comunicação à Academia, o Reitor da Universidade de Évora dá conta da dramática situação financeira em que se encontra a Universidade e que resulta do sub-financiamento imposto por sucessivos Governos.Esta situação, que se agravou com o actual Governo do Partido Socialista sobretudo a partir de 2006, obrigou já o ano passado a um reforço orçamental de 3,2 milhões de euros, sob pena de os trabalhadores ficarem sem salários. No entanto, o OE para 2008 aprovado pelo PS determinou novos cortes nas verbas atribuídas ao Ensino Superior, incluindo a Universidade de Évora.É neste cenário que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior vem agora acenar com “contratos de saneamento financeiro”. Obrigando as Universidades a andar de mão estendida a caminho do Ministério, o Governo cria as condições para controlar politicamente estas instituições e para impor despedimentos.Para os reitores – pelo menos para aqueles que não quiserem resistir às imposições que lhes são feitas – fica reservado o papel de carrascos na concretização da tarefa ditada pelo Governo.Esta vergonhosa situação a que o PS sujeita as universidades é, aliás, um exemplo da profunda contradição entre os pomposos discursos e a prática governativa. Como é que o despedimento destes trabalhadores altamente qualificados se compatibiliza com o discurso da valorização da Ciência ou da importância da qualificação dos trabalhadores?A verdade é que o Governo PS não desiste do ataque ao Ensino Superior público, não desiste do ataque aos trabalhadores da Administração Pública e escolheu a Universidade de Évora como uma das primeiras a abater. Veremos quem está de cada lado da barricada…João Oliveira [Deputado do PCP pelo Distrito de Évora]in Notícias Alentejo
Categorias
Entidades
Numa recente comunicação à Academia, o Reitor da Universidade de Évora dá conta da dramática situação financeira em que se encontra a Universidade e que resulta do sub-financiamento imposto por sucessivos Governos.Esta situação, que se agravou com o actual Governo do Partido Socialista sobretudo a partir de 2006, obrigou já o ano passado a um reforço orçamental de 3,2 milhões de euros, sob pena de os trabalhadores ficarem sem salários. No entanto, o OE para 2008 aprovado pelo PS determinou novos cortes nas verbas atribuídas ao Ensino Superior, incluindo a Universidade de Évora.É neste cenário que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior vem agora acenar com “contratos de saneamento financeiro”. Obrigando as Universidades a andar de mão estendida a caminho do Ministério, o Governo cria as condições para controlar politicamente estas instituições e para impor despedimentos.Para os reitores – pelo menos para aqueles que não quiserem resistir às imposições que lhes são feitas – fica reservado o papel de carrascos na concretização da tarefa ditada pelo Governo.Esta vergonhosa situação a que o PS sujeita as universidades é, aliás, um exemplo da profunda contradição entre os pomposos discursos e a prática governativa. Como é que o despedimento destes trabalhadores altamente qualificados se compatibiliza com o discurso da valorização da Ciência ou da importância da qualificação dos trabalhadores?A verdade é que o Governo PS não desiste do ataque ao Ensino Superior público, não desiste do ataque aos trabalhadores da Administração Pública e escolheu a Universidade de Évora como uma das primeiras a abater. Veremos quem está de cada lado da barricada…João Oliveira [Deputado do PCP pelo Distrito de Évora]in Notícias Alentejo