From HERE to ETERNITY: O Twitter e a Política

29-09-2009
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Tudo começou há semanas atrás, quando Jorge Seguro Sanches, deputado do Partido Socialista por Castelo Branco, teve a ideia de organizar um encontro de twitters na Assembleia da República. O Twitter, para quem desconhece, é uma espécie de rede social que funciona num sistema de microblogging, com a emissão de mensagens com 140 caracteres, no máximo, e a sua difusão para utilizadores em todo o mundo. Jorge Seguro foi um dos primeiros deputados portugueses a aderir à nova moda e a utilizar as novas tecnologias para contactar directamente com o público.2 de Julho de 2009 foi a data escolhida para o encontro, também data do debate do Estado da Nação, o último da legislatura do governo de José Sócrates – pelo menos até às eleições legislativas, agendadas para 27 de Setembro deste mesmo ano. Jorge Seguro recebeu os seus convidados à porta do Parlamento, dando as instruções necessárias e respondendo a algumas questões da comunicação social. O encontro, esse, teria uma forte componente histórica e progressista: pela primeira vez na história da Assembleia da República e do nosso país, cidadãos portugueses tiveram a oportunidade de entrar no edifício do Parlamento com computadores portáteis e telemóveis e twittar das galerias, comentando o debate e divulgando de forma ainda mais rápida as novidades que nele iam acontecendo, acompanhando os deputados que normalmente o fazem durante as sessões.Cerca das 14 horas e pouco, com a chegada dos twitters e dos deputados convidados por Jorge Seguro, também eles utilizadores acérrimos do Twitter – Nuno Antão, do PS; Hermínio Loureiro, do PSD; e Pedro Mota Soares, do CDS-PP –, deu-se início à visita guiada pelos corredores e inúmeras salas do Parlamento Português. Marco Sargento, Relações Públicas da Assembleia da República, foi o guia desta visita e a fonte histórica de todos os pormenores observados ao longo da mesma. Cerca das 15 horas, com a aproximação do início do aguardado debate, a campainha ensurdecedora que pretende impelir os deputados a ocuparem os seus lugares no Parlamento iniciou a sua actividade e prolongou-se durante mais de quinze minutos consecutivos. Entretanto, os membros do Governo iniciaram, lentamente, a sua chegada à sala principal.José Sócrates cumprimentou Jorge Seguro e, estando a par da iniciativa e observando os convidados twitters que se encontravam no átrio, aprontou-se a cumprimentar alguns dos presentes, brindando-os com o sorriso habitual e o olhar sempre atento. Ouviu-se no ar: “Então, quando vai aderir ao Twitter?”. A verdade é que José Sócrates ficou curioso e garantiu que ia experimentar o Twitter, um dia. Após o término da visita guiada pelo edifício, os twitters ocuparam então os seus lugares na galeria reservada para o efeito, que permitia o acesso à Internet através da utilização da rede wireless do Parlamento. Apoio técnico foi providenciado aos utilizadores que não se conseguiam ligar à Internet, e o Debate da Nação iniciou-se, pela primeira vez na história, com uma galeria recheada de cidadãos com computadores e o Twitter ligado.@FLima90 ; @ rpcaldeira ; @filiprib ; @Janito ; @ annamartins ; @PauloQuerido ; @ritacteixeira ; @lmferreira2 e @marciaLis foram alguns dos presentes no encontro de twitters na Assembleia da República, que se aprontaram a ligar os computadores e twittar durante todo o debate. O debate no Twitter, esse, era tanto ou mais intenso do que a discussão parlamentar do Estado da Nação, com a chuva de opiniões e os comentários ao que ia acontecendo em directo. Até o computador Magalhães de um dos twitters presentes foi alvo de humor no grupo e de foco por parte da comunicação social que acompanhou energicamente todo o encontro histórico.Jorge Seguro confirmou a importância das novas tecnologias e, neste caso específico, do Twitter, para o exercício do poder político: “Desde que tenho Twitter, sinto-me mais perto dos cidadãos e as suas opiniões/ideias podem chegar-me de forma mais directa” afirmou o deputado, que aderiu à rede há alguns meses e, desde essa altura, confessa o ‘vício’ que esta tem provocado. Filipe Lima, um dos twitters presentes na Assembleia, reforçou a ideia de que o Twitter surge “como uma das mais mediáticas tecnologias e como meio moldador da opinião pública”, permitindo, “de uma forma directa, o contacto entre eleitos e eleitores. E - sem dúvida - esse é um grande passo no exercício do poder político. Por um lado, os eleitos, passam a poder dar resposta curta e concisa às necessidades dos twitters que os seguem, por outro, estes últimos sentem o estímulo para se envolverem nos assuntos políticos ao verem as suas preces atendidas.”.O debate do Estado da Nação, marcado por esta inovação tecnológica, foi também distinto, como era esperado, pela intervenção do Primeiro-Ministro José Sócrates, defendendo as políticas do Governo e as medidas tomadas ao longo dos quatro anos da legislatura, e pelas intervenções críticas da oposição. O Primeiro-Ministro reforçou a ideia de qualificação e formação profissional da população como aposta para o futuro, ideia essa que tem vindo a defender desde o início da legislatura e à qual o seu Governo tem procurado dar resposta. No discurso inicial, reforçou ainda a aposta fundamental nas energias renováveis, histórica e decisiva para o futuro do país e da Europa, e da qual Portugal é um país pioneiro. José Sócrates revelou ainda o investimento público na requalificação de centros de saúde e urgências, e o reforço na construção de novos equipamentos sociais, sendo esta uma das principais medidas anunciadas neste debate.O Governo criticou também a insuficiência de propostas por parte da oposição, não só durante este debate, mas ao longo da legislatura. Sócrates apelou à confiança que os portugueses podem voltar a depositar no seu Governo e a uma possível reeleição nas legislativas de Setembro. A justificação dada pelo Primeiro-Ministro em relação à crise que o país atravessa prende-se, sobretudo, com a crise que se faz sentir um pouco por todo o mundo – sobretudo o seu agravamento, já que, como José Sócrates admitiu em diversas ocasiões, Portugal é um país naturalmente mais sensível às flutuações económicas. Em nome do PSD, Paulo Rangel criticou sobretudo a falta de capacidade do Governo para contornar os chamados três D’s - desemprego, dívida externa e défice –, falando num Sócrates a viver “no país das maravilhas”. Pedindo para interpelar o Primeiro-Ministro e começando a criticar, durante a interpelação, novos temas e políticas executadas pelo Governo, o direito à palavra foi-lhe imediatamente retirado pelo Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, originando um certo ambiente pesado entre os presentes. Este debate foi também mercado pela última intervenção de Paulo Rangel na Assembleia portuguesa, ele que foi agora eleito para o Parlamento Europeu e deixará o seu cargo como deputado. Agradeceu a todos os partidos, sem excepção, pelos momentos que passou na Assembleia.Paulo Portas, líder da bancada do CDS-PP, criticou sobretudo o PRODEC e o modelo de avaliação dos professores, sendo que este último tema um dos mais contestados pela oposição durante a legislatura de José Sócrates. Francisco Louçã, em nome do BE, criticou as promessas feitas pelo Governo há quatro anos e que nunca chegaram a ser cumpridas, como por exemplo a redução do défice e a criação de emprego. Heloísa Apolónia, líder do PEV, criticou também as promessas que José Sócrates não cumpriu, segundo a sua opinião, nomeadamente o programa de desenvolvimento rural.O Estado da Nação deste dia 2 de Julho de 2009 sofreu um forte abalo com a atitude indisciplinada do Ministro da Economia, Manuel Pinho, ao fazer um gesto despropositado dirigido à bancada do PCP, mais especificamente ao deputado Bernardino Soares. O incidente provocou imediatamente uma grande agitação no Parlamento, sobretudo quando a fotografia e os vídeos captados no momento começaram a circular pela Internet e em papel por todos os deputados e twitters nas galerias. O pedido de desculpas à comunicação social foi endereçado pelo próprio ministro, que abandonou o debate, e mais tarde José Sócrates desculpou-se pela atitude do membro do seu governo. Já depois de os twitters abandonarem o debate, e se despedirem do deputado Jorge Seguro nas galerias, soube-se que o ministro se tinha demitido, que a sua demissão tinha sido imediatamente aceite pelo Primeiro-Ministro, e que a pasta da Economia será, agora, acumulada pelo Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.No balanço do dia, história foi, realmente, feita, embora com mais nuances do que inicialmente se esperava. Há quem diga que a presença dos twitters na Assembleia e o protocolo especial que foi preparado para os receber, tal como a permissão de comentar, em directo, no Twitter, o debate do Estado da Nação, conduziram ao aumento da divulgação de informação no Parlamento e à consequente difusão de fotografias e vídeos ilustrativos do gesto levado a cabo pelo Ministro da Economia. Por outro lado, há quem diga que a oposição, sentindo-se a perder o debate para o Governo, e ainda abalada pela atitude incorrecta de Paulo Rangel perante a Assembleia, aproveitou o deslize do ministro para terminar o debate e voltá-lo para um assunto que muito menos importância tem para a Nação Portuguesa do que o seu próprio estado. A verdade é que o dia foi longo e recheado, no que diz respeito à política portuguesa e à evolução social e popular que o encontro de twitters e o último grande debate desta legislatura despertaram.NOTA: Agradecimento especial ao deputado Jorge Seguro pela iniciativa e acompanhamento, e a Filipe Lima, Paulo Querido e Ana Martins pela cedência das fotografias.


Tudo começou há semanas atrás, quando Jorge Seguro Sanches, deputado do Partido Socialista por Castelo Branco, teve a ideia de organizar um encontro de twitters na Assembleia da República. O Twitter, para quem desconhece, é uma espécie de rede social que funciona num sistema de microblogging, com a emissão de mensagens com 140 caracteres, no máximo, e a sua difusão para utilizadores em todo o mundo. Jorge Seguro foi um dos primeiros deputados portugueses a aderir à nova moda e a utilizar as novas tecnologias para contactar directamente com o público.2 de Julho de 2009 foi a data escolhida para o encontro, também data do debate do Estado da Nação, o último da legislatura do governo de José Sócrates – pelo menos até às eleições legislativas, agendadas para 27 de Setembro deste mesmo ano. Jorge Seguro recebeu os seus convidados à porta do Parlamento, dando as instruções necessárias e respondendo a algumas questões da comunicação social. O encontro, esse, teria uma forte componente histórica e progressista: pela primeira vez na história da Assembleia da República e do nosso país, cidadãos portugueses tiveram a oportunidade de entrar no edifício do Parlamento com computadores portáteis e telemóveis e twittar das galerias, comentando o debate e divulgando de forma ainda mais rápida as novidades que nele iam acontecendo, acompanhando os deputados que normalmente o fazem durante as sessões.Cerca das 14 horas e pouco, com a chegada dos twitters e dos deputados convidados por Jorge Seguro, também eles utilizadores acérrimos do Twitter – Nuno Antão, do PS; Hermínio Loureiro, do PSD; e Pedro Mota Soares, do CDS-PP –, deu-se início à visita guiada pelos corredores e inúmeras salas do Parlamento Português. Marco Sargento, Relações Públicas da Assembleia da República, foi o guia desta visita e a fonte histórica de todos os pormenores observados ao longo da mesma. Cerca das 15 horas, com a aproximação do início do aguardado debate, a campainha ensurdecedora que pretende impelir os deputados a ocuparem os seus lugares no Parlamento iniciou a sua actividade e prolongou-se durante mais de quinze minutos consecutivos. Entretanto, os membros do Governo iniciaram, lentamente, a sua chegada à sala principal.José Sócrates cumprimentou Jorge Seguro e, estando a par da iniciativa e observando os convidados twitters que se encontravam no átrio, aprontou-se a cumprimentar alguns dos presentes, brindando-os com o sorriso habitual e o olhar sempre atento. Ouviu-se no ar: “Então, quando vai aderir ao Twitter?”. A verdade é que José Sócrates ficou curioso e garantiu que ia experimentar o Twitter, um dia. Após o término da visita guiada pelo edifício, os twitters ocuparam então os seus lugares na galeria reservada para o efeito, que permitia o acesso à Internet através da utilização da rede wireless do Parlamento. Apoio técnico foi providenciado aos utilizadores que não se conseguiam ligar à Internet, e o Debate da Nação iniciou-se, pela primeira vez na história, com uma galeria recheada de cidadãos com computadores e o Twitter ligado.@FLima90 ; @ rpcaldeira ; @filiprib ; @Janito ; @ annamartins ; @PauloQuerido ; @ritacteixeira ; @lmferreira2 e @marciaLis foram alguns dos presentes no encontro de twitters na Assembleia da República, que se aprontaram a ligar os computadores e twittar durante todo o debate. O debate no Twitter, esse, era tanto ou mais intenso do que a discussão parlamentar do Estado da Nação, com a chuva de opiniões e os comentários ao que ia acontecendo em directo. Até o computador Magalhães de um dos twitters presentes foi alvo de humor no grupo e de foco por parte da comunicação social que acompanhou energicamente todo o encontro histórico.Jorge Seguro confirmou a importância das novas tecnologias e, neste caso específico, do Twitter, para o exercício do poder político: “Desde que tenho Twitter, sinto-me mais perto dos cidadãos e as suas opiniões/ideias podem chegar-me de forma mais directa” afirmou o deputado, que aderiu à rede há alguns meses e, desde essa altura, confessa o ‘vício’ que esta tem provocado. Filipe Lima, um dos twitters presentes na Assembleia, reforçou a ideia de que o Twitter surge “como uma das mais mediáticas tecnologias e como meio moldador da opinião pública”, permitindo, “de uma forma directa, o contacto entre eleitos e eleitores. E - sem dúvida - esse é um grande passo no exercício do poder político. Por um lado, os eleitos, passam a poder dar resposta curta e concisa às necessidades dos twitters que os seguem, por outro, estes últimos sentem o estímulo para se envolverem nos assuntos políticos ao verem as suas preces atendidas.”.O debate do Estado da Nação, marcado por esta inovação tecnológica, foi também distinto, como era esperado, pela intervenção do Primeiro-Ministro José Sócrates, defendendo as políticas do Governo e as medidas tomadas ao longo dos quatro anos da legislatura, e pelas intervenções críticas da oposição. O Primeiro-Ministro reforçou a ideia de qualificação e formação profissional da população como aposta para o futuro, ideia essa que tem vindo a defender desde o início da legislatura e à qual o seu Governo tem procurado dar resposta. No discurso inicial, reforçou ainda a aposta fundamental nas energias renováveis, histórica e decisiva para o futuro do país e da Europa, e da qual Portugal é um país pioneiro. José Sócrates revelou ainda o investimento público na requalificação de centros de saúde e urgências, e o reforço na construção de novos equipamentos sociais, sendo esta uma das principais medidas anunciadas neste debate.O Governo criticou também a insuficiência de propostas por parte da oposição, não só durante este debate, mas ao longo da legislatura. Sócrates apelou à confiança que os portugueses podem voltar a depositar no seu Governo e a uma possível reeleição nas legislativas de Setembro. A justificação dada pelo Primeiro-Ministro em relação à crise que o país atravessa prende-se, sobretudo, com a crise que se faz sentir um pouco por todo o mundo – sobretudo o seu agravamento, já que, como José Sócrates admitiu em diversas ocasiões, Portugal é um país naturalmente mais sensível às flutuações económicas. Em nome do PSD, Paulo Rangel criticou sobretudo a falta de capacidade do Governo para contornar os chamados três D’s - desemprego, dívida externa e défice –, falando num Sócrates a viver “no país das maravilhas”. Pedindo para interpelar o Primeiro-Ministro e começando a criticar, durante a interpelação, novos temas e políticas executadas pelo Governo, o direito à palavra foi-lhe imediatamente retirado pelo Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, originando um certo ambiente pesado entre os presentes. Este debate foi também mercado pela última intervenção de Paulo Rangel na Assembleia portuguesa, ele que foi agora eleito para o Parlamento Europeu e deixará o seu cargo como deputado. Agradeceu a todos os partidos, sem excepção, pelos momentos que passou na Assembleia.Paulo Portas, líder da bancada do CDS-PP, criticou sobretudo o PRODEC e o modelo de avaliação dos professores, sendo que este último tema um dos mais contestados pela oposição durante a legislatura de José Sócrates. Francisco Louçã, em nome do BE, criticou as promessas feitas pelo Governo há quatro anos e que nunca chegaram a ser cumpridas, como por exemplo a redução do défice e a criação de emprego. Heloísa Apolónia, líder do PEV, criticou também as promessas que José Sócrates não cumpriu, segundo a sua opinião, nomeadamente o programa de desenvolvimento rural.O Estado da Nação deste dia 2 de Julho de 2009 sofreu um forte abalo com a atitude indisciplinada do Ministro da Economia, Manuel Pinho, ao fazer um gesto despropositado dirigido à bancada do PCP, mais especificamente ao deputado Bernardino Soares. O incidente provocou imediatamente uma grande agitação no Parlamento, sobretudo quando a fotografia e os vídeos captados no momento começaram a circular pela Internet e em papel por todos os deputados e twitters nas galerias. O pedido de desculpas à comunicação social foi endereçado pelo próprio ministro, que abandonou o debate, e mais tarde José Sócrates desculpou-se pela atitude do membro do seu governo. Já depois de os twitters abandonarem o debate, e se despedirem do deputado Jorge Seguro nas galerias, soube-se que o ministro se tinha demitido, que a sua demissão tinha sido imediatamente aceite pelo Primeiro-Ministro, e que a pasta da Economia será, agora, acumulada pelo Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.No balanço do dia, história foi, realmente, feita, embora com mais nuances do que inicialmente se esperava. Há quem diga que a presença dos twitters na Assembleia e o protocolo especial que foi preparado para os receber, tal como a permissão de comentar, em directo, no Twitter, o debate do Estado da Nação, conduziram ao aumento da divulgação de informação no Parlamento e à consequente difusão de fotografias e vídeos ilustrativos do gesto levado a cabo pelo Ministro da Economia. Por outro lado, há quem diga que a oposição, sentindo-se a perder o debate para o Governo, e ainda abalada pela atitude incorrecta de Paulo Rangel perante a Assembleia, aproveitou o deslize do ministro para terminar o debate e voltá-lo para um assunto que muito menos importância tem para a Nação Portuguesa do que o seu próprio estado. A verdade é que o dia foi longo e recheado, no que diz respeito à política portuguesa e à evolução social e popular que o encontro de twitters e o último grande debate desta legislatura despertaram.NOTA: Agradecimento especial ao deputado Jorge Seguro pela iniciativa e acompanhamento, e a Filipe Lima, Paulo Querido e Ana Martins pela cedência das fotografias.

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