Psicasténica: Back in the USSR

06-10-2009
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Beret, Sierra Nevada, Chamonix, Courchevel…SIBÉRIA! Estâncias de Inverno prestigiadas, hotéis de cinco estrelas, gulags comunistas, enfim, o sonho de qualquer turista da neve. Se as primeiras são por demais conhecidas, a Psicasténica decidiu dar largas ao espírito Peolpe & Arts que nos invade de quando em vez e mostrar o requinte do fascinante mundo dos gulags. O turismo nestas estâncias conheceu o seu apogeu nas décadas de 30 e 40 do século passado, graças ao espírito empreendedor e visão estratégica e pioneira de Josif Vissarionovich Stalin, esse reconhecido empresário da hotelaria. Ditador, dizem as más línguas…mas que outro génio se lembrou de povoar uma região inóspita e conciliar o lazer e a integração dos indivíduos nos parâmetros da sociedade? Que saudades do comunismo! Tanta gente a aprender a viver em comunidade, a não desrespeitar o bem comum, a respirar liberdade e, melhor que tudo, a desfrutar do ar puro a uma temperatura média de -55º! Que pena o progresso nessa altura não ter dado aos que viviam desta empresa as legis artis bastantes para evitar 20 milhões de mortes acidentais… Diz-nos Bernardino Soares (apologista da ideia de que o regime da Coreia do Norte é uma verdadeira democracia), entrevistado pelo Sr. Anselmo, que “não fosse a péssima decisão do Ministério do Interior Soviético na década de 60, ainda hoje podíamos apreciar a beleza das estepes, praticar os mais belos desportos de Inverno, nem que para tal fosse necessário enterrar umas dezenas de opositores ao regime para fazer uma rampa, ao mesmo tempo que assistiríamos ao inculcar de verdadeiros princípios nas populações”. Só perante estas fantásticas condições, acrescentamos nós, poderiam florescer aureolados escritores como, Alexander Solzhenitsyn, Yevgenia Ginzburg, Varlam Shalamov ou Alexander Dolgun. Diversão, valores, inspiração e paz de espírito. Que mais podemos pedir? Não fique em casa…não deixe que o capitalismo o condene à cegueira mental. Desperte o comunista que há em si, cultive o anti-imperialismo no seu filhote e faça um favor às gerações vindouras: deixá-las sonhar com umas férias de sonho na Sibéria, desde o mais radical snowboard nas valas comuns a um relaxante chá quente numa torre de vigia.SUB-LODO


Beret, Sierra Nevada, Chamonix, Courchevel…SIBÉRIA! Estâncias de Inverno prestigiadas, hotéis de cinco estrelas, gulags comunistas, enfim, o sonho de qualquer turista da neve. Se as primeiras são por demais conhecidas, a Psicasténica decidiu dar largas ao espírito Peolpe & Arts que nos invade de quando em vez e mostrar o requinte do fascinante mundo dos gulags. O turismo nestas estâncias conheceu o seu apogeu nas décadas de 30 e 40 do século passado, graças ao espírito empreendedor e visão estratégica e pioneira de Josif Vissarionovich Stalin, esse reconhecido empresário da hotelaria. Ditador, dizem as más línguas…mas que outro génio se lembrou de povoar uma região inóspita e conciliar o lazer e a integração dos indivíduos nos parâmetros da sociedade? Que saudades do comunismo! Tanta gente a aprender a viver em comunidade, a não desrespeitar o bem comum, a respirar liberdade e, melhor que tudo, a desfrutar do ar puro a uma temperatura média de -55º! Que pena o progresso nessa altura não ter dado aos que viviam desta empresa as legis artis bastantes para evitar 20 milhões de mortes acidentais… Diz-nos Bernardino Soares (apologista da ideia de que o regime da Coreia do Norte é uma verdadeira democracia), entrevistado pelo Sr. Anselmo, que “não fosse a péssima decisão do Ministério do Interior Soviético na década de 60, ainda hoje podíamos apreciar a beleza das estepes, praticar os mais belos desportos de Inverno, nem que para tal fosse necessário enterrar umas dezenas de opositores ao regime para fazer uma rampa, ao mesmo tempo que assistiríamos ao inculcar de verdadeiros princípios nas populações”. Só perante estas fantásticas condições, acrescentamos nós, poderiam florescer aureolados escritores como, Alexander Solzhenitsyn, Yevgenia Ginzburg, Varlam Shalamov ou Alexander Dolgun. Diversão, valores, inspiração e paz de espírito. Que mais podemos pedir? Não fique em casa…não deixe que o capitalismo o condene à cegueira mental. Desperte o comunista que há em si, cultive o anti-imperialismo no seu filhote e faça um favor às gerações vindouras: deixá-las sonhar com umas férias de sonho na Sibéria, desde o mais radical snowboard nas valas comuns a um relaxante chá quente numa torre de vigia.SUB-LODO

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