Câmara dos Lordes: Temos o que mercemos (145)

05-07-2009
marcar artigo


Sabemos que o Jugular é um blogue em que se diz as coisas mais extraordinárias. Desde os textos aos comentários tudo é hilariante. Mas penso que o prémio sensação vai para este comentário de um senhor chamado António Parente, neste texto de F. Câncio a que o Tiago dá uma resposta exemplar. "A apreciação do Presidente da República é exagerada tal como foi excessiva a demissão de Manuel Pinho. O gesto foi lamentável mas o comportamento dos deputados, os apartes e os comentários despropositados, conduz a um clima de agressividade verbal que não dignifica o parlamento e a actividade política e propicia reacções como as do ex-ministro Manuel Pinho.É pena que não seja audível o aparte do deputado Bernardino Soares que originou a reacção de Manuel Pinho. Provavelmente justificar-se-ia uma censura pública ao comportamento do dito deputado. Debates parlamentares conduzem a climas emocionalmente desgastantes e é necessário ter isso em conta quando se analisam comportamentos de governantes e deputados.Para mim, a demissão de Manuel Pinho foi desproporcionada face aos acontecimentos que a geraram. Há outra coisa muito importante, relacionada com este episódio, e de que se fala pouco: o nível de exigência moral que se carrega nos ombros dos governantes.Um ministro ou um secretário do estado não tem de ser um modelo de virtudes para a sociedade. Não é essa a sua função. Deve governar bem, respeitar as leis e a Constituição, respeitar o seu mandato e dignificar as suas funções. Não deve é ser julgados na praça pública por questões relacionadas com a sua vida privada ou com outras que não interfiram no desempenho das suas funções. Não são santos que nos governam. São seres humanos tão fortes ou tão frágeis como todos os outros. Respeitem-nos ou daqui a uns anos além de não termos pessoas que não votam teremos pessoas que não querem ser eleitas nem querem exercer cargos políticos."


Sabemos que o Jugular é um blogue em que se diz as coisas mais extraordinárias. Desde os textos aos comentários tudo é hilariante. Mas penso que o prémio sensação vai para este comentário de um senhor chamado António Parente, neste texto de F. Câncio a que o Tiago dá uma resposta exemplar. "A apreciação do Presidente da República é exagerada tal como foi excessiva a demissão de Manuel Pinho. O gesto foi lamentável mas o comportamento dos deputados, os apartes e os comentários despropositados, conduz a um clima de agressividade verbal que não dignifica o parlamento e a actividade política e propicia reacções como as do ex-ministro Manuel Pinho.É pena que não seja audível o aparte do deputado Bernardino Soares que originou a reacção de Manuel Pinho. Provavelmente justificar-se-ia uma censura pública ao comportamento do dito deputado. Debates parlamentares conduzem a climas emocionalmente desgastantes e é necessário ter isso em conta quando se analisam comportamentos de governantes e deputados.Para mim, a demissão de Manuel Pinho foi desproporcionada face aos acontecimentos que a geraram. Há outra coisa muito importante, relacionada com este episódio, e de que se fala pouco: o nível de exigência moral que se carrega nos ombros dos governantes.Um ministro ou um secretário do estado não tem de ser um modelo de virtudes para a sociedade. Não é essa a sua função. Deve governar bem, respeitar as leis e a Constituição, respeitar o seu mandato e dignificar as suas funções. Não deve é ser julgados na praça pública por questões relacionadas com a sua vida privada ou com outras que não interfiram no desempenho das suas funções. Não são santos que nos governam. São seres humanos tão fortes ou tão frágeis como todos os outros. Respeitem-nos ou daqui a uns anos além de não termos pessoas que não votam teremos pessoas que não querem ser eleitas nem querem exercer cargos políticos."

marcar artigo