Pau pra toda a obra

25-05-2005
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Um blog de Pedro Pelichos, sobre tudo e mais alguma coisa, numa perspectiva conimbricense. pedropelichos@sapo.pt

Já há alguns meses que se falava na hipótese (que era quase uma certeza) de que Carvalhas iria deixar o seu posto ainda no presente ano de 2004. Como tal, esta é uma notícia que não surpreende ninguém.Carlos Carvalhas, em 12 anos enquanto secretário-geral do PCP, confirmou as piores expectativas que sobre ele pesavam quando Álvaro Cunhal lhe passou o testemunho: foi um líder sem ponta de carisma, sem ideias novas, que se limitou a debitar a mesma retórica que o seu antecessor (sem, contudo, a mesma convicção de Cunhal), e a fingir que a URSS, a RDA e o Muro de Berlim ainda existiam, e que Cuba é o "paraíso na Terra".Quanto à sucessão, é de prever que a cadeira do poder calhe em sorte a mais um ultra da linha dura, ficando apenas a dúvida se se tratará de um jovem líder (como o norte-coreano Bernardino Soares), ou se a um querido líder de idade mais avançada (como o metalúrgico Jerónimo de Sousa). Num caso ou noutro, o mais ortodoxo partido comunista da Europa Ocidental continuará inexoravelmente a perder votos e influência. E a caminhar para o seu fim.

Um blog de Pedro Pelichos, sobre tudo e mais alguma coisa, numa perspectiva conimbricense. pedropelichos@sapo.pt

Já há alguns meses que se falava na hipótese (que era quase uma certeza) de que Carvalhas iria deixar o seu posto ainda no presente ano de 2004. Como tal, esta é uma notícia que não surpreende ninguém.Carlos Carvalhas, em 12 anos enquanto secretário-geral do PCP, confirmou as piores expectativas que sobre ele pesavam quando Álvaro Cunhal lhe passou o testemunho: foi um líder sem ponta de carisma, sem ideias novas, que se limitou a debitar a mesma retórica que o seu antecessor (sem, contudo, a mesma convicção de Cunhal), e a fingir que a URSS, a RDA e o Muro de Berlim ainda existiam, e que Cuba é o "paraíso na Terra".Quanto à sucessão, é de prever que a cadeira do poder calhe em sorte a mais um ultra da linha dura, ficando apenas a dúvida se se tratará de um jovem líder (como o norte-coreano Bernardino Soares), ou se a um querido líder de idade mais avançada (como o metalúrgico Jerónimo de Sousa). Num caso ou noutro, o mais ortodoxo partido comunista da Europa Ocidental continuará inexoravelmente a perder votos e influência. E a caminhar para o seu fim.

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