Ponteiros Parados: SOCIALISMO REAL

02-10-2009
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O Público de hoje traz um artigo sobre a Coreia do Norte. Há duas coisas naquele país que não devem ser misturadas. Por um lado, a fome e a miséria em que vivem aqueles desgraçados, aos quais é vendida a ideia de viverem num paraíso terrestre sob o iluminado comando de um deus, filho de um deus e pai de outro deus que irá reinar depois dele.Mas, depois, há aquelas coisas que, sendo aparentemente caricatas, são a expressão de um pesadelo que menoriza por completo seres humanos racionais. E temos, assim, tão grave como a fome, a ausência de liberdade.Na Coreia do Norte, é proibido ver as telenovelas da Coreia do Sul. A polícia política chega a cortar a electricidade em blocos de apartamentos quando descobre que há pessoas que, graças a parabólicas, vêem programas estrangeiros proibidos ou prendendo quem é apanhado com um dvd ilegal.Tudo isto é, hoje, demasiado surrealista para nós, europeus. Mas o que é verdadeiramente impressionante é o facto de ainda há 20 anos termos daquilo na nossa Europa. A RDA, a Roménia, a Bulgária, a Polónia, a Hungria, a Checoslováquia eram países onde os seus habitantes só podiam ver os filmes, ler os livros, ouvir as canções que as autoridades comunistas autorizavam. E que não podiam viajar para onde quisessem, nem exprimir livremente as suas ideias nos jornais, na televisão, nas ruas, nos cafés.Foi há apenas 20 anos que cidadãos europeus eram tratados como hoje são tratados os cidadãos norte-coreanos. Naquela Europa que é hoje a União Europeia.


O Público de hoje traz um artigo sobre a Coreia do Norte. Há duas coisas naquele país que não devem ser misturadas. Por um lado, a fome e a miséria em que vivem aqueles desgraçados, aos quais é vendida a ideia de viverem num paraíso terrestre sob o iluminado comando de um deus, filho de um deus e pai de outro deus que irá reinar depois dele.Mas, depois, há aquelas coisas que, sendo aparentemente caricatas, são a expressão de um pesadelo que menoriza por completo seres humanos racionais. E temos, assim, tão grave como a fome, a ausência de liberdade.Na Coreia do Norte, é proibido ver as telenovelas da Coreia do Sul. A polícia política chega a cortar a electricidade em blocos de apartamentos quando descobre que há pessoas que, graças a parabólicas, vêem programas estrangeiros proibidos ou prendendo quem é apanhado com um dvd ilegal.Tudo isto é, hoje, demasiado surrealista para nós, europeus. Mas o que é verdadeiramente impressionante é o facto de ainda há 20 anos termos daquilo na nossa Europa. A RDA, a Roménia, a Bulgária, a Polónia, a Hungria, a Checoslováquia eram países onde os seus habitantes só podiam ver os filmes, ler os livros, ouvir as canções que as autoridades comunistas autorizavam. E que não podiam viajar para onde quisessem, nem exprimir livremente as suas ideias nos jornais, na televisão, nas ruas, nos cafés.Foi há apenas 20 anos que cidadãos europeus eram tratados como hoje são tratados os cidadãos norte-coreanos. Naquela Europa que é hoje a União Europeia.

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