Altoseixo: Optimismo

01-07-2009
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Eu sei que é assim. Tal como são insondáveis os caminhos do Senhor, também é ténue e frágil, mas misteriosamente indelével, a linha que separa a competência, da confiança política.Ocorreu-me isto por ver aparecer à frente da Eléctrica Portuguesa (ou será Ibérica?, ou será Espanhola? ) um senhor gestor competentíssimo, que por sinal foi ministro do Santana, lembram-se? Aquele presidente de câmara do carrito dos 20 mil contos que foi 1º ministro em pós laboral.Lá no assento etéreo a que subiu fez agora 200 anitos, com aquele ar debochado que sempre usou, o Barbosa du Bocage deve ter dito para o Camões:Repara Luís, quão semelhante acho os ministros do PSD aos do PS quando os cotejo!Como cidadão contribuinte, já mesmo muito esmifrado de contribuir, fico muito contente por ver o senhor Mexia, que parece que afinal ainda Mexe, à frente da EDP. Tão contente que até já me esqueci do aumento da luz que foi anteontem, mas que certamente ou era inevitável, ou foi culpa do outro parreco que foi de pandeque.Quanto aos espanhóis estarem na Administração, eu que me cheguei a preocupar, afinal acho que só tenho razões para estar descansado.Até porque nestas coisas da luz nós estamos mais do que defendidos. Então quem é o Prsidente (como diz o Mário Soares) da Iberdrola em Portugal, nada mais nada menos que outro alho da economia, que tantas alegrias e vitórias deu a este país, que é o amigo Joaquim Pina Moura. Aquele que depois de ser ministro das finanças com Guterres e depois de ter dado aval a grandes negociatas no domínio da energia, começou por cobrar altas maquias ao BCP como consultor, e acabou, olha que coincidência, como nº 1 da Iberdrola. Resumindo, este senhor deputado, pago com o dinheiro dos contribuintes portugueses, e presidente de uma companhia espanhola com salário pago por espanhóis, conhecendo bem as estruturas da EDP, domina agora parte do seu capital ao serviço do rei de Castela. Perceberam? Mas que ninguém se aflija porque está tudo sob controle. O ministro Pinho garante. E se não fosse o ministro garantia a confiança que devemos ter no homem, ele até já disse que a sua ética era a lei, ora pronto. Qual Deus, qual Pátria, qual Família, que outros valores, quais referências. Lei é lei e ponto final. Então há alguma razão para estarmos preocupados? Acho que não.De resto isto dos espanhóis estarem na economia portuguesa, já é um problema muito estudado e ultrapassado, lembram-se daquele grupo de empresários, os quarenta que foram a Belém, (Oh diabo! se eram quarenta será que eram empresários?) onde até estava o Prsidente do BCP, que agora até é outro, mas que na qualidade de Prsidente do BCP, ainda ontem foi com o senhor Ministro Pinho dar o aval ao novo modelo da EDP. Nessa altura estava lá também aquele senhor Amorim, que agora é dos que custeiam o Cavaco, mas ninguém pode saber, o mesmo que no dia em que foi dizer ao Sampaio que estava preocupado com espanhóis, que entram por aqui a dentro, como os chineses na Madeira, à saída logo ali, no Jardim frente ao Palácio recebeu um telefonema de um ustede, e aquilo foi limpinho, vendeu-lhe logo ali 40 milhões de industrias, para ele não pensar que nós somos alguns pelintras que estamos para aqui.Agora digam lá se temos ou não razão para estar optimistas?

Eu sei que é assim. Tal como são insondáveis os caminhos do Senhor, também é ténue e frágil, mas misteriosamente indelével, a linha que separa a competência, da confiança política.Ocorreu-me isto por ver aparecer à frente da Eléctrica Portuguesa (ou será Ibérica?, ou será Espanhola? ) um senhor gestor competentíssimo, que por sinal foi ministro do Santana, lembram-se? Aquele presidente de câmara do carrito dos 20 mil contos que foi 1º ministro em pós laboral.Lá no assento etéreo a que subiu fez agora 200 anitos, com aquele ar debochado que sempre usou, o Barbosa du Bocage deve ter dito para o Camões:Repara Luís, quão semelhante acho os ministros do PSD aos do PS quando os cotejo!Como cidadão contribuinte, já mesmo muito esmifrado de contribuir, fico muito contente por ver o senhor Mexia, que parece que afinal ainda Mexe, à frente da EDP. Tão contente que até já me esqueci do aumento da luz que foi anteontem, mas que certamente ou era inevitável, ou foi culpa do outro parreco que foi de pandeque.Quanto aos espanhóis estarem na Administração, eu que me cheguei a preocupar, afinal acho que só tenho razões para estar descansado.Até porque nestas coisas da luz nós estamos mais do que defendidos. Então quem é o Prsidente (como diz o Mário Soares) da Iberdrola em Portugal, nada mais nada menos que outro alho da economia, que tantas alegrias e vitórias deu a este país, que é o amigo Joaquim Pina Moura. Aquele que depois de ser ministro das finanças com Guterres e depois de ter dado aval a grandes negociatas no domínio da energia, começou por cobrar altas maquias ao BCP como consultor, e acabou, olha que coincidência, como nº 1 da Iberdrola. Resumindo, este senhor deputado, pago com o dinheiro dos contribuintes portugueses, e presidente de uma companhia espanhola com salário pago por espanhóis, conhecendo bem as estruturas da EDP, domina agora parte do seu capital ao serviço do rei de Castela. Perceberam? Mas que ninguém se aflija porque está tudo sob controle. O ministro Pinho garante. E se não fosse o ministro garantia a confiança que devemos ter no homem, ele até já disse que a sua ética era a lei, ora pronto. Qual Deus, qual Pátria, qual Família, que outros valores, quais referências. Lei é lei e ponto final. Então há alguma razão para estarmos preocupados? Acho que não.De resto isto dos espanhóis estarem na economia portuguesa, já é um problema muito estudado e ultrapassado, lembram-se daquele grupo de empresários, os quarenta que foram a Belém, (Oh diabo! se eram quarenta será que eram empresários?) onde até estava o Prsidente do BCP, que agora até é outro, mas que na qualidade de Prsidente do BCP, ainda ontem foi com o senhor Ministro Pinho dar o aval ao novo modelo da EDP. Nessa altura estava lá também aquele senhor Amorim, que agora é dos que custeiam o Cavaco, mas ninguém pode saber, o mesmo que no dia em que foi dizer ao Sampaio que estava preocupado com espanhóis, que entram por aqui a dentro, como os chineses na Madeira, à saída logo ali, no Jardim frente ao Palácio recebeu um telefonema de um ustede, e aquilo foi limpinho, vendeu-lhe logo ali 40 milhões de industrias, para ele não pensar que nós somos alguns pelintras que estamos para aqui.Agora digam lá se temos ou não razão para estar optimistas?

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