Sol

07-12-2007
marcar artigo

O PS rejeitou hoje que o PCP tenha autoridade para denunciar violações aos direitos democráticos invocando as expulsões de dirigentes comunistas como Edgar Correia e Carlos Brito

PS contesta legitimidade do PCP para falar em falta de democracia

Depois de o PCP responsabilizar o Governo PS pela limitação de direitos e liberdades dos cidadãos para se manter no poder, o deputado socialista Ricardo Rodrigues rejeitou que os comunistas tenham autoridade para falar em democracia.

«Quantos militantes e deputados do PCP é que já foram expulsos?» afirmou, aludindo ao recente caso da deputada Luísa Mesquita, expulsa na semana passada do seu partido.

O deputado reforçou a argumentação invocando posteriormente os casos das expulsões do já falecido Edgar Correia e do histórico Carlos Brito, (que foi suspenso e não expulso) em 2003 e questionou o PCP sobre uma eventual próxima expulsão do ex-secretário-geral comunista Carlos Carvalhas.

«É a técnica e a regra a que temos vindo a assistir» , disse.

As afirmações do deputado socialista na interpelação parlamentar sobre o estado da democracia, direitos e liberdades causaram indignação na bancada do PCP, com o líder parlamentar, Bernardino Soares, a acusar, no encerramento, o PS de «anti-comunismo primário» e de ingerência na vida interna do PCP.

Bernardino Soares classificou as afirmações de Ricardo Rodrigues de «alarvidades e insultos» e afirmou que a intervenção do PS poderia ter sido feita «pela extrema-direita».

Após a intervenção de Bernardino Soares, Ricardo Rodrigues pediu a palavra dizendo que «por um lapsus linguae» se enganou.

«Nunca quis dizer Carlos Carvalhas mas sim Carvalho da Silva» (o secretário-geral da CGTP), para espanto da bancada comunista.

No discurso de encerramento, Bernardino Soares disse que a interpelação parlamentar constitui «um aviso e um alerta».

«Constitui matéria de um enorme sobressalto democrático a intenção do Governo de submeter a uma tutela política através do secretário-geral do Serviço de Informações e Segurança Interna a actuação policial e a coordenação da investigação criminal» , disse.

Na sua intervenção de encerramento do debate, o ministro da Justiça, Alberto Costa, afirmou que quer o Código de Processo Penal quer as leis em discussão pública na área da Justiça e Segurança Interna reforçam a autonomia do ministério público e do conselho da magistratura e do procurador-geral da República.

«Quem acredita seriamente que a democracia está em causa?» , questionou, rejeitando quer a «politização da justiça» quer a «policialização ou repressão» da sociedade portuguesa.

Lusa / SOL

Relacionados

O PS rejeitou hoje que o PCP tenha autoridade para denunciar violações aos direitos democráticos invocando as expulsões de dirigentes comunistas como Edgar Correia e Carlos Brito

PS contesta legitimidade do PCP para falar em falta de democracia

Depois de o PCP responsabilizar o Governo PS pela limitação de direitos e liberdades dos cidadãos para se manter no poder, o deputado socialista Ricardo Rodrigues rejeitou que os comunistas tenham autoridade para falar em democracia.

«Quantos militantes e deputados do PCP é que já foram expulsos?» afirmou, aludindo ao recente caso da deputada Luísa Mesquita, expulsa na semana passada do seu partido.

O deputado reforçou a argumentação invocando posteriormente os casos das expulsões do já falecido Edgar Correia e do histórico Carlos Brito, (que foi suspenso e não expulso) em 2003 e questionou o PCP sobre uma eventual próxima expulsão do ex-secretário-geral comunista Carlos Carvalhas.

«É a técnica e a regra a que temos vindo a assistir» , disse.

As afirmações do deputado socialista na interpelação parlamentar sobre o estado da democracia, direitos e liberdades causaram indignação na bancada do PCP, com o líder parlamentar, Bernardino Soares, a acusar, no encerramento, o PS de «anti-comunismo primário» e de ingerência na vida interna do PCP.

Bernardino Soares classificou as afirmações de Ricardo Rodrigues de «alarvidades e insultos» e afirmou que a intervenção do PS poderia ter sido feita «pela extrema-direita».

Após a intervenção de Bernardino Soares, Ricardo Rodrigues pediu a palavra dizendo que «por um lapsus linguae» se enganou.

«Nunca quis dizer Carlos Carvalhas mas sim Carvalho da Silva» (o secretário-geral da CGTP), para espanto da bancada comunista.

No discurso de encerramento, Bernardino Soares disse que a interpelação parlamentar constitui «um aviso e um alerta».

«Constitui matéria de um enorme sobressalto democrático a intenção do Governo de submeter a uma tutela política através do secretário-geral do Serviço de Informações e Segurança Interna a actuação policial e a coordenação da investigação criminal» , disse.

Na sua intervenção de encerramento do debate, o ministro da Justiça, Alberto Costa, afirmou que quer o Código de Processo Penal quer as leis em discussão pública na área da Justiça e Segurança Interna reforçam a autonomia do ministério público e do conselho da magistratura e do procurador-geral da República.

«Quem acredita seriamente que a democracia está em causa?» , questionou, rejeitando quer a «politização da justiça» quer a «policialização ou repressão» da sociedade portuguesa.

Lusa / SOL

Relacionados

marcar artigo