AR: PCP exige explicações sobre carteira de acções do Fundo de pensões da Segurança Social

26-10-2008
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Economia

AR: PCP exige explicações sobre carteira de acções do Fundo de pensões da Segurança Social

Lisboa, 21 Out (Lusa) -- O PCP considerou hoje "inaceitável" que o Governo "jogue na bolsa" com o dinheiro das reformas dos trabalhadores e exigiu "informação completa" sobre a gestão do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social até sexta-feira.

"Na próxima quarta-feira é a primeira reunião da comissão parlamentar de trabalho como ministro [Vieira da Silva] e nós exigimos que o Governo envie esta semana à comissão a informação e a documentação completa sobre esta carteira de acções do fundo e sobre as perspectivas para o futuro", afirmou o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, em declarações à Agência Lusa.

O Público escreve hoje que a carteira de investimentos da Segurança Social perdeu, pelo menos, cerca de 200 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano em resultado da crise financeira internacional.

Segunda-feira, o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social disse que o valor total do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) era, no final de Setembro, de 8.257 milhões de euros, o que traduz uma desvalorização de 3,14 por cento.

De acordo com as contas feitas pelo jornal "Público", em 31 de Julho de 2008 "a carteira deveria avaliar-se em cerca de 8460 milhões de euros", o que, em dois meses, representa uma perda de cerca de 200 milhões de euros.

"É preciso saber quanto dinheiro é que já se perdeu e quanto é que vai continuar a perder-se, sabendo nós que a crise financeira se acentuou desde Setembro, e saber que medidas é que estão a ser tomadas para salvaguardar o investimento", afirmou Bernardino Soares, que pretende confrontar Vieira da Silva com o assunto na reunião da comissão de Trabalho da próxima semana.

Bernardino Soares frisou que "cerca de 20 por cento da carteira do FEFSS estão em acções, das quais 60 por cento no mercado americano".

"Isto é inaceitável. Trata-se de jogar na bolsa com o dinheiro dos trabalhadores portugueses para garantir as suas reformas", afirmou Bernardino Soares, frisando que "o primeiro-ministro tinha garantido num debate quinzenal que o dinheiro das reformas dos portugueses não seria jogado na bolsa".

Na conferência de imprensa de segunda-feira, o secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, explicou que segundo o regulamento de 2004, a composição do fundo pode integrar até 25 por cento de acções, mas actualmente, há uma actuação mais "prudente" e este tipo de aplicação não ultrapassa os 21 por cento.

O líder parlamentar do PCP lembrou que o PS "chumbou" um requerimento da bancada comunista para ouvir no Parlamento o presidente do Instituto de Gestão de Fundos da segurança social, Manuel Baganha.

Nas últimas jornadas parlamentares, a 30 de Setembro, Bernardino Soares já havia dito não acreditar nas garantias dadas pelo primeiro-ministro, José Sócrates, de que "nunca será permitido que as pensões dos portugueses sejam jogadas na bolsa".

SF/EA/NS.

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AR: PCP exige explicações sobre carteira de acções do Fundo de pensões da Segurança Social

Lisboa, 21 Out (Lusa) -- O PCP considerou hoje "inaceitável" que o Governo "jogue na bolsa" com o dinheiro das reformas dos trabalhadores e exigiu "informação completa" sobre a gestão do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social até sexta-feira.

"Na próxima quarta-feira é a primeira reunião da comissão parlamentar de trabalho como ministro [Vieira da Silva] e nós exigimos que o Governo envie esta semana à comissão a informação e a documentação completa sobre esta carteira de acções do fundo e sobre as perspectivas para o futuro", afirmou o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, em declarações à Agência Lusa.

O Público escreve hoje que a carteira de investimentos da Segurança Social perdeu, pelo menos, cerca de 200 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano em resultado da crise financeira internacional.

Segunda-feira, o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social disse que o valor total do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) era, no final de Setembro, de 8.257 milhões de euros, o que traduz uma desvalorização de 3,14 por cento.

De acordo com as contas feitas pelo jornal "Público", em 31 de Julho de 2008 "a carteira deveria avaliar-se em cerca de 8460 milhões de euros", o que, em dois meses, representa uma perda de cerca de 200 milhões de euros.

"É preciso saber quanto dinheiro é que já se perdeu e quanto é que vai continuar a perder-se, sabendo nós que a crise financeira se acentuou desde Setembro, e saber que medidas é que estão a ser tomadas para salvaguardar o investimento", afirmou Bernardino Soares, que pretende confrontar Vieira da Silva com o assunto na reunião da comissão de Trabalho da próxima semana.

Bernardino Soares frisou que "cerca de 20 por cento da carteira do FEFSS estão em acções, das quais 60 por cento no mercado americano".

"Isto é inaceitável. Trata-se de jogar na bolsa com o dinheiro dos trabalhadores portugueses para garantir as suas reformas", afirmou Bernardino Soares, frisando que "o primeiro-ministro tinha garantido num debate quinzenal que o dinheiro das reformas dos portugueses não seria jogado na bolsa".

Na conferência de imprensa de segunda-feira, o secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, explicou que segundo o regulamento de 2004, a composição do fundo pode integrar até 25 por cento de acções, mas actualmente, há uma actuação mais "prudente" e este tipo de aplicação não ultrapassa os 21 por cento.

O líder parlamentar do PCP lembrou que o PS "chumbou" um requerimento da bancada comunista para ouvir no Parlamento o presidente do Instituto de Gestão de Fundos da segurança social, Manuel Baganha.

Nas últimas jornadas parlamentares, a 30 de Setembro, Bernardino Soares já havia dito não acreditar nas garantias dadas pelo primeiro-ministro, José Sócrates, de que "nunca será permitido que as pensões dos portugueses sejam jogadas na bolsa".

SF/EA/NS.

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