TIMOR LOROSAE NAÇÃO: DESCARADO “PAR DE JARRAS” NA INDEPENDÊNCIA DE TIMOR-LESTE

30-09-2009
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.Preâmbulo de ANTÓNIO VERÍSSIMO – Artigo de fundo de ANTÓNIO BARRETOConsiderei impossível publicar este artigo de autoria de António Barreto, ex-militante socialista, que fala do erradamente denominado Partido Socialista e do seu comandante em chefe absoluto José Sócrates, sem que antes não teça algumas breves considerações, principalmente porque é exactamente esse Sócrates, a quem se refere António Barreto, que vai representar Portugal em Timor-Leste dentro de alguns dias nas comemorações do aniversário da independência (?) de Timor.Na realidade vão juntar-se duas ricas prendas. Por um lado Xanana Gusmão, o denominado PM de facto pela oposição, pelo partido mais votado nas eleições de há quase dois anos, por outro lado, a outra rica prenda, José Sócrates, PM com uma maioria absoluta que não se compreende, conquistada por via de enormes mentiras numa campanha eleitoral repleta de manipulações baseadas em promessas absurdas sempre por concretizar, e que agora se alapa na desculpa verdadeira da crise para serem de todo jogadas para as calendas gregas, quero dizer, para jamais serem cumpridas.Um aldrabão-mor junto a outro seu igual. Um indiciado, na chefia de um governo e aparelho de Estado repleto de corruptos e corruptores, de mafiosos ou, pelo menos, indivíduos alegadamente emaranhados com mafiosos, Xanana Gusmão. Outro, Sócrates, eterno supeito de ter feito falcatruas com o seu diploma de Engenheiro e permanente indiciado pela imprensa nacional e estrangeira de estar envolvido em “negócios escuros” à semelhança do seu par, Sócrates no caso Freeport.São estes dois, representantes eleitos em dois países irmãos. Este rico par de jarras. Ao menos que a situação não fosse tão exagerada, que pelo facto de serem dois países irmãos não tivessem dois PMs tão controversos e tão suspeitos, se bem que a um deles lhe falte no currículo um golpe de Estado, essa medalha pertence a Xanana Gusmão. Porém, o outro, Sócrates, em compensação, possui um “canudo” que não merece – como foi dito e acreditado pelos portugueses. Mas mesmo assim governam-se. Espantoso!SÓCRATES, O DITADORPor ANTÓNIO BARRETO*A saída de António Costa para a Câmara de Lisboa pode ser interpretada de muitas maneiras. Mas, se as intenções podem ser interessantes, os resultados é que contam.Entre estes, está o facto de o candidato à Autarquia se ter afastado do Governo e do Partido, o que deixa Sócrates praticamente sozinho à frente de um e de outro. Único senhor a bordo tem um mestre e uma inspiração.Com Guterres, o primeiro-ministro aprendeu a ambição pessoal, mas, contra ele, percebeu que a indecisão pode ser fatal, ao ponto de, com zelo, se exceder: Prefere decidir mal, mas rapidamente, do que adiar para estudar.Em Cavaco, colheu o desdém pelo seu partido.Com os dois e com a sua própria intuição autoritária, compreendeu que se pode governar sem políticos.Onde estão os políticos socialistas?Aqueles que conhecemos, cujas ideias pesaram alguma coisa e que são responsáveis pelo seu passado?Uns saneados, outros afastados.Uns reformaram-se da política, outros foram encostados.Uns foram promovidos ao céu, outros mudaram de profissão.Uns foram viajar, outros ganhar dinheiro.Uns desapareceram sem deixar vestígios, outros estão empregados nas empresas que dependem do Governo.Manuel Alegre resiste, mas já não conta.Medeiros Ferreira ensina e escreve.Jaime Gama preside sem poderes.João Cravinho emigrou.Jorge Coelho está a milhas de distância e vai dizendo, sem convicção, que o socialismo ainda existe.António Vitorino, eterno desejado, exerce a sua profissão.Almeida Santos justifica tudo.Freitas do Amaral reformou-se.Alberto Martins apagou-se.Mário Soares ocupa-se da globalização.Carlos César limitou-se definitivamente aos Açores.João Soares espera.Helena Roseta foi à sua vida independente.Os grandes autarcas do partido estão reduzidos à insignificância.O Grupo Parlamentar parece um jardim-escola sedado.Os sindicalistas quase não existem.O actual pensamento dos socialistas resume-se a uma lengalenga pragmática, justificativa e repetitiva sobre a inevitabilidade do governo e da luta contra o défice.O ideário contemporâneo dos socialistas portugueses é mais silencioso do que a meditação budista.Ainda por cima, Sócrates percebeu depressa que nunca o sentimento público esteve, como hoje, tão adverso e tão farto da política e dos políticos.Sem hesitar, apanhou a onda.Desengane-se quem pensa que as gafes dos ministros incomodam Sócrates.Não mais do que picadas de mosquito. As gafes entretêm a opinião, mobilizam a imprensa, distraem a oposição e ocupam o Parlamento.Mas nada de essencial está em causa.Os disparates de Manuel Pinho fazem rir toda a gente.As tontarias e a prestidigitação estatística de Mário Lino é pura diversão.Não se pense que a irrelevância da maior parte dos ministros, que nada têm a dizer para além dos seus assuntos técnicos, perturba o primeiro-ministro.É assim que ele os quer, como se fossem directores-gerais.«Só o problema da Universidade Independente e dos seus diplomas o incomodou realmente.Mas tratava-se, politicamente, de uma questão menor.Percebeu que as suas fragilidades podiam ser expostas e que nem tudo estava sob controlo.Mas nada de semelhante se repetirá.O estilo de Sócrates consolida-se. Autoritário, Crispado, Despótico, Irritado, Enervado, Detestando ser contrariado.Não admite perguntas que não estavam previstas ou antes combinadas.Pretende saber, sobre as pessoas, o que há para saber.Tem os seus sermões preparados todos os dias.Só ele faz política, ajudado por uma máquina poderosa de recolha de informações, de manipulação da imprensa, de propaganda e de encenação.O verdadeiro Sócrates está presente nos novos bilhetes de identidade, nas tentativas de Augusto Santos Silva de tutelar a imprensa livre, na teimosia descabelada de Mário Lino, na concentração das polícias sob seu mando e no processo que o Ministério da Educação abriu contra um funcionário que se exprimiu em privado.O estilo de Sócrates está vivo, por inteiro, no ambiente que se vive, feito já de medo e apreensão.A austeridade administrativa e orçamental ameaça a tranquilidade de cidadãos que sentem que a sua liberdade de expressão pode ser onerosa.A imprensa sabe o que tem de pagar para aceder à informação.As empresas conhecem as iras do Governo e fazem as contas ao que têm de fazer para ter acesso aos fundos e às autorizações.Sem partido que o incomode, sem ministros politicamente competentes e sem oposição à altura, Sócrates trata de si.Rodeado de adjuntos dispostos a tudo e com a benevolência de alguns interesses económicos, Sócrates governa.Com uma maioria dócil, uma oposição desorientada e um rol de secretários de Estado zelosos, ocupa eficientemente, como nunca nas últimas décadas, a Administração Pública e os cargos dirigentes do Estado.Nomeia e saneia a bel-prazer.Há quem diga que o vamos ter durante mais uns anos.É possível.Mas não é boa notícia. É sinal da impotência da oposição. De incompetência da sociedade. De fraqueza das organizações. E da falta de carinho dos portugueses pela liberdade.*Publicação desconhecida (origem de compilação não mencionada) .


.Preâmbulo de ANTÓNIO VERÍSSIMO – Artigo de fundo de ANTÓNIO BARRETOConsiderei impossível publicar este artigo de autoria de António Barreto, ex-militante socialista, que fala do erradamente denominado Partido Socialista e do seu comandante em chefe absoluto José Sócrates, sem que antes não teça algumas breves considerações, principalmente porque é exactamente esse Sócrates, a quem se refere António Barreto, que vai representar Portugal em Timor-Leste dentro de alguns dias nas comemorações do aniversário da independência (?) de Timor.Na realidade vão juntar-se duas ricas prendas. Por um lado Xanana Gusmão, o denominado PM de facto pela oposição, pelo partido mais votado nas eleições de há quase dois anos, por outro lado, a outra rica prenda, José Sócrates, PM com uma maioria absoluta que não se compreende, conquistada por via de enormes mentiras numa campanha eleitoral repleta de manipulações baseadas em promessas absurdas sempre por concretizar, e que agora se alapa na desculpa verdadeira da crise para serem de todo jogadas para as calendas gregas, quero dizer, para jamais serem cumpridas.Um aldrabão-mor junto a outro seu igual. Um indiciado, na chefia de um governo e aparelho de Estado repleto de corruptos e corruptores, de mafiosos ou, pelo menos, indivíduos alegadamente emaranhados com mafiosos, Xanana Gusmão. Outro, Sócrates, eterno supeito de ter feito falcatruas com o seu diploma de Engenheiro e permanente indiciado pela imprensa nacional e estrangeira de estar envolvido em “negócios escuros” à semelhança do seu par, Sócrates no caso Freeport.São estes dois, representantes eleitos em dois países irmãos. Este rico par de jarras. Ao menos que a situação não fosse tão exagerada, que pelo facto de serem dois países irmãos não tivessem dois PMs tão controversos e tão suspeitos, se bem que a um deles lhe falte no currículo um golpe de Estado, essa medalha pertence a Xanana Gusmão. Porém, o outro, Sócrates, em compensação, possui um “canudo” que não merece – como foi dito e acreditado pelos portugueses. Mas mesmo assim governam-se. Espantoso!SÓCRATES, O DITADORPor ANTÓNIO BARRETO*A saída de António Costa para a Câmara de Lisboa pode ser interpretada de muitas maneiras. Mas, se as intenções podem ser interessantes, os resultados é que contam.Entre estes, está o facto de o candidato à Autarquia se ter afastado do Governo e do Partido, o que deixa Sócrates praticamente sozinho à frente de um e de outro. Único senhor a bordo tem um mestre e uma inspiração.Com Guterres, o primeiro-ministro aprendeu a ambição pessoal, mas, contra ele, percebeu que a indecisão pode ser fatal, ao ponto de, com zelo, se exceder: Prefere decidir mal, mas rapidamente, do que adiar para estudar.Em Cavaco, colheu o desdém pelo seu partido.Com os dois e com a sua própria intuição autoritária, compreendeu que se pode governar sem políticos.Onde estão os políticos socialistas?Aqueles que conhecemos, cujas ideias pesaram alguma coisa e que são responsáveis pelo seu passado?Uns saneados, outros afastados.Uns reformaram-se da política, outros foram encostados.Uns foram promovidos ao céu, outros mudaram de profissão.Uns foram viajar, outros ganhar dinheiro.Uns desapareceram sem deixar vestígios, outros estão empregados nas empresas que dependem do Governo.Manuel Alegre resiste, mas já não conta.Medeiros Ferreira ensina e escreve.Jaime Gama preside sem poderes.João Cravinho emigrou.Jorge Coelho está a milhas de distância e vai dizendo, sem convicção, que o socialismo ainda existe.António Vitorino, eterno desejado, exerce a sua profissão.Almeida Santos justifica tudo.Freitas do Amaral reformou-se.Alberto Martins apagou-se.Mário Soares ocupa-se da globalização.Carlos César limitou-se definitivamente aos Açores.João Soares espera.Helena Roseta foi à sua vida independente.Os grandes autarcas do partido estão reduzidos à insignificância.O Grupo Parlamentar parece um jardim-escola sedado.Os sindicalistas quase não existem.O actual pensamento dos socialistas resume-se a uma lengalenga pragmática, justificativa e repetitiva sobre a inevitabilidade do governo e da luta contra o défice.O ideário contemporâneo dos socialistas portugueses é mais silencioso do que a meditação budista.Ainda por cima, Sócrates percebeu depressa que nunca o sentimento público esteve, como hoje, tão adverso e tão farto da política e dos políticos.Sem hesitar, apanhou a onda.Desengane-se quem pensa que as gafes dos ministros incomodam Sócrates.Não mais do que picadas de mosquito. As gafes entretêm a opinião, mobilizam a imprensa, distraem a oposição e ocupam o Parlamento.Mas nada de essencial está em causa.Os disparates de Manuel Pinho fazem rir toda a gente.As tontarias e a prestidigitação estatística de Mário Lino é pura diversão.Não se pense que a irrelevância da maior parte dos ministros, que nada têm a dizer para além dos seus assuntos técnicos, perturba o primeiro-ministro.É assim que ele os quer, como se fossem directores-gerais.«Só o problema da Universidade Independente e dos seus diplomas o incomodou realmente.Mas tratava-se, politicamente, de uma questão menor.Percebeu que as suas fragilidades podiam ser expostas e que nem tudo estava sob controlo.Mas nada de semelhante se repetirá.O estilo de Sócrates consolida-se. Autoritário, Crispado, Despótico, Irritado, Enervado, Detestando ser contrariado.Não admite perguntas que não estavam previstas ou antes combinadas.Pretende saber, sobre as pessoas, o que há para saber.Tem os seus sermões preparados todos os dias.Só ele faz política, ajudado por uma máquina poderosa de recolha de informações, de manipulação da imprensa, de propaganda e de encenação.O verdadeiro Sócrates está presente nos novos bilhetes de identidade, nas tentativas de Augusto Santos Silva de tutelar a imprensa livre, na teimosia descabelada de Mário Lino, na concentração das polícias sob seu mando e no processo que o Ministério da Educação abriu contra um funcionário que se exprimiu em privado.O estilo de Sócrates está vivo, por inteiro, no ambiente que se vive, feito já de medo e apreensão.A austeridade administrativa e orçamental ameaça a tranquilidade de cidadãos que sentem que a sua liberdade de expressão pode ser onerosa.A imprensa sabe o que tem de pagar para aceder à informação.As empresas conhecem as iras do Governo e fazem as contas ao que têm de fazer para ter acesso aos fundos e às autorizações.Sem partido que o incomode, sem ministros politicamente competentes e sem oposição à altura, Sócrates trata de si.Rodeado de adjuntos dispostos a tudo e com a benevolência de alguns interesses económicos, Sócrates governa.Com uma maioria dócil, uma oposição desorientada e um rol de secretários de Estado zelosos, ocupa eficientemente, como nunca nas últimas décadas, a Administração Pública e os cargos dirigentes do Estado.Nomeia e saneia a bel-prazer.Há quem diga que o vamos ter durante mais uns anos.É possível.Mas não é boa notícia. É sinal da impotência da oposição. De incompetência da sociedade. De fraqueza das organizações. E da falta de carinho dos portugueses pela liberdade.*Publicação desconhecida (origem de compilação não mencionada) .

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