Amarante Livre: A Palavra!!

19-07-2009
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Vou colocar agora um post um pouco diferente do habitual, mas demonstrativo da preocupação geral da sociedade Amarantina com o período eleitoral que se avizinha. É bom ver que os vários sectores da sociedade começam a pronunciar-se (e penso eu, de uma forma bastante clara!) !!!"3. Esta parábola, como palavra aberta à inteligência e às circunstâncias dos ouvintes, terá, por certo muitas leituras, no espaço e no tempo, mas não se adivinha nada difícil, a sua oportunidade, nesta época de campanha eleitoral. De facto, «paira no ar a dança das palavras e das imagens, exibem-se cartazes gigantes, com fotos de personagens de olhar generoso e frases arrojadas» (António Rego). Não pode, por isso, ser mais certeira, no evangelho, a advertência para aquilo a que poderíamos chamar o risco de aviltamento da Palavra ou, se quiserem, o perigo da palavra profanada, em qualquer promessa espontânea, num discurso ilusionista, sem o mínimo respeito pelas pessoas, e sem o básico compromisso, com aquela verdade do que realmente se pode dizer e fazer. E que, depois, não é, como se espera, o «dito e feito», mas o dito por não dito, e não raro, com direito ao contraditório e, em último recurso, a invocação do santo nome de Deus em vão! A palavra é assim deteriorada, por falta de correspondência entre palavra e pessoa, entre palavras e factos, entre palavra e situação, entre palavra e modo de vida. Isso põe de manifesto, uma enorme dificuldade, em dizer a verdade. E hoje é tanto mais difícil dizê-la, quanto mais se despreza ouvi-la!4. Nesta fumarada das palavras, com os malabarismos da linguagem de propaganda, exige-se, de quem «fala» um esforço de coerência, entre o dizer, o ser e o fazer. “Toda a pessoa é chamada à sinceridade e à veracidade, no agir e no falar”. E para isso, não há porque invocar o santo nome de Deus em vão! «Os que seguem Jesus saberão evitar a duplicidade, a simulação e a hipocrisia” (cf. Compêndio do CIC, 521) sem precisar de trazer sempre o “credo” na boca.5. Mas se é pedido a quem fala, a recta palavra, isto é, a coerência entre o dizer, o ser e o fazer, também se exige de quem escuta um esforço de discernimento e avaliação. Não faz qualquer sentido, colocar na primeira linha dos atributos políticos, a ausência de escrúpulos, a habilidade para dizer e desdizer, ou mesmo a opacidade em ideias e princípios, por troca duma eficácia imediatista, com fins à vista, sem reserva de meios.6. Foi o profeta Ezequiel que primeiro nos advertiu, que a culpa do mal não vem toda de trás. E que há uma responsabilidade individual, na construção do bem comum. Por isso, nesta hora, é tão importante o empenhamento ético dos políticos, como o das populações que os elegem. Os políticos saem do povo e deles são reflexo! Se alinhamos, «em papas e bolos», e na festa da espuma das palavras, não podemos pedir nem contar que os candidatos se esforcem, por nos dizer a verdade e nos levar a sério! Todos, políticos e eleitores, constroem a cidade, a partir da dignidade inalienável da consciência de cada um, que é ”o centro mais secreto e o santuário do homem” (GS16). É aí que se deve deitar a mão!"in http://www.agencia.ecclesia.pt/pub/24/noticia.asp?jornalid=24&noticiaid=23270___________________________________Para bom entendedor, meia palavra basta!Será pois a altura de transcrever uma entrevista dada pelo Pe Gonçalo ao Jornal de Amarante, onde apelava ao voto consciente e falava da importância da honestidade dos candidatos.Para quem tantas vezes foi chamado de mercantilista, Pe Gonçalo dá agora uma resposta clara que não participará em jogos políticos e em perseguições cegas das promessas daqueles que prometem mundos e fundos ( e que dizem inclusivé que a candidatura a Amarante foi um pedido de Deus.... enfim).Pelo que a mim diz respeito, obrigado Pe Gonçalo.

Vou colocar agora um post um pouco diferente do habitual, mas demonstrativo da preocupação geral da sociedade Amarantina com o período eleitoral que se avizinha. É bom ver que os vários sectores da sociedade começam a pronunciar-se (e penso eu, de uma forma bastante clara!) !!!"3. Esta parábola, como palavra aberta à inteligência e às circunstâncias dos ouvintes, terá, por certo muitas leituras, no espaço e no tempo, mas não se adivinha nada difícil, a sua oportunidade, nesta época de campanha eleitoral. De facto, «paira no ar a dança das palavras e das imagens, exibem-se cartazes gigantes, com fotos de personagens de olhar generoso e frases arrojadas» (António Rego). Não pode, por isso, ser mais certeira, no evangelho, a advertência para aquilo a que poderíamos chamar o risco de aviltamento da Palavra ou, se quiserem, o perigo da palavra profanada, em qualquer promessa espontânea, num discurso ilusionista, sem o mínimo respeito pelas pessoas, e sem o básico compromisso, com aquela verdade do que realmente se pode dizer e fazer. E que, depois, não é, como se espera, o «dito e feito», mas o dito por não dito, e não raro, com direito ao contraditório e, em último recurso, a invocação do santo nome de Deus em vão! A palavra é assim deteriorada, por falta de correspondência entre palavra e pessoa, entre palavras e factos, entre palavra e situação, entre palavra e modo de vida. Isso põe de manifesto, uma enorme dificuldade, em dizer a verdade. E hoje é tanto mais difícil dizê-la, quanto mais se despreza ouvi-la!4. Nesta fumarada das palavras, com os malabarismos da linguagem de propaganda, exige-se, de quem «fala» um esforço de coerência, entre o dizer, o ser e o fazer. “Toda a pessoa é chamada à sinceridade e à veracidade, no agir e no falar”. E para isso, não há porque invocar o santo nome de Deus em vão! «Os que seguem Jesus saberão evitar a duplicidade, a simulação e a hipocrisia” (cf. Compêndio do CIC, 521) sem precisar de trazer sempre o “credo” na boca.5. Mas se é pedido a quem fala, a recta palavra, isto é, a coerência entre o dizer, o ser e o fazer, também se exige de quem escuta um esforço de discernimento e avaliação. Não faz qualquer sentido, colocar na primeira linha dos atributos políticos, a ausência de escrúpulos, a habilidade para dizer e desdizer, ou mesmo a opacidade em ideias e princípios, por troca duma eficácia imediatista, com fins à vista, sem reserva de meios.6. Foi o profeta Ezequiel que primeiro nos advertiu, que a culpa do mal não vem toda de trás. E que há uma responsabilidade individual, na construção do bem comum. Por isso, nesta hora, é tão importante o empenhamento ético dos políticos, como o das populações que os elegem. Os políticos saem do povo e deles são reflexo! Se alinhamos, «em papas e bolos», e na festa da espuma das palavras, não podemos pedir nem contar que os candidatos se esforcem, por nos dizer a verdade e nos levar a sério! Todos, políticos e eleitores, constroem a cidade, a partir da dignidade inalienável da consciência de cada um, que é ”o centro mais secreto e o santuário do homem” (GS16). É aí que se deve deitar a mão!"in http://www.agencia.ecclesia.pt/pub/24/noticia.asp?jornalid=24&noticiaid=23270___________________________________Para bom entendedor, meia palavra basta!Será pois a altura de transcrever uma entrevista dada pelo Pe Gonçalo ao Jornal de Amarante, onde apelava ao voto consciente e falava da importância da honestidade dos candidatos.Para quem tantas vezes foi chamado de mercantilista, Pe Gonçalo dá agora uma resposta clara que não participará em jogos políticos e em perseguições cegas das promessas daqueles que prometem mundos e fundos ( e que dizem inclusivé que a candidatura a Amarante foi um pedido de Deus.... enfim).Pelo que a mim diz respeito, obrigado Pe Gonçalo.

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