O CACIMBO: LUSOFONIA NA TELEVISÃO

07-07-2009
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“SAL NA LÍNGUA” VIAJA PELOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA "Aproximar as culturas lusófonas" é o objectivo do programa, diz José Fragoso "É uma viagem saborosa à descoberta de nós, os falantes da língua portuguesa", explicou o santomense João Carlos Silva, autor de Sal na Língua, o novo programa que a RTP vai estrear no dia 29, às 22.30, e que ontem foi apresentado no Centro Nacional de Cultura, em Lisboa."A gastronomia é o pretexto" para um percurso através do património, das paisagens, das artes e das pessoas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), com início em São Tomé e Príncipe, arquipélago onde o autor gravou o primeiro de 40 episódios, de cerca de 27 minutos cada."Como estão os afectos? E de que esperanças falam os artistas?" São estas algumas das perguntas para as quais João Carlos Silva vai à procura de respostas. Gravado no Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Timor-Leste e Portugal, o programa apresenta testemunhos e reflexões de personalidades de vários sectores das artes e da cultura dos vários países da CPLP. Conversas que o autor combina com outros ingredientes, na confecção de pratos típicos, sempre preparados com a ajuda de um convidado local.Mas porque é necessário Sal na Língua? O título do programa, inspirado num poema de Eugénio de Andrade, traduz a necessidade que o autor sente de dotar a língua portuguesa de sal q.b. (quanto baste). Porque está "insossa", afirma João Carlos Silva. "Está insossa no olhar que temos para as comunidades de língua portuguesa", e "na assunção que devíamos ter em relação a esta comunidade de afectos", onde falta "o diálogo e o intercâmbio". E está insossa "porque uma boa parte das criações artísticas que se fazem nesses países são desconhecidas", e "porque há gente com muita esperança nessas latitudes e, normalmente, o que se mostra, inclusive na comunicação social portuguesa, é a desesperança e as tragédias", desabafa João Carlos Silva.Na opinião do director de Programas da estação de serviço público, José Fragoso, Sal na Língua pretende "aproximar as várias culturas lusófonas", e é a prova de que é possível "fazer televisão com poucos recursos mas com muita imaginação".Recursos que tiveram o patrocínio da Sociedade Central de Cervejas (SCC). "Quando se fala em lusofonia, as marcas de cerveja tinham de estar presentes", afirmou, durante a apresentação de ontem, Nuno Pinto de Magalhães, em representação da SCC.Construir a felicidade"Façam o favor de ser felizes" era a frase com que João Carlos Silva costumava terminar os episódios de Na Roça com os Tachos. Agora, em Sal na Língua, o autor despede-se de outra forma, parecida, mas um pouco diferente. "Façam o favor de construir a vossa felicidade", pede agora aos telespectadores, porque, diz, "é um exercício" que tem de se fazer todos os dias.A primeira série de 13 episódios tem estreia marcada para dia 29, às 22.30, e terá transmissão pela RTP1, RTP África e RTP Internacional. Filipe Feio in DN


“SAL NA LÍNGUA” VIAJA PELOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA "Aproximar as culturas lusófonas" é o objectivo do programa, diz José Fragoso "É uma viagem saborosa à descoberta de nós, os falantes da língua portuguesa", explicou o santomense João Carlos Silva, autor de Sal na Língua, o novo programa que a RTP vai estrear no dia 29, às 22.30, e que ontem foi apresentado no Centro Nacional de Cultura, em Lisboa."A gastronomia é o pretexto" para um percurso através do património, das paisagens, das artes e das pessoas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), com início em São Tomé e Príncipe, arquipélago onde o autor gravou o primeiro de 40 episódios, de cerca de 27 minutos cada."Como estão os afectos? E de que esperanças falam os artistas?" São estas algumas das perguntas para as quais João Carlos Silva vai à procura de respostas. Gravado no Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Timor-Leste e Portugal, o programa apresenta testemunhos e reflexões de personalidades de vários sectores das artes e da cultura dos vários países da CPLP. Conversas que o autor combina com outros ingredientes, na confecção de pratos típicos, sempre preparados com a ajuda de um convidado local.Mas porque é necessário Sal na Língua? O título do programa, inspirado num poema de Eugénio de Andrade, traduz a necessidade que o autor sente de dotar a língua portuguesa de sal q.b. (quanto baste). Porque está "insossa", afirma João Carlos Silva. "Está insossa no olhar que temos para as comunidades de língua portuguesa", e "na assunção que devíamos ter em relação a esta comunidade de afectos", onde falta "o diálogo e o intercâmbio". E está insossa "porque uma boa parte das criações artísticas que se fazem nesses países são desconhecidas", e "porque há gente com muita esperança nessas latitudes e, normalmente, o que se mostra, inclusive na comunicação social portuguesa, é a desesperança e as tragédias", desabafa João Carlos Silva.Na opinião do director de Programas da estação de serviço público, José Fragoso, Sal na Língua pretende "aproximar as várias culturas lusófonas", e é a prova de que é possível "fazer televisão com poucos recursos mas com muita imaginação".Recursos que tiveram o patrocínio da Sociedade Central de Cervejas (SCC). "Quando se fala em lusofonia, as marcas de cerveja tinham de estar presentes", afirmou, durante a apresentação de ontem, Nuno Pinto de Magalhães, em representação da SCC.Construir a felicidade"Façam o favor de ser felizes" era a frase com que João Carlos Silva costumava terminar os episódios de Na Roça com os Tachos. Agora, em Sal na Língua, o autor despede-se de outra forma, parecida, mas um pouco diferente. "Façam o favor de construir a vossa felicidade", pede agora aos telespectadores, porque, diz, "é um exercício" que tem de se fazer todos os dias.A primeira série de 13 episódios tem estreia marcada para dia 29, às 22.30, e terá transmissão pela RTP1, RTP África e RTP Internacional. Filipe Feio in DN

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