Alto Hama: Finalmente puxaram o gatilho

30-09-2009
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No dia 8 de Janeiro de 2007 («Dois em cada três guineenses vivem(?) em pobreza absoluta») escrevi aqui que “Nino” Vieira estava a ludibriar os guineenses, embora na minha opinião não fosse possível enganar toda a gente durante todo o tempo.Acrescentava que, mesmo famintos, ainda sobrava força aos guineenses para um dia destes puxar o gatilho. Também escrevi que: “E, para bem do povo guineense, espero que esse dia esteja perto”. Passaram-se mais de dois anos, mas finalmente puxaram o gatilho.Dois em cada três guineenses vivem na pobreza absoluta e uma em cada quatro crianças morre antes dos cinco anos de idade. Quem o diz é o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na Guiné-Bissau.“Nino” Vieira nunca pensou, enquanto saboreou várias refeições por dia, que até mesmo na rua onde morava havia gente que foi gerada com fome, nasceu com fome e morreu com fome.A esperança de vida à nascença para um guineense é de "apenas" de 45 anos, atendendo à "fragilidade humana" na Guiné-Bissau, sobretudo por causa da "fraca" cobertura dos serviços sociais.E tudo isto aconteceu perante a passividade criminosa do Mundo (mais ou menos) livre, mas sobretudo de uma “coisa” que dá pelo nome de CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa).Ninguém teve coragem para dizer que o presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo "Nino" Vieira, era um problema para a solução, optando todos por dizer que era a solução para o problema. Viu-se no que deu.“Nino” Vieira, com a passividade criminosa da CPLP, julgou que só pelo facto de ter sido eleito democraticamente(?) tinha o direito de instituir um sistema do tipo quero, posso e mando.A comunidade internacional, com a CPLP à cabeça, condenou o assassinato do presidente. Mas qual seria a alternativa quando se tem um presidente que é ditador, que não aceita críticas e que elimina todos os que pensem da forma diferente?Quando o povo morre à fome e, ali mesmo ao lado, meia dúzia de privilegiados vivem à grande e à francesa, a solução é só uma, por muito que isso custe aos homólogos e similares de “Nino” Vieira, a que os guineenses encontraram.


No dia 8 de Janeiro de 2007 («Dois em cada três guineenses vivem(?) em pobreza absoluta») escrevi aqui que “Nino” Vieira estava a ludibriar os guineenses, embora na minha opinião não fosse possível enganar toda a gente durante todo o tempo.Acrescentava que, mesmo famintos, ainda sobrava força aos guineenses para um dia destes puxar o gatilho. Também escrevi que: “E, para bem do povo guineense, espero que esse dia esteja perto”. Passaram-se mais de dois anos, mas finalmente puxaram o gatilho.Dois em cada três guineenses vivem na pobreza absoluta e uma em cada quatro crianças morre antes dos cinco anos de idade. Quem o diz é o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na Guiné-Bissau.“Nino” Vieira nunca pensou, enquanto saboreou várias refeições por dia, que até mesmo na rua onde morava havia gente que foi gerada com fome, nasceu com fome e morreu com fome.A esperança de vida à nascença para um guineense é de "apenas" de 45 anos, atendendo à "fragilidade humana" na Guiné-Bissau, sobretudo por causa da "fraca" cobertura dos serviços sociais.E tudo isto aconteceu perante a passividade criminosa do Mundo (mais ou menos) livre, mas sobretudo de uma “coisa” que dá pelo nome de CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa).Ninguém teve coragem para dizer que o presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo "Nino" Vieira, era um problema para a solução, optando todos por dizer que era a solução para o problema. Viu-se no que deu.“Nino” Vieira, com a passividade criminosa da CPLP, julgou que só pelo facto de ter sido eleito democraticamente(?) tinha o direito de instituir um sistema do tipo quero, posso e mando.A comunidade internacional, com a CPLP à cabeça, condenou o assassinato do presidente. Mas qual seria a alternativa quando se tem um presidente que é ditador, que não aceita críticas e que elimina todos os que pensem da forma diferente?Quando o povo morre à fome e, ali mesmo ao lado, meia dúzia de privilegiados vivem à grande e à francesa, a solução é só uma, por muito que isso custe aos homólogos e similares de “Nino” Vieira, a que os guineenses encontraram.

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