A outra Varinha Mágica: Marques Mendes levaria o meu voto?

21-05-2009
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Quando fui assessor de imprensa de Valentim Loureiro participei em várias "guerras" a favor do Major e contra Marques Mendes. Estávamos na luta eleitoral das Autárquicas de 2005. Marques Mendes eliminou Valentim do PSD, esperando retirá-lo também da Câmara de Gondomar. Mas o Major concorreu como independente e ganhou. Foi a maior vitória eleitoral de um independente na História de Portugal e ele é hoje o único presidente de Câmara com oito vereadores eleitos. Foi um resultado histórico que não contou com a máquina partidária nem com grandes agências de comunicação ou marketing. Para dizer a verdade a máquina de campanha de Valentim Loureiro fui eu e, sobretudo, ele próprio. Quando deixei o cargo de assessor do Major e a Câmara de Gondomar, onde estive os três anos seguintes às eleições, escrevi um livro - "A Varinha Mágica de Valentim Loureiro" -, que a Primebooks publicou em Outubro passado. Nele conto, entre outras, essas "guerras de bastidores" com Marques Mendes, com o PSD, com os adversários. Marques Mendes perdeu dessa vez, contra o Major. Valentim teve, como independente, mais 5 mil votos do que quatro anos antes, no PSD, e o partido de Marques Mendes desceu de 59% para 7% em Gondomar. Contudo, eu que nunca simpatizei com o "pequenino" - como lhe chamava Valentim - e que, de um modo geral, gosto pouco de sucedâneos da política, digo hoje que Marques Mendes seria o melhor candidato do PSD às Europeias. Passados quatro anos ele é das poucas pessoas em Portugal que tem currículo, experiência e que, neste momento difícil da democracia portuguesa, sugere alguma credibilidade. Não me é fácil reconhecer isso, depois de tantas vezes, nas minhas funções, ter tido tanto contra ele. Deveres éticos que têm a ver com a minha condição de ex-assessor de Valentim Loureiro aconselham-me a nem dizer mais do que isto: a encruzilhada do voto útil que serão os três próximos actos eleitorais, o passado muito recente da democracia portuguesa e tudo o que tenho aprendido nos últimos anos, levam-me hoje a dizer que, se Marques Mendes fosse candidato, levaria o meu voto.


Quando fui assessor de imprensa de Valentim Loureiro participei em várias "guerras" a favor do Major e contra Marques Mendes. Estávamos na luta eleitoral das Autárquicas de 2005. Marques Mendes eliminou Valentim do PSD, esperando retirá-lo também da Câmara de Gondomar. Mas o Major concorreu como independente e ganhou. Foi a maior vitória eleitoral de um independente na História de Portugal e ele é hoje o único presidente de Câmara com oito vereadores eleitos. Foi um resultado histórico que não contou com a máquina partidária nem com grandes agências de comunicação ou marketing. Para dizer a verdade a máquina de campanha de Valentim Loureiro fui eu e, sobretudo, ele próprio. Quando deixei o cargo de assessor do Major e a Câmara de Gondomar, onde estive os três anos seguintes às eleições, escrevi um livro - "A Varinha Mágica de Valentim Loureiro" -, que a Primebooks publicou em Outubro passado. Nele conto, entre outras, essas "guerras de bastidores" com Marques Mendes, com o PSD, com os adversários. Marques Mendes perdeu dessa vez, contra o Major. Valentim teve, como independente, mais 5 mil votos do que quatro anos antes, no PSD, e o partido de Marques Mendes desceu de 59% para 7% em Gondomar. Contudo, eu que nunca simpatizei com o "pequenino" - como lhe chamava Valentim - e que, de um modo geral, gosto pouco de sucedâneos da política, digo hoje que Marques Mendes seria o melhor candidato do PSD às Europeias. Passados quatro anos ele é das poucas pessoas em Portugal que tem currículo, experiência e que, neste momento difícil da democracia portuguesa, sugere alguma credibilidade. Não me é fácil reconhecer isso, depois de tantas vezes, nas minhas funções, ter tido tanto contra ele. Deveres éticos que têm a ver com a minha condição de ex-assessor de Valentim Loureiro aconselham-me a nem dizer mais do que isto: a encruzilhada do voto útil que serão os três próximos actos eleitorais, o passado muito recente da democracia portuguesa e tudo o que tenho aprendido nos últimos anos, levam-me hoje a dizer que, se Marques Mendes fosse candidato, levaria o meu voto.

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