Media: Lançamento de novo canal em sinal aberto bem recebido pelos grupos que não detêm televisão (SÍNTESE)

23-05-2009
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Lisboa, 03 Jan (Lusa) - O lançamento de um novo canal em sinal aberto, hoje anunciado pelo Governo, é bem recebido pelos grupos que não detêm televisão como a Cofina e a Controlinveste, mas as estações já existentes admitem que já esperavam a decisão.

Congratulando-se com o anúncio, tanto a Cofina como a Controlinveste reiteraram quererem concorrer à nova licença, o que só deverá acontecer "até 180 dias depois do acto público do concurso para a plataforma digital terrestre", segundo explicou hoje o ministro dos Assuntos Parlamentares.

O Governo aprovou hoje uma resolução prevendo a abertura de um concurso público para a abertura de um novo canal generalista em sinal aberto na televisão portuguesa.

O novo canal será possibilitado pela existência de espaço remanescente conseguido graças à adopção da Televisão Digital Terrestre (TDT), cujo concurso para lançamento deverá ser aberto "em breve".

O novo canal generalista em sinal aberto deverá estar definido até meio de 2009, ou seja, até um ano depois do início do concurso TDT.

"Primeiro tem que ser lançada a plataforma tecnológica e só depois pode ser lançado um concurso para um novo canal", justificou.

O concurso para o novo canal será gerido na quase totalidade pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social, já que "ao Governo apenas compete estabelecer o regulamento e encargos do concurso", como adiantou o ministro Augusto Santos Silva.

O anúncio da introdução de um novo canal generalista em sinal aberto constituiu uma boa notícia para a Cofina.

O grupo liderado por Paulo Fernandes reagiu ao anúncio reiterando a sua intenção de concorrer à nova licença e adiantando que "tem já concluído o projecto para uma estação de televisão generalista, inovadora e capaz de imprimir um novo ritmo ao panorama audiovisual nacional", tendo ainda "as condições financeiras reunidas para o lançamento desse mesmo projecto".

Para a Controlinveste, que detém metade da Sport TV, a decisão do Governo de lançar um novo canal generalista em sinal aberto é também "uma boa notícia" e é prenúncio de que "o espectro televisivo em Portugal vai ganhar mais em diversidade e pluralismo".

Também a RTP e a SIC reagiram ao anúncio do Governo, admitindo que já esperavam a decisão.

Para a administração da RTP, um novo canal trará uma "concorrência acrescida" para todos os operadores, não tendo adiantado se isso é positivo ou negativo para a televisão pública.

Já o presidente do grupo que detém a SIC, Francisco Pinto Balsemão, foi mais explícito, tendo criticado a decisão de o Governo lançar um novo canal em sinal aberto em vez de dar prioridade às emissões em alta definição.

Para Balsemão, dar prioridade a emissões em alta definição é que seria "o verdadeiro salto qualitativo".

O Governo previu, no entanto, na sua resolução, o lançamento de programas em alta definição a partir deste ano.

Como explicou o ministro à Lusa, o espaço remanescente no espectro que não for ocupado pelo canal generalista de sinal aberto deverá ser ocupado, entre 2008 e 2012, por um canal onde RTP, SIC, TVI e o detentor do quinto canal insiram programas emitidos em alta definição.

Uma espécie de "período experimental" para que, a partir de 2012, com o fecho da televisão analógica, cada estação possa ter o seu próprio canal em alta definição.

"Como o canal [generalista de sinal aberto] não ocupa toda a capacidade, essa capacidade remanescente será aproveitada para iniciar programas em alta definição", adiantou Santos Silva, explicando que "durante o período de 'simultcast' [altura em que estarão a funcionar em simultâneo emissões analógicas e digitais], ou seja, até 2012, serão difundidos programas em alta definição".

Depois, "com o fecho da televisão analógica, o espectro poderá ser utilizado para que todos os operadores possam ter um canal em alta definição", concluiu.

A criação do novo canal não levará, ainda segundo Santos Silva, a um aumento das actuais limitações da RTP no acesso ao mercado publicitário, desenvolvendo sim a concorrência entre operadores pelo bolo publicitário.

Para o ministro, o argumento, defendido pelos operadores já licenciados (SIC e TVI), de que um novo canal irá reduzir a publicidade dos outros canais, é, aliás, "falacioso", já que os canais por assinatura (cabo e satélite) já disputam o mercado.

Mesmo a possibilidade de a divisão do bolo publicitário pelas quatro estações televisivas diminuir os preços dos anúncios, afectando as receitas das televisões, não constitui um impedimento na visão do Governo.

"O mercado publicitário não é rígido, não podemos simplesmente dividir [o bolo publicitário]" pelos canais existentes "porque [esse total] é variável", defendeu Santos Silva.

Por outro lado, acrescentou, "os preços [dos anúncios] são determinados pelo mercado".

PMC/SCA/PMF.

Lusa/Fim

Lisboa, 03 Jan (Lusa) - O lançamento de um novo canal em sinal aberto, hoje anunciado pelo Governo, é bem recebido pelos grupos que não detêm televisão como a Cofina e a Controlinveste, mas as estações já existentes admitem que já esperavam a decisão.

Congratulando-se com o anúncio, tanto a Cofina como a Controlinveste reiteraram quererem concorrer à nova licença, o que só deverá acontecer "até 180 dias depois do acto público do concurso para a plataforma digital terrestre", segundo explicou hoje o ministro dos Assuntos Parlamentares.

O Governo aprovou hoje uma resolução prevendo a abertura de um concurso público para a abertura de um novo canal generalista em sinal aberto na televisão portuguesa.

O novo canal será possibilitado pela existência de espaço remanescente conseguido graças à adopção da Televisão Digital Terrestre (TDT), cujo concurso para lançamento deverá ser aberto "em breve".

O novo canal generalista em sinal aberto deverá estar definido até meio de 2009, ou seja, até um ano depois do início do concurso TDT.

"Primeiro tem que ser lançada a plataforma tecnológica e só depois pode ser lançado um concurso para um novo canal", justificou.

O concurso para o novo canal será gerido na quase totalidade pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social, já que "ao Governo apenas compete estabelecer o regulamento e encargos do concurso", como adiantou o ministro Augusto Santos Silva.

O anúncio da introdução de um novo canal generalista em sinal aberto constituiu uma boa notícia para a Cofina.

O grupo liderado por Paulo Fernandes reagiu ao anúncio reiterando a sua intenção de concorrer à nova licença e adiantando que "tem já concluído o projecto para uma estação de televisão generalista, inovadora e capaz de imprimir um novo ritmo ao panorama audiovisual nacional", tendo ainda "as condições financeiras reunidas para o lançamento desse mesmo projecto".

Para a Controlinveste, que detém metade da Sport TV, a decisão do Governo de lançar um novo canal generalista em sinal aberto é também "uma boa notícia" e é prenúncio de que "o espectro televisivo em Portugal vai ganhar mais em diversidade e pluralismo".

Também a RTP e a SIC reagiram ao anúncio do Governo, admitindo que já esperavam a decisão.

Para a administração da RTP, um novo canal trará uma "concorrência acrescida" para todos os operadores, não tendo adiantado se isso é positivo ou negativo para a televisão pública.

Já o presidente do grupo que detém a SIC, Francisco Pinto Balsemão, foi mais explícito, tendo criticado a decisão de o Governo lançar um novo canal em sinal aberto em vez de dar prioridade às emissões em alta definição.

Para Balsemão, dar prioridade a emissões em alta definição é que seria "o verdadeiro salto qualitativo".

O Governo previu, no entanto, na sua resolução, o lançamento de programas em alta definição a partir deste ano.

Como explicou o ministro à Lusa, o espaço remanescente no espectro que não for ocupado pelo canal generalista de sinal aberto deverá ser ocupado, entre 2008 e 2012, por um canal onde RTP, SIC, TVI e o detentor do quinto canal insiram programas emitidos em alta definição.

Uma espécie de "período experimental" para que, a partir de 2012, com o fecho da televisão analógica, cada estação possa ter o seu próprio canal em alta definição.

"Como o canal [generalista de sinal aberto] não ocupa toda a capacidade, essa capacidade remanescente será aproveitada para iniciar programas em alta definição", adiantou Santos Silva, explicando que "durante o período de 'simultcast' [altura em que estarão a funcionar em simultâneo emissões analógicas e digitais], ou seja, até 2012, serão difundidos programas em alta definição".

Depois, "com o fecho da televisão analógica, o espectro poderá ser utilizado para que todos os operadores possam ter um canal em alta definição", concluiu.

A criação do novo canal não levará, ainda segundo Santos Silva, a um aumento das actuais limitações da RTP no acesso ao mercado publicitário, desenvolvendo sim a concorrência entre operadores pelo bolo publicitário.

Para o ministro, o argumento, defendido pelos operadores já licenciados (SIC e TVI), de que um novo canal irá reduzir a publicidade dos outros canais, é, aliás, "falacioso", já que os canais por assinatura (cabo e satélite) já disputam o mercado.

Mesmo a possibilidade de a divisão do bolo publicitário pelas quatro estações televisivas diminuir os preços dos anúncios, afectando as receitas das televisões, não constitui um impedimento na visão do Governo.

"O mercado publicitário não é rígido, não podemos simplesmente dividir [o bolo publicitário]" pelos canais existentes "porque [esse total] é variável", defendeu Santos Silva.

Por outro lado, acrescentou, "os preços [dos anúncios] são determinados pelo mercado".

PMC/SCA/PMF.

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