Insustentavel Leveza: Marcelo

18-02-2006
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Eram os inícios de Outubro de 2004. Marcelo Rebelo de Sousa anunciava o fim dos seus comentários na TVI, depois de um almoço com o patrão da estação. O (então) governo do PSD, depois de vários episódios com a comunicação social, foi desde logo responsabilizado. Qualquer que tenha sido o teor da conversa nesse almoço a suspeita manteve-se, com direito a um inquérito da Alta Autoridade para a Comunicação Social, cujas os governantes (nomeadamente o então ministro Morais Sarmento) acabou por não aceitar.Mas o tempo foi passando. Um novo governo, de outro partido, com outro ministro a tutelar a àrea da comunicação social, Augusto Santos Silva. Estamos em Agosto de 2005 e o Grupo Prisa começa a prefigurar-se como um comprador de parte das acções que a TVI quereria colocar à venda. Outros grupos (mesmo espanhois) também já mostraram interesse em comprar a TVI mas tem sempre sido dada primasia. Porquê? A Prisa está ligada ao PSOE que se encontra neste momento no governo em Espanha. O El País é um jornal de qualidade mas totalmente identificado com esse partido. O governo português pensa assim, de modo subtil, vir a condicionar a informação que é dada neste canal.Para concluir:1. Paes do Amaral parece ser um patrão de um grupo mediático que facilmente aos caprichos dos governos em exercício. Parece viver numa teia de interesses, da qual não quer ou não pode sair.2. Já são inúmeros os casos de governos que tentam controlar a comunicação social a seu favor. Essa é das políticas de comunicação menos úteis para o país.BÚSSULA: "E os jornalistas, que pensam disto?" de Augusto Santos Silva (Público, 13/10/2004); "Estamos a governar mal? Então tomamos a TVI" de Eduardo Cintra Torres (Público, 14/08/2005); Denunciadas cumplicidades no negócio TVI (Correio da Manhã).ADENDA: Finalmente o esboçar de uma reacção, ao fim de tanto tempo de silêncio (Diário de Notícias, 06/09/2005):«A Media Capital criticou ontem a "intromissão inaceitável de forças políticas numa operação entre entidades privadas", numa alusão às acusaçóes da oposiçáo a uma alegada intervenção do Governo no acordo com a Prisa.»

Eram os inícios de Outubro de 2004. Marcelo Rebelo de Sousa anunciava o fim dos seus comentários na TVI, depois de um almoço com o patrão da estação. O (então) governo do PSD, depois de vários episódios com a comunicação social, foi desde logo responsabilizado. Qualquer que tenha sido o teor da conversa nesse almoço a suspeita manteve-se, com direito a um inquérito da Alta Autoridade para a Comunicação Social, cujas os governantes (nomeadamente o então ministro Morais Sarmento) acabou por não aceitar.Mas o tempo foi passando. Um novo governo, de outro partido, com outro ministro a tutelar a àrea da comunicação social, Augusto Santos Silva. Estamos em Agosto de 2005 e o Grupo Prisa começa a prefigurar-se como um comprador de parte das acções que a TVI quereria colocar à venda. Outros grupos (mesmo espanhois) também já mostraram interesse em comprar a TVI mas tem sempre sido dada primasia. Porquê? A Prisa está ligada ao PSOE que se encontra neste momento no governo em Espanha. O El País é um jornal de qualidade mas totalmente identificado com esse partido. O governo português pensa assim, de modo subtil, vir a condicionar a informação que é dada neste canal.Para concluir:1. Paes do Amaral parece ser um patrão de um grupo mediático que facilmente aos caprichos dos governos em exercício. Parece viver numa teia de interesses, da qual não quer ou não pode sair.2. Já são inúmeros os casos de governos que tentam controlar a comunicação social a seu favor. Essa é das políticas de comunicação menos úteis para o país.BÚSSULA: "E os jornalistas, que pensam disto?" de Augusto Santos Silva (Público, 13/10/2004); "Estamos a governar mal? Então tomamos a TVI" de Eduardo Cintra Torres (Público, 14/08/2005); Denunciadas cumplicidades no negócio TVI (Correio da Manhã).ADENDA: Finalmente o esboçar de uma reacção, ao fim de tanto tempo de silêncio (Diário de Notícias, 06/09/2005):«A Media Capital criticou ontem a "intromissão inaceitável de forças políticas numa operação entre entidades privadas", numa alusão às acusaçóes da oposiçáo a uma alegada intervenção do Governo no acordo com a Prisa.»

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