Augusto Santos Silva defende a aplicação da censura em Portugal « O Insurgente

30-09-2009
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Poderes da ERC suscitam polémica

Augusto Santos Silva garantiu ao EXPRESSO que os espaços informativos ficam salvaguardados desta legislação desde que, por exemplo, “no final de uma reportagem sobre uma manifestação da extrema-direita de natureza xenófoba o pivô se iniba de fazer comentários favoráveis à manifestação”.

Esta é provavelmente a mais grave iniciativa do actual governo do Partido Socialista e tudo aponta para que vá avançar sem grandes problemas nem resistência substancial. Com a aplicação do critério descaradamente enunciado pelo ministro Augusto Santos Silva materializa-se claramente o que antes apenas se adivinhava nas entrelinhas e no espírito das orientações politicamente correctas recebidas da União Europeia.

Sendo certo que a intervenção (directa e indirecta) do Estado na comunicação social em Portugal era já extensíssima, as novas medidas configuram a instituição explícita e inequívoca de mecanismos de censura permanente pelo governo do Partido Socialista. Quem não julgou que se pudesse chegar a este ponto em Portugal em 2006, tem aqui a clara confirmação do que já se podia intuir há algum tempo. Ficam a faltar os blogs, mas a voracidade censória dos socialistas fará certamente com que não tarde a apresentação de medidas para limitar a liberdade de expressão também neste meio.

Quem pensar que nada tem a temer por não se encontrar entre os grupos agora determinados como alvos preferenciais da censura governamental deve ter em conta duas coisas: primeiro, que quem define os critérios que configuram uma transgressão na prática é (necessariamente) a mesma entidade que institui a censura (ou seja: o Estado); segundo, que uma vez aceite explícita e abertamente o princípio da censura, como agora foi feito, nada impede que o próprio leque de transgressões seja progressivamente alargado com base nos mais diversos argumentos politicamente correctos.

Leitura complementar: Lápiz azul. Por Gabriel Silva.

Poderes da ERC suscitam polémica

Augusto Santos Silva garantiu ao EXPRESSO que os espaços informativos ficam salvaguardados desta legislação desde que, por exemplo, “no final de uma reportagem sobre uma manifestação da extrema-direita de natureza xenófoba o pivô se iniba de fazer comentários favoráveis à manifestação”.

Esta é provavelmente a mais grave iniciativa do actual governo do Partido Socialista e tudo aponta para que vá avançar sem grandes problemas nem resistência substancial. Com a aplicação do critério descaradamente enunciado pelo ministro Augusto Santos Silva materializa-se claramente o que antes apenas se adivinhava nas entrelinhas e no espírito das orientações politicamente correctas recebidas da União Europeia.

Sendo certo que a intervenção (directa e indirecta) do Estado na comunicação social em Portugal era já extensíssima, as novas medidas configuram a instituição explícita e inequívoca de mecanismos de censura permanente pelo governo do Partido Socialista. Quem não julgou que se pudesse chegar a este ponto em Portugal em 2006, tem aqui a clara confirmação do que já se podia intuir há algum tempo. Ficam a faltar os blogs, mas a voracidade censória dos socialistas fará certamente com que não tarde a apresentação de medidas para limitar a liberdade de expressão também neste meio.

Quem pensar que nada tem a temer por não se encontrar entre os grupos agora determinados como alvos preferenciais da censura governamental deve ter em conta duas coisas: primeiro, que quem define os critérios que configuram uma transgressão na prática é (necessariamente) a mesma entidade que institui a censura (ou seja: o Estado); segundo, que uma vez aceite explícita e abertamente o princípio da censura, como agora foi feito, nada impede que o próprio leque de transgressões seja progressivamente alargado com base nos mais diversos argumentos politicamente correctos.

Leitura complementar: Lápiz azul. Por Gabriel Silva.

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