Notícias de Valpaços: Doença da língua azul detectada numa ovelha

12-10-2009
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Foi detectado um caso de língua azul numa exploração de ovinos de Bustelo, em Chaves. A ovelha morreu três dias depois dos primeiros sintomas e, para já, o restante efectivo, que já foi todo vacinado, não deu sinais de ter contraído o vírus. A feira de gado está suspensa por tempo indeterminado.Os criadores e negociantes de ovinos que, na passada quarta- -feira de manhã se deslocaram a Chaves para a habitual feira de gado foram impedidos de descarregar os animais e foram obrigados a regressar a casa sem fazer qualquer transacção. A suspensão da feira “por tempo indeterminado” é uma das medidas de prevenção tomadas na sequência da detecção do primeiro foco da doença da língua azul no concelho de Chaves. O caso foi divulgado, ao início da tarde de terça--feira, pela própria Direcção Geral de Veterinária (DGV). No entanto, o veterinário municipal, Sotero Palavras, só foi avisado da suspensão da feira pelos servi-ços de Chaves da DGV entre as “18h30 e as 19h00”. Na quarta, coube-lhe a ingrata tarefa de informar os feirantes da medida. “Foram muito compreensivos”, garantiu. No entanto, havia quem reclamasse. “Levantei-me às 5h00 para estar aqui. E agora não vendo nada! Eu vivo disto!”, lamentava Manuel Teixeira, vindo de Valpaços.O foco da doença foi detectado através da morte de uma ovelha de um rebanho existente em Bustelo. “Apercebi-me que a ovelha não comia e, como era uma das melhores do rebanho, fiquei mais preocupado”, contou Basílio Martins. No entanto, foi ao abrir a boca ao animal que o dono do rebanho se apercebeu que poderia estar perante a doença da língua azul. “Ao abrir a boca vi que tinha a língua muito grossa e meia roxa, não esperei mais fui logo aos serviços a Chaves”, recordou. No entanto, o animal acabou por não sobreviver à chegada do veterinário no dia seguinte. A análise foi feita através da recolha de alguns órgãos. “Passados dois dias veio logo o resultado [positivo]”, conta Basílio.De acordo com o comunicado da DGV e o próprio dono do rebanho, o restante efectivo já foi todo vacinado contra o vírus e o estábulo desinsectizado. Isto porque a doença entre animais é feita através da picada de um insecto. No entanto, apesar de os restantes animais ainda não terem revelado sintomas, só depois de conhecido o resultado da análise que foi feita ao sangue a todos os animais se saberá se houve contágio. Certo, para já, é que a exploração está sob sequestro, uma espécie de quarentena que impede a movimentação dos animais para outros locais. Com muitas restrições de movimentações ficam também todos os animais do país, uma vez que as restrições foram alargadas a todo território continental. O primeiro caso de língua azul em Portugal apareceu em 2004.Doença não é transmissível ao homemAs duas variantes da doença da língua azul (serótipo 4 e 1 ), detectadas em Portugal desde Novembro de 2004 e Setembro de 2007, respectivamente, não são transmissíveis ao ser humano. Entre animais, o contágio é feito através da picada de insectos.Febre, aftas e falta de apetite, por exemplo, são alguns dos sintomas da doença, que pode mesmo levar à morte dos animais afectados.O combate à propagação do vírus é feito através de uma vacina, que será executada pelas Organizações de Produtores Pecuários locais. Além disso, o controlo da doença é feito através de restrições de movimentações de animais provenientes de áreas afectadas e sujeitas a restrições. Os veículos onde os animais são transportados também têm que ser desinsectizados.Por: Margarida Luzio in Semanário Transmontano


Foi detectado um caso de língua azul numa exploração de ovinos de Bustelo, em Chaves. A ovelha morreu três dias depois dos primeiros sintomas e, para já, o restante efectivo, que já foi todo vacinado, não deu sinais de ter contraído o vírus. A feira de gado está suspensa por tempo indeterminado.Os criadores e negociantes de ovinos que, na passada quarta- -feira de manhã se deslocaram a Chaves para a habitual feira de gado foram impedidos de descarregar os animais e foram obrigados a regressar a casa sem fazer qualquer transacção. A suspensão da feira “por tempo indeterminado” é uma das medidas de prevenção tomadas na sequência da detecção do primeiro foco da doença da língua azul no concelho de Chaves. O caso foi divulgado, ao início da tarde de terça--feira, pela própria Direcção Geral de Veterinária (DGV). No entanto, o veterinário municipal, Sotero Palavras, só foi avisado da suspensão da feira pelos servi-ços de Chaves da DGV entre as “18h30 e as 19h00”. Na quarta, coube-lhe a ingrata tarefa de informar os feirantes da medida. “Foram muito compreensivos”, garantiu. No entanto, havia quem reclamasse. “Levantei-me às 5h00 para estar aqui. E agora não vendo nada! Eu vivo disto!”, lamentava Manuel Teixeira, vindo de Valpaços.O foco da doença foi detectado através da morte de uma ovelha de um rebanho existente em Bustelo. “Apercebi-me que a ovelha não comia e, como era uma das melhores do rebanho, fiquei mais preocupado”, contou Basílio Martins. No entanto, foi ao abrir a boca ao animal que o dono do rebanho se apercebeu que poderia estar perante a doença da língua azul. “Ao abrir a boca vi que tinha a língua muito grossa e meia roxa, não esperei mais fui logo aos serviços a Chaves”, recordou. No entanto, o animal acabou por não sobreviver à chegada do veterinário no dia seguinte. A análise foi feita através da recolha de alguns órgãos. “Passados dois dias veio logo o resultado [positivo]”, conta Basílio.De acordo com o comunicado da DGV e o próprio dono do rebanho, o restante efectivo já foi todo vacinado contra o vírus e o estábulo desinsectizado. Isto porque a doença entre animais é feita através da picada de um insecto. No entanto, apesar de os restantes animais ainda não terem revelado sintomas, só depois de conhecido o resultado da análise que foi feita ao sangue a todos os animais se saberá se houve contágio. Certo, para já, é que a exploração está sob sequestro, uma espécie de quarentena que impede a movimentação dos animais para outros locais. Com muitas restrições de movimentações ficam também todos os animais do país, uma vez que as restrições foram alargadas a todo território continental. O primeiro caso de língua azul em Portugal apareceu em 2004.Doença não é transmissível ao homemAs duas variantes da doença da língua azul (serótipo 4 e 1 ), detectadas em Portugal desde Novembro de 2004 e Setembro de 2007, respectivamente, não são transmissíveis ao ser humano. Entre animais, o contágio é feito através da picada de insectos.Febre, aftas e falta de apetite, por exemplo, são alguns dos sintomas da doença, que pode mesmo levar à morte dos animais afectados.O combate à propagação do vírus é feito através de uma vacina, que será executada pelas Organizações de Produtores Pecuários locais. Além disso, o controlo da doença é feito através de restrições de movimentações de animais provenientes de áreas afectadas e sujeitas a restrições. Os veículos onde os animais são transportados também têm que ser desinsectizados.Por: Margarida Luzio in Semanário Transmontano

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