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23-05-2009
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O ministro da Administração Interna fez, ontem, em Coimbra, um balanço positivo da época de incêndios, mas alertou para o facto deste ser “um ano extraordinário”.

72.000 hectares de área ardida, um terço em comparação com o ano passado. São estes os números do contentamento de António Costa e que levaram mesmo o ministro da Administração Interna a considerar 2006 “um ano extraordinário”. Mas, apesar do optimismo, o governante não baixa os braços e considera que “não se pode diminuir a preocupação”.

Apontando como pontos positivos no combate aos incêndios “a melhoria no comando e o ataque na primeira intervenção”, o ministro considerou, no entanto, que há ainda muito a fazer nos campos da “vigilância e detecção e na estruturação no combate a grandes incêndios”.

Os incêndios de grandes dimensões são mesmo um dos factores que mais preocupam António Costa, já que são mais difíceis de combater, principalmente nas alturas de muito calor: “Dos 24 grandes incêndios, 19 ocorreram na 1ª quinzena de Agosto”, recordou o membro do Governo.

Apesar de já ter sido atingida, este ano, a meta traçada para 2012 – menos 100 mil hectares de área ardida – o ministro acredita que as medidas de fundo no combate aos incêndios só vão ter efeitos práticos daqui a alguns anos.

Esses medidas passam pela organização dos produtores florestais, de modo a que este “ganhem escala e possam adquirir equipamentos de detecção e prevenção” e pela diversificação das espécies florestais, já que “os milhares de hectares seguidos de eucalipto e pinheiro que existem hoje em dia são um factor de risco”, refere António Costa. Outra medida preconizada pelo membro do executivo de José Sócrates foi a de “tornar rentável a limpeza da floresta”, nomeadamente “através das centrais de biomassa.

A terminar, o ministro referiu ainda que o novo plano operacional deverá “dar os primeiros passos já em 2007”.. António Costa defendeu que “voluntariado não significa amadorismo” e apontou a “profissionalização dos comandantes e a criação de equipas de bombeiros profissionais em todos os corpos” como medidas a iniciar já no próximo ano, se bem que, esclareceu, “é impossível implementar estas medidas só num ano”.

Autarcas satisfeitos

À saída da reunião que juntou António Costa e os 23 presidentes das câmaras municipais cujos concelhos tiveram mais de 500 hectares de área ardida, os autarcas mostraram–se satisfeitos com os resultados do encontro.

Ângelo Sá, presidente da Câmara Municipal de Borba, uma das mais afectadas este ano com os incêndios, devido à tragédia que se viveu na Serra d’Ossa, saiu “satisfeito” de uma reunião que considerou “de reflexão”. O edil acredita que “a troca de experiências foi importante”, mas agora é “fundamental a preparação para o Verão”. Neste sentido, o autarca refere que “obrigar os proprietários a limpar os terrenos e ‘olear a máquina’ de combate” como medidas fulcrais para que o próximo ano seja mais calmo, numa zona que já não ardia há 60 anos.

Tal como Borba, Porto-de-Mós é uma excepção à regra. O concelho foi, este ano, particularmente fustigado pelos fogos. João Salgueiro, presidente da autarquia, acredita que não se pode “embandeirar em arco” com estes números que têm muito a ver com uma “alteração das questões climáticas. O responsável camarário considerou a reunião útil para “relançar a preparação para o próximo ano” e relembrou que “há muita floresta abandonada”, o que se pode traduzir em mais incêndios nos próximos anos.

Incêndios florestais

Se da parte da tarde, a reunião foi com os autarcas, de manhã, o encontro foi com os 11 Governadores Civis do país.

No final desta reunião o secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões, considerou que os fogos que ocorrem na fronteira entre o florestal e o urbano são a grande preocupação, no que aos incêndios diz respeito.

Para o governante, esta é uma situação relativamente recente e de actuação mais difícil. “Nos incêndios florestais sabemos como actuar, mas nestas situações é mais complicado, uma vez que temos que defender as pessoas e as habitações”, esclareceu Ascenso Simões.

O secretário de estado destacou o facto de, apesar de o número de incêndios ser semelhante ao do ano passado, houve muito menos área ardida, o que revela “a aposta na primeira intervenção”.

Naquele em que foi o primeiro ano em que “houve preocupação durante o ano inteiro”, os governadores civis consideraram “positiva a actuação da GNR, tanto na prevenção e detecção de incêndios, como no trabalho dos GIPS”. O governante referiu ainda que “os centros de comando operacional permitiram um acompanhamento permanente” das situações.

Sobre o fim dos subsídios para a limpeza das matas, Ascenso Simões afirmou “não acompanhar a situação”, adiantando apenas que esta “é uma medida do Ministério da Agricultura”.

Também Henrique Fernandes, Governador Civil de Coimbra, referiu que as várias instituições “funcionaram bem”, destacando “a primeira intervenção” e a importância dos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios.

O ministro da Administração Interna fez, ontem, em Coimbra, um balanço positivo da época de incêndios, mas alertou para o facto deste ser “um ano extraordinário”.

72.000 hectares de área ardida, um terço em comparação com o ano passado. São estes os números do contentamento de António Costa e que levaram mesmo o ministro da Administração Interna a considerar 2006 “um ano extraordinário”. Mas, apesar do optimismo, o governante não baixa os braços e considera que “não se pode diminuir a preocupação”.

Apontando como pontos positivos no combate aos incêndios “a melhoria no comando e o ataque na primeira intervenção”, o ministro considerou, no entanto, que há ainda muito a fazer nos campos da “vigilância e detecção e na estruturação no combate a grandes incêndios”.

Os incêndios de grandes dimensões são mesmo um dos factores que mais preocupam António Costa, já que são mais difíceis de combater, principalmente nas alturas de muito calor: “Dos 24 grandes incêndios, 19 ocorreram na 1ª quinzena de Agosto”, recordou o membro do Governo.

Apesar de já ter sido atingida, este ano, a meta traçada para 2012 – menos 100 mil hectares de área ardida – o ministro acredita que as medidas de fundo no combate aos incêndios só vão ter efeitos práticos daqui a alguns anos.

Esses medidas passam pela organização dos produtores florestais, de modo a que este “ganhem escala e possam adquirir equipamentos de detecção e prevenção” e pela diversificação das espécies florestais, já que “os milhares de hectares seguidos de eucalipto e pinheiro que existem hoje em dia são um factor de risco”, refere António Costa. Outra medida preconizada pelo membro do executivo de José Sócrates foi a de “tornar rentável a limpeza da floresta”, nomeadamente “através das centrais de biomassa.

A terminar, o ministro referiu ainda que o novo plano operacional deverá “dar os primeiros passos já em 2007”.. António Costa defendeu que “voluntariado não significa amadorismo” e apontou a “profissionalização dos comandantes e a criação de equipas de bombeiros profissionais em todos os corpos” como medidas a iniciar já no próximo ano, se bem que, esclareceu, “é impossível implementar estas medidas só num ano”.

Autarcas satisfeitos

À saída da reunião que juntou António Costa e os 23 presidentes das câmaras municipais cujos concelhos tiveram mais de 500 hectares de área ardida, os autarcas mostraram–se satisfeitos com os resultados do encontro.

Ângelo Sá, presidente da Câmara Municipal de Borba, uma das mais afectadas este ano com os incêndios, devido à tragédia que se viveu na Serra d’Ossa, saiu “satisfeito” de uma reunião que considerou “de reflexão”. O edil acredita que “a troca de experiências foi importante”, mas agora é “fundamental a preparação para o Verão”. Neste sentido, o autarca refere que “obrigar os proprietários a limpar os terrenos e ‘olear a máquina’ de combate” como medidas fulcrais para que o próximo ano seja mais calmo, numa zona que já não ardia há 60 anos.

Tal como Borba, Porto-de-Mós é uma excepção à regra. O concelho foi, este ano, particularmente fustigado pelos fogos. João Salgueiro, presidente da autarquia, acredita que não se pode “embandeirar em arco” com estes números que têm muito a ver com uma “alteração das questões climáticas. O responsável camarário considerou a reunião útil para “relançar a preparação para o próximo ano” e relembrou que “há muita floresta abandonada”, o que se pode traduzir em mais incêndios nos próximos anos.

Incêndios florestais

Se da parte da tarde, a reunião foi com os autarcas, de manhã, o encontro foi com os 11 Governadores Civis do país.

No final desta reunião o secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões, considerou que os fogos que ocorrem na fronteira entre o florestal e o urbano são a grande preocupação, no que aos incêndios diz respeito.

Para o governante, esta é uma situação relativamente recente e de actuação mais difícil. “Nos incêndios florestais sabemos como actuar, mas nestas situações é mais complicado, uma vez que temos que defender as pessoas e as habitações”, esclareceu Ascenso Simões.

O secretário de estado destacou o facto de, apesar de o número de incêndios ser semelhante ao do ano passado, houve muito menos área ardida, o que revela “a aposta na primeira intervenção”.

Naquele em que foi o primeiro ano em que “houve preocupação durante o ano inteiro”, os governadores civis consideraram “positiva a actuação da GNR, tanto na prevenção e detecção de incêndios, como no trabalho dos GIPS”. O governante referiu ainda que “os centros de comando operacional permitiram um acompanhamento permanente” das situações.

Sobre o fim dos subsídios para a limpeza das matas, Ascenso Simões afirmou “não acompanhar a situação”, adiantando apenas que esta “é uma medida do Ministério da Agricultura”.

Também Henrique Fernandes, Governador Civil de Coimbra, referiu que as várias instituições “funcionaram bem”, destacando “a primeira intervenção” e a importância dos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios.

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