O Comércio do Porto: Duarte Caldeira Exige politica para acabar com “morticínio” de bombeiros

05-07-2009
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Francisco ManuelO presidente da Liga de Bombeiros Portugueses (LBP) exigiu hoje uma política sustentada de prevenção ambiental, e ordenamento do território, que acabe com o “morticínio” que se tem assistido entre bombeiros e civis desde 1980. “Desde 1980 morreram 161 bombeiros, dos quais perto de 50 por cento são vítimas de incêndios florestais. São 25 anos a morrerem muitos bombeiros”, afirmou Duarte Caldeira à margem da cerimónias fúnebres dos dois bombeiros de Oliveira de Azeméis vítimas de um acidente de viação quando se dirigiam para mais um combate às chamas.De acordo com Duarte Caldeira é no combate aos fogos “onde maior número de bombeiros perdem a vida”, exigindo “mais intervenção por parte dos governantes, dos autarcas e mesmo dos cidadãos comuns”, sobretudo ao nível da prevenção. “É fundamental que quem pode intervir a montante dos bombeiros o faça. Esta é a única forma de resolvermos o problema e pormos fim a este morticínio”, afirmou o responsável.Duarte Caldeira insurgiu-se contra os “graves problemas de ordenamento e a impotência anárquica” que se tem assistido ao longo dos anos, apelando aos partidos para “deixarem de fazer desta questão um problema de esgrima político-partidária”, sublinhando que este “é um problema nacional”. É que, segundo o presidente da LBP, “os sucessivas políticas não têm resolvido o problema que continua, quase como se estivesse no inicio”, e por isso não tem dúvidas em afirmar que “não soubemos enfrentar o problema”.Excesso de impunidade para os incendiáriosDuarte Caldeira afirma que “existe excesso de impunidade” para os incendiários, e diz que “o mínimo que se pode exigir é unidade de doutrina entre os magistrados”. O responsável máximo pela LBP referia-se às medidas de coacção aplicadas pelos juízes aos detidos por suspeita de fogo posto: “Uns ficam com Termo de Identidade e Residência, outros em prisão preventiva, e outros ainda com apresentações periódicas”.Certo é que, segundo Duarte Caldeira, não se pode “devolver à comunidade estas pessoas em liberdade”.“A magistratura que se entenda”, reclama, afirmando que “uns são doentes, e outros verdadeiros criminosos na verdadeira acepção da palavra”, mas ambos os casos não podem voltar, na sua opinião, para os locais para onde andaram a incendiar. “Estamos perante um crime, ambiental, mas é crime, e por isso os magistrados têm que se entender para ver quais são as medidas de coacção a aplicar”, insistiu, por isso garante que a LBP “junta a sua voz àqueles que afirmam que existe excesso de impunidade para este tipo de crime”. “Não podemos continuar na expectativa de ver bombeiros e outras pessoas a morrer”, enfatizou.À saída do cemitério de Oliveira de Azeméis, onde foi a sepultar o adjunto de Comando Pedro Figueiredo, Duarte Caldeira sublinhou que “se juntarmos as nossas forças”- bombeiros, populações, e poder político – “vamos acabar com esta situação.Nas exéquias dos dois bombeiros marcaram presença, além dos vários políticos locais, o secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões, e o Governador Civil, Filipe Neto Brandão que se escusaram a prestar qualquer declaração. Presentes estiveram também representantes de várias corporações de bombeiros, e o coordenador do Centro Distrital de Operações e Socorros (CDOS) de Aveiro, António Machado.Corporações vizinhas apoiam nos serviços.A morte dos três bombeiros deixou a corporação de Oliveira de Azeméis bastanet afectada psicologicamente. Rostos caídos, sem ânimo, os bombeiros de Oliveira de Azeméis estão à procura de forças para continuarem a cumprir a sua missão. Desde sexta-feira, 12, dia do acidente, que bombeiros de Espinho e São João da Madeira estão em permanência no quartel dos Voluntários de Oliveira de Azeméis ajudando em todos os serviços.As famílias dos três bombeiros estão a ser acompanhadas por dois psicólogos que integram a corporação e que têm ajudado a superar a dor.Pedro Figueiredo era o número quatro do CDS nas autárquicasPedro Figueiredo era candidato nas listas do CDS/PP às próximas eleições autárquicas de Outubro, figurando em quarto lugar na lista do CDS para a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis. Ribeiro e Castro que se fez representar por Sílivio Cervan e o presidente da distrital, Raul Almeida, Carlos Resende, enviaram as condolências aos democratas cristãos de Oliveira de Azeméis.

Francisco ManuelO presidente da Liga de Bombeiros Portugueses (LBP) exigiu hoje uma política sustentada de prevenção ambiental, e ordenamento do território, que acabe com o “morticínio” que se tem assistido entre bombeiros e civis desde 1980. “Desde 1980 morreram 161 bombeiros, dos quais perto de 50 por cento são vítimas de incêndios florestais. São 25 anos a morrerem muitos bombeiros”, afirmou Duarte Caldeira à margem da cerimónias fúnebres dos dois bombeiros de Oliveira de Azeméis vítimas de um acidente de viação quando se dirigiam para mais um combate às chamas.De acordo com Duarte Caldeira é no combate aos fogos “onde maior número de bombeiros perdem a vida”, exigindo “mais intervenção por parte dos governantes, dos autarcas e mesmo dos cidadãos comuns”, sobretudo ao nível da prevenção. “É fundamental que quem pode intervir a montante dos bombeiros o faça. Esta é a única forma de resolvermos o problema e pormos fim a este morticínio”, afirmou o responsável.Duarte Caldeira insurgiu-se contra os “graves problemas de ordenamento e a impotência anárquica” que se tem assistido ao longo dos anos, apelando aos partidos para “deixarem de fazer desta questão um problema de esgrima político-partidária”, sublinhando que este “é um problema nacional”. É que, segundo o presidente da LBP, “os sucessivas políticas não têm resolvido o problema que continua, quase como se estivesse no inicio”, e por isso não tem dúvidas em afirmar que “não soubemos enfrentar o problema”.Excesso de impunidade para os incendiáriosDuarte Caldeira afirma que “existe excesso de impunidade” para os incendiários, e diz que “o mínimo que se pode exigir é unidade de doutrina entre os magistrados”. O responsável máximo pela LBP referia-se às medidas de coacção aplicadas pelos juízes aos detidos por suspeita de fogo posto: “Uns ficam com Termo de Identidade e Residência, outros em prisão preventiva, e outros ainda com apresentações periódicas”.Certo é que, segundo Duarte Caldeira, não se pode “devolver à comunidade estas pessoas em liberdade”.“A magistratura que se entenda”, reclama, afirmando que “uns são doentes, e outros verdadeiros criminosos na verdadeira acepção da palavra”, mas ambos os casos não podem voltar, na sua opinião, para os locais para onde andaram a incendiar. “Estamos perante um crime, ambiental, mas é crime, e por isso os magistrados têm que se entender para ver quais são as medidas de coacção a aplicar”, insistiu, por isso garante que a LBP “junta a sua voz àqueles que afirmam que existe excesso de impunidade para este tipo de crime”. “Não podemos continuar na expectativa de ver bombeiros e outras pessoas a morrer”, enfatizou.À saída do cemitério de Oliveira de Azeméis, onde foi a sepultar o adjunto de Comando Pedro Figueiredo, Duarte Caldeira sublinhou que “se juntarmos as nossas forças”- bombeiros, populações, e poder político – “vamos acabar com esta situação.Nas exéquias dos dois bombeiros marcaram presença, além dos vários políticos locais, o secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões, e o Governador Civil, Filipe Neto Brandão que se escusaram a prestar qualquer declaração. Presentes estiveram também representantes de várias corporações de bombeiros, e o coordenador do Centro Distrital de Operações e Socorros (CDOS) de Aveiro, António Machado.Corporações vizinhas apoiam nos serviços.A morte dos três bombeiros deixou a corporação de Oliveira de Azeméis bastanet afectada psicologicamente. Rostos caídos, sem ânimo, os bombeiros de Oliveira de Azeméis estão à procura de forças para continuarem a cumprir a sua missão. Desde sexta-feira, 12, dia do acidente, que bombeiros de Espinho e São João da Madeira estão em permanência no quartel dos Voluntários de Oliveira de Azeméis ajudando em todos os serviços.As famílias dos três bombeiros estão a ser acompanhadas por dois psicólogos que integram a corporação e que têm ajudado a superar a dor.Pedro Figueiredo era o número quatro do CDS nas autárquicasPedro Figueiredo era candidato nas listas do CDS/PP às próximas eleições autárquicas de Outubro, figurando em quarto lugar na lista do CDS para a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis. Ribeiro e Castro que se fez representar por Sílivio Cervan e o presidente da distrital, Raul Almeida, Carlos Resende, enviaram as condolências aos democratas cristãos de Oliveira de Azeméis.

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