Pedrógão de São Pedro: Secretário de Estado avaliza regadio

01-10-2009
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Água no Meimão já não é uma miragem A pretensão já vinha de há muitos anos. Meimão, encravado entre duas barragens, não tinha água para a rega. Um cenário que vai mudar. Dentro de dois anos o regadio está feito. Foi com a expressão “fogo à peça” que o presidente da Câmara de Penamacor terminou o seu discurso, depois da assinatura do protocolo para a realização do regadio do Meimão, no concelho de Penamacor.As palavras eram dirigidas a Francisco Campos, presidente da Junta que, na cerimónia, extravasou a satisfação de todos os residentes.Esta era uma aspiração já antiga, que remonta à data da realização da Barragem do Meimão. Desde aí os problemas começaram, foram-se agravando e a pequena aldeia, encravada entre duas barragens, foi ficando sem água nos poços. Quem sofreu foi a agricultura e os produtores e chegou a ser anunciado o boicote às eleições, caso a situação não fosse resolvida. Mas, foi.O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, Ascenso Simões, deu o seu aval e afirmou peremptório que esta assinatura não se deveu a qualquer tipo de ameaça de boicote. Explica que, até 2015 vai ser desenvolvido o quadro nacional dos apoios para os diversos regadios, quer sejam nacionais ou tradicionais. “Só agora se inicia a abertura das candidaturas para o regadio tradicional. Este é um dos primeiros a ser aprovado pelo Quadro Comunitário”, frisa. E anuncia, a talhe de foice, que as obras finais do Regadio da Cova da Beira “já estão aprovadas e já estão em adjudicação para que possa ser terminado. Esta é uma forma de reforçar a capacidade instalada de fornecimento de água, para os agricultores do distrito de Castelo Branco terem mais capacidade concorrencial nos mercados agrícolas”, esclarece.O presidente da Junta de Meimão lembra que, desde que tomou posse, que esta foi a sua maior batalha. Esgotou todas as hipóteses junto do Governo, chegando à realização de um abaixo-assinado.“Hoje abre-se uma grande porta para se fazer justiça a esta gente. É um dia importante para a terra, onde só tivemos honras de Estado, aquando da inauguração do Quartel dos Bombeiros”, lembra.E frisa que o Meimão foi extremamente penalizado porque os seus muitos e bons terrenos ficaram submersos pela barragem. Os problemas agravaram-se posteriormente, aquando da construção da outra barragem, a do Sabugal, “pelas infiltrações de cimento, que provocaram cortes nas nascentes que alimentavam os poços para rega”.E concretiza que “muita água temos à vista, mas é apenas uma miragem”. Vai deixar de ser, porque no prazo máximo de dois anos este investimento de cerca de 500 mil euros vai estar concluído, como promete o secretário de Estado.“O regadio é imprescindível para o desenvolvimento agrícola do Meimão e servirá como corredor ecológico na luta contra os incêndios para que este paraíso se mantenha verde”, concluiu Francisco Campos.O presidente da Câmara reconheceu que esta era uma dádiva do governo para com a população de Meimão. Segundo ele, o projecto já existia há muito. Agora foram feitas as devidas correcções, sugeridas pela Direcção Regional e o processo avança. “é um montante para que possamos avançar com a obra e que daqui a algum tempo estejamos a dizer que cumprimos o que prometemos”, disse.Domingos Torrão recordou que aquela população é “a mãe da água na região” e fez a alegoria com as casas de cada um. “Também gostaríamos de ter tudo ao mesmo tempo em nossas casas. Mas não é possível, vai-se fazendo, com sacrifício, muito trabalho e dedicação”.O protocolo esteve para ser assinado aquando da deslocação de José Sócrates a Belmonte. No entanto, o autarca quis que essa cerimónia decorresse junto do povo. “Desde a primeira hora entendi que isto devia chegar mais próximo das populações e que o povo do Meimão devia ser testemunha deste acto”, frisou. E assim foi.Destacando a importância da agricultura para o nosso país, o secretário de Estado diz que há dois factores essenciais para o seu sucesso: a energia e a água.“O país tem, ainda, muita e boa água. Mas, temos feito pouco para conseguirmos ter essa água devidamente encanada, tratada e colocada ao serviço dos agricultores”, adiantou Ascenso Simões, garantindo que esse investimento está, agora, a ser feito.“Os planos dedicados ao regadio tradicional são essenciais. São uma urgência e que temos obrigatoriamente que concretizar nos próximos anos”, terminou.Na assinatura do protocolo esteve, também, Rui Moreira, director regional de Agricultura e Pescas do Centro, José Estevão, director Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural e o representante do Governo Civil, Armindo Taborda. Autora: Cristina Mota Saraiva in jornal "A Reconquista"


Água no Meimão já não é uma miragem A pretensão já vinha de há muitos anos. Meimão, encravado entre duas barragens, não tinha água para a rega. Um cenário que vai mudar. Dentro de dois anos o regadio está feito. Foi com a expressão “fogo à peça” que o presidente da Câmara de Penamacor terminou o seu discurso, depois da assinatura do protocolo para a realização do regadio do Meimão, no concelho de Penamacor.As palavras eram dirigidas a Francisco Campos, presidente da Junta que, na cerimónia, extravasou a satisfação de todos os residentes.Esta era uma aspiração já antiga, que remonta à data da realização da Barragem do Meimão. Desde aí os problemas começaram, foram-se agravando e a pequena aldeia, encravada entre duas barragens, foi ficando sem água nos poços. Quem sofreu foi a agricultura e os produtores e chegou a ser anunciado o boicote às eleições, caso a situação não fosse resolvida. Mas, foi.O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, Ascenso Simões, deu o seu aval e afirmou peremptório que esta assinatura não se deveu a qualquer tipo de ameaça de boicote. Explica que, até 2015 vai ser desenvolvido o quadro nacional dos apoios para os diversos regadios, quer sejam nacionais ou tradicionais. “Só agora se inicia a abertura das candidaturas para o regadio tradicional. Este é um dos primeiros a ser aprovado pelo Quadro Comunitário”, frisa. E anuncia, a talhe de foice, que as obras finais do Regadio da Cova da Beira “já estão aprovadas e já estão em adjudicação para que possa ser terminado. Esta é uma forma de reforçar a capacidade instalada de fornecimento de água, para os agricultores do distrito de Castelo Branco terem mais capacidade concorrencial nos mercados agrícolas”, esclarece.O presidente da Junta de Meimão lembra que, desde que tomou posse, que esta foi a sua maior batalha. Esgotou todas as hipóteses junto do Governo, chegando à realização de um abaixo-assinado.“Hoje abre-se uma grande porta para se fazer justiça a esta gente. É um dia importante para a terra, onde só tivemos honras de Estado, aquando da inauguração do Quartel dos Bombeiros”, lembra.E frisa que o Meimão foi extremamente penalizado porque os seus muitos e bons terrenos ficaram submersos pela barragem. Os problemas agravaram-se posteriormente, aquando da construção da outra barragem, a do Sabugal, “pelas infiltrações de cimento, que provocaram cortes nas nascentes que alimentavam os poços para rega”.E concretiza que “muita água temos à vista, mas é apenas uma miragem”. Vai deixar de ser, porque no prazo máximo de dois anos este investimento de cerca de 500 mil euros vai estar concluído, como promete o secretário de Estado.“O regadio é imprescindível para o desenvolvimento agrícola do Meimão e servirá como corredor ecológico na luta contra os incêndios para que este paraíso se mantenha verde”, concluiu Francisco Campos.O presidente da Câmara reconheceu que esta era uma dádiva do governo para com a população de Meimão. Segundo ele, o projecto já existia há muito. Agora foram feitas as devidas correcções, sugeridas pela Direcção Regional e o processo avança. “é um montante para que possamos avançar com a obra e que daqui a algum tempo estejamos a dizer que cumprimos o que prometemos”, disse.Domingos Torrão recordou que aquela população é “a mãe da água na região” e fez a alegoria com as casas de cada um. “Também gostaríamos de ter tudo ao mesmo tempo em nossas casas. Mas não é possível, vai-se fazendo, com sacrifício, muito trabalho e dedicação”.O protocolo esteve para ser assinado aquando da deslocação de José Sócrates a Belmonte. No entanto, o autarca quis que essa cerimónia decorresse junto do povo. “Desde a primeira hora entendi que isto devia chegar mais próximo das populações e que o povo do Meimão devia ser testemunha deste acto”, frisou. E assim foi.Destacando a importância da agricultura para o nosso país, o secretário de Estado diz que há dois factores essenciais para o seu sucesso: a energia e a água.“O país tem, ainda, muita e boa água. Mas, temos feito pouco para conseguirmos ter essa água devidamente encanada, tratada e colocada ao serviço dos agricultores”, adiantou Ascenso Simões, garantindo que esse investimento está, agora, a ser feito.“Os planos dedicados ao regadio tradicional são essenciais. São uma urgência e que temos obrigatoriamente que concretizar nos próximos anos”, terminou.Na assinatura do protocolo esteve, também, Rui Moreira, director regional de Agricultura e Pescas do Centro, José Estevão, director Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural e o representante do Governo Civil, Armindo Taborda. Autora: Cristina Mota Saraiva in jornal "A Reconquista"

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