Novo relatório de Mortágua culpa chefe de equipa

25-02-2008
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Novo relatório de Mortágua culpa chefe de equipa

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AS NOVAS averiguações ao caso do incêndio de Mortágua, em Março passado, no qual morreram quatro bombeiros, confirmaram as conclusões do primeiro relatório, segundo o qual a causa da tragédia foi o posicionamentodo autotanque, da responsabilidade do chefe de equipa, Adelino Oliveira, que também perdeu a vida.

O documento, a que o EXPRESSO teve acesso, foi elaborado pelo gabinete de inspecção do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), em resposta ao pedido do secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões, de reabertura do primeiro processo de averiguações. A conclusão é a de que não há dúvidas que, naquela fase da operação (a manobra), as decisões são dos chefes de equipa no terreno.

Recorde-se que a responsabilização do chefe de equipa no primeiro relatório tinha merecido duras críticas da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais. O presidente, Fernando Curto, asseverara que o «provável» mau posicionamento era da responsabilidade da «estrutura de comando» e não apenas do chefe de equipa que «só avançou depois de ter recebido ordens nesse sentido». Este dirigente dos bombeiros mostrara-se satisfeito com a decisão do secretário de Estado Ascenso Simões em pedir mais esclarecimentos, pois, no entender de Curto, isso significaria que ele próprio «teria dúvidas sobre as conclusões obtidas».

Mas os inspectores do SNBPC reconfirmaram o que já haviam apurado, aprofundando mais as informações recolhidas: as ordens dadas, os cuidados tomados, os procedimentos de segurança, do Centro de Operações de Socorro, passando por toda a cadeia de comando, até ao chefe de equipa no terreno, foram analisados ao pormenor. No final, concluiu-se que toda a cadeia de comando cumpriu escrupulosamente na totalidade as regras do «Manual de Comando Operacional», nos seus três níveis de operação (estratégico, táctico e manobra).

Dos depoimentos recolhidos, os inspectores concluíram que, quer o comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Mortágua (a nível estratégico), quer o de Penacova (a nível táctico) agiram de acordo com o previsto nestes manuais, definindo a operação de acordo com as recomendações de segurança para o nível de risco em causa. O relatório nota que não foram definidos locais precisos de paragem e posicionamento das viaturas, pois tal nível é da responsabilidade dos chefes de viatura.

Ascenso Simões deu instruções ao SNBPC para desenvolver um programa de doutrina para a actuação dos bombeiros, no futuro, em diferentes teatros de operação.

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AS NOVAS averiguações ao caso do incêndio de Mortágua, em Março passado, no qual morreram quatro bombeiros, confirmaram as conclusões do primeiro relatório, segundo o qual a causa da tragédia foi o posicionamentodo autotanque, da responsabilidade do chefe de equipa, Adelino Oliveira, que também perdeu a vida.

O documento, a que o EXPRESSO teve acesso, foi elaborado pelo gabinete de inspecção do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), em resposta ao pedido do secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões, de reabertura do primeiro processo de averiguações. A conclusão é a de que não há dúvidas que, naquela fase da operação (a manobra), as decisões são dos chefes de equipa no terreno.

Recorde-se que a responsabilização do chefe de equipa no primeiro relatório tinha merecido duras críticas da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais. O presidente, Fernando Curto, asseverara que o «provável» mau posicionamento era da responsabilidade da «estrutura de comando» e não apenas do chefe de equipa que «só avançou depois de ter recebido ordens nesse sentido». Este dirigente dos bombeiros mostrara-se satisfeito com a decisão do secretário de Estado Ascenso Simões em pedir mais esclarecimentos, pois, no entender de Curto, isso significaria que ele próprio «teria dúvidas sobre as conclusões obtidas».

Mas os inspectores do SNBPC reconfirmaram o que já haviam apurado, aprofundando mais as informações recolhidas: as ordens dadas, os cuidados tomados, os procedimentos de segurança, do Centro de Operações de Socorro, passando por toda a cadeia de comando, até ao chefe de equipa no terreno, foram analisados ao pormenor. No final, concluiu-se que toda a cadeia de comando cumpriu escrupulosamente na totalidade as regras do «Manual de Comando Operacional», nos seus três níveis de operação (estratégico, táctico e manobra).

Dos depoimentos recolhidos, os inspectores concluíram que, quer o comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Mortágua (a nível estratégico), quer o de Penacova (a nível táctico) agiram de acordo com o previsto nestes manuais, definindo a operação de acordo com as recomendações de segurança para o nível de risco em causa. O relatório nota que não foram definidos locais precisos de paragem e posicionamento das viaturas, pois tal nível é da responsabilidade dos chefes de viatura.

Ascenso Simões deu instruções ao SNBPC para desenvolver um programa de doutrina para a actuação dos bombeiros, no futuro, em diferentes teatros de operação.

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