Estive em Alvalade e, não obstante o facto de o estádio ter registado uma assistência inferior à meia casa, pude testemunhar que não foi por falta de apoio do público que o “Sporting de Paulo Bento” perdeu com o Braga, nem tão pouco por falta de qualidade dos jogadores que formam o plantel leonino, apesar de muitas asneiras individuais pelo meio de um grande desastre colectivo. A bancada da Claque Directivo XXI até dava conta da sua legítima ambição, ao indicar o caminho numa tarja enorme: “Segundo lugar não é opção. Queremos o Sporting campeão”…O jogo começou com o Sporting a dar excelentes indicações, porém, o Braga, no primeiro grande remate à baliza de Rui Patrício, inaugurou o marcador. Estavam decorridos 12 minutos e, a partir daí, as pilhas dos jogadores do Sporting foram perdendo a carga. Aos poucos, aquela equipa alegre, organizada e desinibida que chegou a brilhar contra a Fiorentina e que parecia ter entrado em campo contra o Braga, foi desaparecendo para dar lugar a um conjunto de jogadores desintegrados, com chumbo nas pernas, a cometerem erros primários, enfim, uma autêntica manta de retalhos.Na segunda parte, a mesma coisa, até que, Yannick Djaló, que entrou para o lugar de Matias Fernández – alteração que gerou um coro de assobios no estádio –, arrancou um grande golo. Se o problema fosse anímico, o Sporting tinha tudo para virar o jogo: o público estava com a equipa e o golo do empate funcionaria como tónico. Mas não. Sem Matías Fernández, o Sporting deixou de ter um elo importante que desse um mínimo de sentido ao seu jogo.O Braga, sempre muito seguro a defender e perigoso quando atacava (qualquer equipa que procure marcar ao Sporting torna-se num sério perigo em qualquer lance…) tomou conta das operações e acabou por fazer o 2-1, na sequência de um pontapé-de-canto (como sempre tem acontecido). Até final ainda havia mais de 10 minutos para jogar, mas o Sporting não deu o mínimo sinal de que queria, pelo menos, empatar o jogo. E o Braga até poderia ter feito o terceiro.Esta partida confirmou, afinal, que este Sporting tem duas caras (uma nacional e outra europeia), facto que é verdadeiramente insustentável. Está aí um jogo muito importante com a Fiorentina. Antes disso, Paulo Bento deveria ponderar seriamente a apresentação do respectivo pedido de demissão (até para não obrigar José Eduardo Bettencourt a dar o dito pelo não dito). A sua permanência à frente do comando técnico do Sporting já começa a ser um problema. Se havia jogo importante para vencer era este com os bracarenses, que indicaria o retomar do caminho das vitórias. Paulo Bento até escolheu a mesma equipa que alinhou com a Fiorentina. Não lhe valeu nada: voltamos a ver erros individuais clamorosos, mas vimos também um conjunto de jogadores à deriva, sem saber o que fazer à bola e sem vontade de ganhar. No fundo, os jogadores demonstraram que não estão com o treinador e que há sérios problemas no balneário. O Sporting já não ganha há oito jogos, cinco deles oficiais. Na I Liga já perdeu cinco pontos. Para Paulo Bento é o fim da linha. FOTO: Armando França (Associated Press) e José Manuel Ribeiro (Reuters - Portugal Sport Soccer)Etiquetas: Liga Portuguesa
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Estive em Alvalade e, não obstante o facto de o estádio ter registado uma assistência inferior à meia casa, pude testemunhar que não foi por falta de apoio do público que o “Sporting de Paulo Bento” perdeu com o Braga, nem tão pouco por falta de qualidade dos jogadores que formam o plantel leonino, apesar de muitas asneiras individuais pelo meio de um grande desastre colectivo. A bancada da Claque Directivo XXI até dava conta da sua legítima ambição, ao indicar o caminho numa tarja enorme: “Segundo lugar não é opção. Queremos o Sporting campeão”…O jogo começou com o Sporting a dar excelentes indicações, porém, o Braga, no primeiro grande remate à baliza de Rui Patrício, inaugurou o marcador. Estavam decorridos 12 minutos e, a partir daí, as pilhas dos jogadores do Sporting foram perdendo a carga. Aos poucos, aquela equipa alegre, organizada e desinibida que chegou a brilhar contra a Fiorentina e que parecia ter entrado em campo contra o Braga, foi desaparecendo para dar lugar a um conjunto de jogadores desintegrados, com chumbo nas pernas, a cometerem erros primários, enfim, uma autêntica manta de retalhos.Na segunda parte, a mesma coisa, até que, Yannick Djaló, que entrou para o lugar de Matias Fernández – alteração que gerou um coro de assobios no estádio –, arrancou um grande golo. Se o problema fosse anímico, o Sporting tinha tudo para virar o jogo: o público estava com a equipa e o golo do empate funcionaria como tónico. Mas não. Sem Matías Fernández, o Sporting deixou de ter um elo importante que desse um mínimo de sentido ao seu jogo.O Braga, sempre muito seguro a defender e perigoso quando atacava (qualquer equipa que procure marcar ao Sporting torna-se num sério perigo em qualquer lance…) tomou conta das operações e acabou por fazer o 2-1, na sequência de um pontapé-de-canto (como sempre tem acontecido). Até final ainda havia mais de 10 minutos para jogar, mas o Sporting não deu o mínimo sinal de que queria, pelo menos, empatar o jogo. E o Braga até poderia ter feito o terceiro.Esta partida confirmou, afinal, que este Sporting tem duas caras (uma nacional e outra europeia), facto que é verdadeiramente insustentável. Está aí um jogo muito importante com a Fiorentina. Antes disso, Paulo Bento deveria ponderar seriamente a apresentação do respectivo pedido de demissão (até para não obrigar José Eduardo Bettencourt a dar o dito pelo não dito). A sua permanência à frente do comando técnico do Sporting já começa a ser um problema. Se havia jogo importante para vencer era este com os bracarenses, que indicaria o retomar do caminho das vitórias. Paulo Bento até escolheu a mesma equipa que alinhou com a Fiorentina. Não lhe valeu nada: voltamos a ver erros individuais clamorosos, mas vimos também um conjunto de jogadores à deriva, sem saber o que fazer à bola e sem vontade de ganhar. No fundo, os jogadores demonstraram que não estão com o treinador e que há sérios problemas no balneário. O Sporting já não ganha há oito jogos, cinco deles oficiais. Na I Liga já perdeu cinco pontos. Para Paulo Bento é o fim da linha. FOTO: Armando França (Associated Press) e José Manuel Ribeiro (Reuters - Portugal Sport Soccer)Etiquetas: Liga Portuguesa
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