LEÃO DA ESTRELA Blog sobre o Sporting CP: Bruno Paixão e incompetência nos penáltis

22-05-2009
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Três temporadas depois, o Sporting voltou a cair na Taça de Portugal frente ao FC Porto da mesma forma: após 120 minutos de futebol e no desempate por grandes penalidades. Se a isto juntarmos a derrota frente ao Vitória de Setúbal na final da Taça da Liga 2007-2008, também no desempate por penáltis, e a eliminação da Taça de Portugal, em 2004-2005, frente ao Benfica, ainda na marcação de castigos máximos, podemos concluir que o Sporting continua com falta de sorte (ou de competência) na chamada lotaria dos penáltis. Na Taça de Portugal, aliás, nas últimas cinco edições, foi apeado em três delas na marcação de grandes penalidades. Quando os penáltis não apareceram no caminho, chegou à final e ganhou a taça.Desta vez, no Sporting-Porto com a menor assistência de sempre (27.800 espectadores), apesar do preço mais baixo dos bilhetes, a equipa leonina perdeu num jogo muito intenso, muito disputado, em que houve futebol a mais e equipa de arbitragem a menos. A verdade é que o Sporting chegou ao fim dos 90 minutos da partida a poder lamentar dois erros capitais da equipa de arbitragem que decidiram tudo. O resto é conversa.Primeiro a escandalosa expulsão de Marco Caneira (68'). Alertado pelo assistente, o árbitro "resolveu" um "diálogo de testas", banal nos campos de futebol e num jogo fortemente competitivo, com um cartão amarelo para Caneira e Hulk, sem que o defesa leonino tivesse feito alguma coisa de modo a ser penalizado... Caneira que já tinha um amarelo por uma obstrução em tudo idêntica a uma outra, já na segunda parte, de Bruno Alves a Abel, esta dentro da área portista, que Bruno Paixão deixou passar em claro... O Sporting procurava reagir a um golo sofrido pouco antes, mas o seu esquema táctico sofria um duro revés. Depois, já perto dos 90 minutos, Bruno Paixão fez vista grossa a uma grande penalidade cometida por Rolando, que, com o braço no chão, desviou a trajectória de um cruzamento rasteiro de Pedro Silva, evitando que a bola fosse para os pés de Yannick Djaló, que estava à boca da baliza de Helton. "Acabámos por perder com muita Paixão", declarou, muito certeiro, o presidente Filipe Soares Franco, só não se entendendo por que motivo o presidente do Sporting se sentou outra vez ao lado de Pinto da Costa, na tribuna de Alvalade, sendo o presidente do FC Porto um dirigente a cumprir castigos de suspensão, aplicados pela Liga e pela FPF, na sequência do famigerado processo "Apito Dourado"... A "Paixão" do árbitro foi tanta que até o FC Porto pode falar num penálti por assinalar, aos 115', quando Rochemback derrubou Rolando dentro da área leonina, durante a marcação de um pontapé de canto - lance que foi transformado num livre a favor dos "leões". "Compensação", dirá o dicionário do "sistema" que vai imperando no futebol português, talvez para que não se diga que os erros são sempre para o mesmo lado, e muita falta de coragem de uma consciência pesada para decidir um jogo através de um penálti, que existiu de facto, contra uma equipa que antes fora gravemente prejudicada...A primeira parte do Sporting foi de grande qualidade, de modo a justificar bem mais do que a vantagem mínima. Apetece, aliás, perguntar onde é que tem andado aquele Sporting combativo, rápido e decidido sobre a bola, empolgante, a jogar no campo todo, com boa ligação entre os sectores e em permanente ligação à baliza contrária. O Sporting dominou por completo o FC Porto, criou ocasiões de golo, mas não teve a eficácia que costuma ter quando vai uma ou duas vezes à baliza contrária e faz golo. Curiosamente, o único golo nem foi obra de criação pura. Foi antes mais uma demonstração do sentido de oportunidade de Liedson, que aproveitou um erro clamoroso da defesa contrária, no corolário de uma meia hora de luxo da equipa de Paulo Bento.Depois, ficou a impressão de que o ritmo baixou. E à forma mais serena, como o Sporting assumiu a segunda parte, respondeu o FC Porto com outra dinâmica. O jogo estendia-se pelas duas metades do campo. Depois o golo portista (59'), que se adivinhava, embora nunca daquela forma: com Hulk a correr metade do campo com a bola nos pés e Rochemback atrás dele, no maior dos sacrifícios, mas inglório. Custou ver a diferença física. Como custou ver o grave erro defensivo do Sporting, que viu um pontapé de canto a favor transformado num golo do adversário. O Porto renascia para o jogo.Depois, surgiu a tal expulsão-fantasma de Caneira e adivinhava-se o descalabro leonino. Não foi assim. A equipa, que tinha em Anderson Polga, João Moutinho e, em especial, Izmailov as estrelas mais cintilantes da noite, soube reorganizar-se e conseguiu justificar a vitória ainda antes dos 90 minutos. Aos 88', o tal penálti de Rolando, não assinalado... O FC Porto acabaria por ficar reduzido a nove jogadores (expulsões por segundo cartão amarelo de Pedro Emanuel, 83', e Hulk, 117'), mas nunca deixaria de ser uma equipa até ao fim, depois de, na primeira parte, não ter passado de um conjunto de jogadores desavindos... A maratona terminou no desempate por grandes penalidades, um pesadelo que o Sporting conhece bem, desta vez interpretado por Abel, num remate sem força, que fez cair o primeiro objectivo do Sporting 2008-2009. FOTO: Armando França (AP Photo)Etiquetas: Taça de Portugal

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Três temporadas depois, o Sporting voltou a cair na Taça de Portugal frente ao FC Porto da mesma forma: após 120 minutos de futebol e no desempate por grandes penalidades. Se a isto juntarmos a derrota frente ao Vitória de Setúbal na final da Taça da Liga 2007-2008, também no desempate por penáltis, e a eliminação da Taça de Portugal, em 2004-2005, frente ao Benfica, ainda na marcação de castigos máximos, podemos concluir que o Sporting continua com falta de sorte (ou de competência) na chamada lotaria dos penáltis. Na Taça de Portugal, aliás, nas últimas cinco edições, foi apeado em três delas na marcação de grandes penalidades. Quando os penáltis não apareceram no caminho, chegou à final e ganhou a taça.Desta vez, no Sporting-Porto com a menor assistência de sempre (27.800 espectadores), apesar do preço mais baixo dos bilhetes, a equipa leonina perdeu num jogo muito intenso, muito disputado, em que houve futebol a mais e equipa de arbitragem a menos. A verdade é que o Sporting chegou ao fim dos 90 minutos da partida a poder lamentar dois erros capitais da equipa de arbitragem que decidiram tudo. O resto é conversa.Primeiro a escandalosa expulsão de Marco Caneira (68'). Alertado pelo assistente, o árbitro "resolveu" um "diálogo de testas", banal nos campos de futebol e num jogo fortemente competitivo, com um cartão amarelo para Caneira e Hulk, sem que o defesa leonino tivesse feito alguma coisa de modo a ser penalizado... Caneira que já tinha um amarelo por uma obstrução em tudo idêntica a uma outra, já na segunda parte, de Bruno Alves a Abel, esta dentro da área portista, que Bruno Paixão deixou passar em claro... O Sporting procurava reagir a um golo sofrido pouco antes, mas o seu esquema táctico sofria um duro revés. Depois, já perto dos 90 minutos, Bruno Paixão fez vista grossa a uma grande penalidade cometida por Rolando, que, com o braço no chão, desviou a trajectória de um cruzamento rasteiro de Pedro Silva, evitando que a bola fosse para os pés de Yannick Djaló, que estava à boca da baliza de Helton. "Acabámos por perder com muita Paixão", declarou, muito certeiro, o presidente Filipe Soares Franco, só não se entendendo por que motivo o presidente do Sporting se sentou outra vez ao lado de Pinto da Costa, na tribuna de Alvalade, sendo o presidente do FC Porto um dirigente a cumprir castigos de suspensão, aplicados pela Liga e pela FPF, na sequência do famigerado processo "Apito Dourado"... A "Paixão" do árbitro foi tanta que até o FC Porto pode falar num penálti por assinalar, aos 115', quando Rochemback derrubou Rolando dentro da área leonina, durante a marcação de um pontapé de canto - lance que foi transformado num livre a favor dos "leões". "Compensação", dirá o dicionário do "sistema" que vai imperando no futebol português, talvez para que não se diga que os erros são sempre para o mesmo lado, e muita falta de coragem de uma consciência pesada para decidir um jogo através de um penálti, que existiu de facto, contra uma equipa que antes fora gravemente prejudicada...A primeira parte do Sporting foi de grande qualidade, de modo a justificar bem mais do que a vantagem mínima. Apetece, aliás, perguntar onde é que tem andado aquele Sporting combativo, rápido e decidido sobre a bola, empolgante, a jogar no campo todo, com boa ligação entre os sectores e em permanente ligação à baliza contrária. O Sporting dominou por completo o FC Porto, criou ocasiões de golo, mas não teve a eficácia que costuma ter quando vai uma ou duas vezes à baliza contrária e faz golo. Curiosamente, o único golo nem foi obra de criação pura. Foi antes mais uma demonstração do sentido de oportunidade de Liedson, que aproveitou um erro clamoroso da defesa contrária, no corolário de uma meia hora de luxo da equipa de Paulo Bento.Depois, ficou a impressão de que o ritmo baixou. E à forma mais serena, como o Sporting assumiu a segunda parte, respondeu o FC Porto com outra dinâmica. O jogo estendia-se pelas duas metades do campo. Depois o golo portista (59'), que se adivinhava, embora nunca daquela forma: com Hulk a correr metade do campo com a bola nos pés e Rochemback atrás dele, no maior dos sacrifícios, mas inglório. Custou ver a diferença física. Como custou ver o grave erro defensivo do Sporting, que viu um pontapé de canto a favor transformado num golo do adversário. O Porto renascia para o jogo.Depois, surgiu a tal expulsão-fantasma de Caneira e adivinhava-se o descalabro leonino. Não foi assim. A equipa, que tinha em Anderson Polga, João Moutinho e, em especial, Izmailov as estrelas mais cintilantes da noite, soube reorganizar-se e conseguiu justificar a vitória ainda antes dos 90 minutos. Aos 88', o tal penálti de Rolando, não assinalado... O FC Porto acabaria por ficar reduzido a nove jogadores (expulsões por segundo cartão amarelo de Pedro Emanuel, 83', e Hulk, 117'), mas nunca deixaria de ser uma equipa até ao fim, depois de, na primeira parte, não ter passado de um conjunto de jogadores desavindos... A maratona terminou no desempate por grandes penalidades, um pesadelo que o Sporting conhece bem, desta vez interpretado por Abel, num remate sem força, que fez cair o primeiro objectivo do Sporting 2008-2009. FOTO: Armando França (AP Photo)Etiquetas: Taça de Portugal

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