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17-06-2005
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Uma carga poluente afectou hoje a praia de Esmoriz, numa extensão de cerca de dois quilómetros. A água do mar manteve-se horas com uma cor acastanhada e com um forte cheiro, tendo a Direcção Regional do Ambiente do Centro e a Associação Nacional da Bandeira Azul (ANBA) mandado arriar a bandeira azul da praia, uma das três do concelho de Ovar com este galardão, símbolo de qualidade das suas águas. Segundo o presidente do Movimento Cívico Pró-Barrinha (MCPB), Arménio Moreira, a carga poluente, oriunda da barrinha de Esmoriz, surgiu após o rebentamento da faixa arenosa que separa aquela lagoa costeira do mar. Arménio Moreira explicou ainda que o caudal da barrinha e das ribeiras afluentes se encontrava "alto", antes do rebentamento da faixa arenosa e da subsequente descarga poluente no mar, não se sabendo se a barrinha foi aberta ao mar acidentalmente ou por intervenção humana. "Se foi por intervenção humana, agiram precipitadamente. Certamente não contariam que o tempo estivesse hoje razoável e que milhares de pessoas afluíssem à praia", observou o presidente do MCPB. Na barrinha desaguam a vala de Maceda, para onde são encaminhados os esgotos tratados na estação de águas residuais de Cortegaça-Esmoriz, e a ribeira do rio Maior que, segundo Arménio Moreira, é alvo de descargas de indústrias e fossas cépticas no sul do concelho de Espinho e no extremo norte do município de Santa Maria da Feira. O presidente do MCPB disse que em 2001 o ex- primeiro-ministro António Guterres se deslocou a Esmoriz para anunciar um programa de despoluição da barrinha, que continua por concretizar. O plano previa a ligação das redes de esgotos do norte de Ovar e do concelho de Santa Maria da Feira à estação de tratamento de Espinho, bem como a limpeza da barrinha e valorização da lagoa e envolvência, um ecossistema muito rico em fauna e flora. Arriada bandeira azul Após o incidente a Direcção Regional do Ambiente do Centro e a ANBA mandaram arriar a bandeira azul na praia de Esmoriz. Segundo a coordenadora da ANBA, Teresa Goulão, a Junta de Freguesia opôs-se, sem ter poderes para isso, à concretização da medida, pelo que a Direcção Regional do Ambiente incumbiu um seu funcionário de o fazer. Teresa Goulão frisou que a Direcção Regional deu "luz verde" à decisão e advertiu que a atitude da Junta de Freguesia poderá levar a que Esmoriz não se possa candidatar à bandeira azul no próximo ano. Por seu turno, o presidente da Câmara de Ovar, Armando França, avisou que a ANBA e a Direcção Regional podem estar a tomar uma atitude "muito precipitada", referindo que as análises efectuadas em Esmoriz desde o início da época balnear sempre se mantiveram nos níveis exigíveis. "A barrinha já esteve aberta várias vezes este ano e nunca foi tomada uma decisão destas. Alguém terá de responder por isso", advertiu o autarca. Teresa Goulão reagiu, respondendo que a bandeira azul é "símbolo de excelência e qualidade" que não pode ser mantida em caso de dúvida.

Uma carga poluente afectou hoje a praia de Esmoriz, numa extensão de cerca de dois quilómetros. A água do mar manteve-se horas com uma cor acastanhada e com um forte cheiro, tendo a Direcção Regional do Ambiente do Centro e a Associação Nacional da Bandeira Azul (ANBA) mandado arriar a bandeira azul da praia, uma das três do concelho de Ovar com este galardão, símbolo de qualidade das suas águas. Segundo o presidente do Movimento Cívico Pró-Barrinha (MCPB), Arménio Moreira, a carga poluente, oriunda da barrinha de Esmoriz, surgiu após o rebentamento da faixa arenosa que separa aquela lagoa costeira do mar. Arménio Moreira explicou ainda que o caudal da barrinha e das ribeiras afluentes se encontrava "alto", antes do rebentamento da faixa arenosa e da subsequente descarga poluente no mar, não se sabendo se a barrinha foi aberta ao mar acidentalmente ou por intervenção humana. "Se foi por intervenção humana, agiram precipitadamente. Certamente não contariam que o tempo estivesse hoje razoável e que milhares de pessoas afluíssem à praia", observou o presidente do MCPB. Na barrinha desaguam a vala de Maceda, para onde são encaminhados os esgotos tratados na estação de águas residuais de Cortegaça-Esmoriz, e a ribeira do rio Maior que, segundo Arménio Moreira, é alvo de descargas de indústrias e fossas cépticas no sul do concelho de Espinho e no extremo norte do município de Santa Maria da Feira. O presidente do MCPB disse que em 2001 o ex- primeiro-ministro António Guterres se deslocou a Esmoriz para anunciar um programa de despoluição da barrinha, que continua por concretizar. O plano previa a ligação das redes de esgotos do norte de Ovar e do concelho de Santa Maria da Feira à estação de tratamento de Espinho, bem como a limpeza da barrinha e valorização da lagoa e envolvência, um ecossistema muito rico em fauna e flora. Arriada bandeira azul Após o incidente a Direcção Regional do Ambiente do Centro e a ANBA mandaram arriar a bandeira azul na praia de Esmoriz. Segundo a coordenadora da ANBA, Teresa Goulão, a Junta de Freguesia opôs-se, sem ter poderes para isso, à concretização da medida, pelo que a Direcção Regional do Ambiente incumbiu um seu funcionário de o fazer. Teresa Goulão frisou que a Direcção Regional deu "luz verde" à decisão e advertiu que a atitude da Junta de Freguesia poderá levar a que Esmoriz não se possa candidatar à bandeira azul no próximo ano. Por seu turno, o presidente da Câmara de Ovar, Armando França, avisou que a ANBA e a Direcção Regional podem estar a tomar uma atitude "muito precipitada", referindo que as análises efectuadas em Esmoriz desde o início da época balnear sempre se mantiveram nos níveis exigíveis. "A barrinha já esteve aberta várias vezes este ano e nunca foi tomada uma decisão destas. Alguém terá de responder por isso", advertiu o autarca. Teresa Goulão reagiu, respondendo que a bandeira azul é "símbolo de excelência e qualidade" que não pode ser mantida em caso de dúvida.

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