Durante a Segunda Grande Guerra, as autoridades inglesas, receando sensatamente uma invasão Nazi, retiraram todos os sinais de trânsito e placas com nomes de ruas, com o objectivo de confundir e desorientar o inimigo. Recuperando o espírito peregrino desta iniciativa, a Câmara do Porto resolveu instalar novas placas toponímicas.São umas coisas verdes, feitas em plástico recortado a imitar ferro forjado e têm o nome da rua escrito naquelas letras ultra-condensadas que se viam no final dos anos oitenta (género logotipo do Público).Quanto à legibilidade — e tentando manter uma crítica construtiva — só posso dizer que são discretas. Fiz alguns testes com a ajuda de um amigo; a leitura é óptima se treparmos às caleiras instaladas previdentemente pelos serviços camarários; testamos a coisa a partir de um carro em movimento, mas não podemos revelar os resultados enquanto não houver resposta da seguradora.Concluindo, só me resta apelar ao espírito de luta que caracteriza os habitantes da Invicta. Agarrem nas vossas chaves de parafusos, nas vossas caçadeiras, nos vossos canivetes e arranquem essas coisas da parede. Lavem-nas, pintem-nas e ofereçam-nas aos turistas para servirem de base para as travessas.É a única maneira de salvar o bom nome da cidade.
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Durante a Segunda Grande Guerra, as autoridades inglesas, receando sensatamente uma invasão Nazi, retiraram todos os sinais de trânsito e placas com nomes de ruas, com o objectivo de confundir e desorientar o inimigo. Recuperando o espírito peregrino desta iniciativa, a Câmara do Porto resolveu instalar novas placas toponímicas.São umas coisas verdes, feitas em plástico recortado a imitar ferro forjado e têm o nome da rua escrito naquelas letras ultra-condensadas que se viam no final dos anos oitenta (género logotipo do Público).Quanto à legibilidade — e tentando manter uma crítica construtiva — só posso dizer que são discretas. Fiz alguns testes com a ajuda de um amigo; a leitura é óptima se treparmos às caleiras instaladas previdentemente pelos serviços camarários; testamos a coisa a partir de um carro em movimento, mas não podemos revelar os resultados enquanto não houver resposta da seguradora.Concluindo, só me resta apelar ao espírito de luta que caracteriza os habitantes da Invicta. Agarrem nas vossas chaves de parafusos, nas vossas caçadeiras, nos vossos canivetes e arranquem essas coisas da parede. Lavem-nas, pintem-nas e ofereçam-nas aos turistas para servirem de base para as travessas.É a única maneira de salvar o bom nome da cidade.