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20-06-2005
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Os autarcas da Associação de Freguesias do Vale do Mouro, em Monção, garantiram hoje que lutarão "com todas as armas" ao seu alcance para impedir a construção de uma barragem no rio Mouro. "Queremos água nas nossas casas, claro que queremos, mas não à custa da morte do rio Mouro", disse o presidente daquela associação e da Junta de Merufe, Armando Alves. No final de uma reunião com o secretário de Estado adjunto do ministro do Ambiente, Armando Alves garantiu que "na calha" estava desde já o boicote às eleições de 20 de Fevereiro, mas o encontro com o governante serviu para "deitar água na fervura". "O secretário de Estado prometeu-nos que iria revogar o seu despacho que dava parecer favorável à construção da barragem em Lamas de Mouro e avançar com novos estudos. Por isso, a nossa luta fica em banho-maria, na certeza porém de que ela será retomada imediatamente caso o perigo volte a ameaçar aquela que é a nossa maior riqueza", afirmou o autarca. A referida barragem destina-se ao abastecimento de água aos concelhos de Monção, Melgaço e Valença, a levar a efeito pela empresa Águas do Minho e Lima, e era uma das três propostas constantes do estudo de impacte ambiental, sendo que as restantes apontavam para uma barragem em Troviscoso, igualmente no rio Mouro, e para uma captação no rio Minho, em Troporiz. Para a Associação de Freguesias do Vale do Mouro - que integra Merufe, Segude, Barbeita, Riba de Mouro e Podame - a única alternativa aceitável é a da captação no rio Minho. A presidente da Junta de Segude, Celeste Gonçalves, disse estar convicta de que se a barragem fosse construída no Vale do Mouro "a curtíssimo prazo se começariam a registar impactes ambientais extremamente prejudiciais". "Estas decisões não podem ser tomadas de ânimo leve, a partir de um gabinete, e hoje deixámos ao secretário de Estado um conjunto de dados e informações sobre o rio Mouro que ele desconhecia e que, tenho a certeza, o farão imediatamente mudar de opinião".

No período de consulta pública, a Câmara e a Assembleia municipais de Monção defenderam a elaboração de um novo estudo de impacte ambiental, "mais fundamentado, mais rigoroso e mais quantificado", mas admitiram que, na pior das hipóteses, a escolha recaísse pela captação no rio Minho. No entanto, em Janeiro passado, o secretário de Estado Adjunto do ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território, Jorge Moreira da Silva, assinou a declaração de impacto ambiental favorável à barragem em Lamas de Mouro, tendo logo de seguida a Câmara de Monção aprovado mais uma proposta de "total oposição" à construção daquela estrutura. Na proposta, o Executivo alerta para a "instabilidade" que aquela decisão irá provocar no concelho de Monção e, de um modo particular, nas freguesias que constituem o vale do Mouro. "Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para salvar o rio Mouro", garantiu José Emílio Moreira, que teme que a barragem tenha impactes negativos na qualidade da água, na fauna e na flora, na paisagem e no equilíbrio ecológico do rio, "que é muito querido para a população que diariamente convive com ele". O autarca diz que a luta é tanto mais legítima quanto é certo que "o anterior secretário de Estado do Ambiente, José Eduardo Martins, prometeu aos presidentes de junta do Vale do Mouro que naquele rio não haveria barragem".

Os autarcas da Associação de Freguesias do Vale do Mouro, em Monção, garantiram hoje que lutarão "com todas as armas" ao seu alcance para impedir a construção de uma barragem no rio Mouro. "Queremos água nas nossas casas, claro que queremos, mas não à custa da morte do rio Mouro", disse o presidente daquela associação e da Junta de Merufe, Armando Alves. No final de uma reunião com o secretário de Estado adjunto do ministro do Ambiente, Armando Alves garantiu que "na calha" estava desde já o boicote às eleições de 20 de Fevereiro, mas o encontro com o governante serviu para "deitar água na fervura". "O secretário de Estado prometeu-nos que iria revogar o seu despacho que dava parecer favorável à construção da barragem em Lamas de Mouro e avançar com novos estudos. Por isso, a nossa luta fica em banho-maria, na certeza porém de que ela será retomada imediatamente caso o perigo volte a ameaçar aquela que é a nossa maior riqueza", afirmou o autarca. A referida barragem destina-se ao abastecimento de água aos concelhos de Monção, Melgaço e Valença, a levar a efeito pela empresa Águas do Minho e Lima, e era uma das três propostas constantes do estudo de impacte ambiental, sendo que as restantes apontavam para uma barragem em Troviscoso, igualmente no rio Mouro, e para uma captação no rio Minho, em Troporiz. Para a Associação de Freguesias do Vale do Mouro - que integra Merufe, Segude, Barbeita, Riba de Mouro e Podame - a única alternativa aceitável é a da captação no rio Minho. A presidente da Junta de Segude, Celeste Gonçalves, disse estar convicta de que se a barragem fosse construída no Vale do Mouro "a curtíssimo prazo se começariam a registar impactes ambientais extremamente prejudiciais". "Estas decisões não podem ser tomadas de ânimo leve, a partir de um gabinete, e hoje deixámos ao secretário de Estado um conjunto de dados e informações sobre o rio Mouro que ele desconhecia e que, tenho a certeza, o farão imediatamente mudar de opinião".

No período de consulta pública, a Câmara e a Assembleia municipais de Monção defenderam a elaboração de um novo estudo de impacte ambiental, "mais fundamentado, mais rigoroso e mais quantificado", mas admitiram que, na pior das hipóteses, a escolha recaísse pela captação no rio Minho. No entanto, em Janeiro passado, o secretário de Estado Adjunto do ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território, Jorge Moreira da Silva, assinou a declaração de impacto ambiental favorável à barragem em Lamas de Mouro, tendo logo de seguida a Câmara de Monção aprovado mais uma proposta de "total oposição" à construção daquela estrutura. Na proposta, o Executivo alerta para a "instabilidade" que aquela decisão irá provocar no concelho de Monção e, de um modo particular, nas freguesias que constituem o vale do Mouro. "Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para salvar o rio Mouro", garantiu José Emílio Moreira, que teme que a barragem tenha impactes negativos na qualidade da água, na fauna e na flora, na paisagem e no equilíbrio ecológico do rio, "que é muito querido para a população que diariamente convive com ele". O autarca diz que a luta é tanto mais legítima quanto é certo que "o anterior secretário de Estado do Ambiente, José Eduardo Martins, prometeu aos presidentes de junta do Vale do Mouro que naquele rio não haveria barragem".

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