As Afinidades Efectivas: A Revelação dos Cravos

01-10-2009
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Nada como voltar aos clássicos, para evitar que as mediocridadezinhas nos perturbem. Em não gostando do Presente que nos deram, umas quantas linhas de bom e imorredouro recorte logo nos reconciliam com a Vida, algo maior que o nosso tempo. Acordado na predisposição de embirrar com a auto-congratulação florida do triste estado das coisas, de imediato uma poesia do Abade de Jazente me devolveu a boa disposição. Precisamente aquela que dedicou a um colega que andava de cravo ao peito:Tendes o cravo no peitoO lugar impróprio é,Pois se o tivésseis no péEra o lugar mais perfeito.Não julgueis que o meu conceitoVos faz a menor censura;É só com doce branduraE sem vos fazer agravo,Dar-vos pancada no cravoSem tocar na ferradura.


Nada como voltar aos clássicos, para evitar que as mediocridadezinhas nos perturbem. Em não gostando do Presente que nos deram, umas quantas linhas de bom e imorredouro recorte logo nos reconciliam com a Vida, algo maior que o nosso tempo. Acordado na predisposição de embirrar com a auto-congratulação florida do triste estado das coisas, de imediato uma poesia do Abade de Jazente me devolveu a boa disposição. Precisamente aquela que dedicou a um colega que andava de cravo ao peito:Tendes o cravo no peitoO lugar impróprio é,Pois se o tivésseis no péEra o lugar mais perfeito.Não julgueis que o meu conceitoVos faz a menor censura;É só com doce branduraE sem vos fazer agravo,Dar-vos pancada no cravoSem tocar na ferradura.

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