#poesia: quatro coisas

01-07-2009
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Ontem à noite, depois da sua partida definitiva,fui para aquela sala do rés-do-chão que dá para o parque,fui para ali onde fico sempre no mês de junho,esse mês que inaugura o Inverno.Tinha varrido a casa,tinha limpo tudo como se fosse antes do meu funeral.Estava tudo depurado de vida,isento,vazio de sinais, e depois disse para comigo:vou começar a escreverpara me curar da mentira de um amor que acaba.Tinha lavado as minhas coisas,quatro coisas,estava tudo limpo, o meu corpo, o meu cabelo, a minha roupa,e também aquilo que encerrava o todo,o corpo e a roupa,estes quartos,esta casa,este parque.E depois comecei a escrever...marguerite durastextos secretostrad. tereza coelhoquetzal1999


Ontem à noite, depois da sua partida definitiva,fui para aquela sala do rés-do-chão que dá para o parque,fui para ali onde fico sempre no mês de junho,esse mês que inaugura o Inverno.Tinha varrido a casa,tinha limpo tudo como se fosse antes do meu funeral.Estava tudo depurado de vida,isento,vazio de sinais, e depois disse para comigo:vou começar a escreverpara me curar da mentira de um amor que acaba.Tinha lavado as minhas coisas,quatro coisas,estava tudo limpo, o meu corpo, o meu cabelo, a minha roupa,e também aquilo que encerrava o todo,o corpo e a roupa,estes quartos,esta casa,este parque.E depois comecei a escrever...marguerite durastextos secretostrad. tereza coelhoquetzal1999

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