#poesia: luís nunes

01-07-2009
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éramos nóslagos desertosde cabelos longossaltando montanhasquase nascemosentre cores ruidosase paisagens de calendáriosde oficinas de carrosem segunda mãomas deixamos os corpos lá foraquando nos deitamos na camade folhas verdestardes vestidas de perfumeque tínhamos desvendadonum olharmesmo que duascrianças no marperdidos em castelossem pressa de fugirao encontro das marésdesafiávamos o sole já na vertigemdescíamos ruassaltando murossempre pintados de brancoe nunca me falaste neledigo isto agora que acordeipara a visão desse guardanapoque tinha tido o cuidadode arrumar no fundo de uma gavetaonde se guardam as coisasque não devem ser vistasnem em dias de arrumaçõesluís nunescontroversosentidos


éramos nóslagos desertosde cabelos longossaltando montanhasquase nascemosentre cores ruidosase paisagens de calendáriosde oficinas de carrosem segunda mãomas deixamos os corpos lá foraquando nos deitamos na camade folhas verdestardes vestidas de perfumeque tínhamos desvendadonum olharmesmo que duascrianças no marperdidos em castelossem pressa de fugirao encontro das marésdesafiávamos o sole já na vertigemdescíamos ruassaltando murossempre pintados de brancoe nunca me falaste neledigo isto agora que acordeipara a visão desse guardanapoque tinha tido o cuidadode arrumar no fundo de uma gavetaonde se guardam as coisasque não devem ser vistasnem em dias de arrumaçõesluís nunescontroversosentidos

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