Albergue dos danados

19-07-2005
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. Há motivos políticos, maiores do que todos, para, nas próximas eleições legislativas, votar no PSD. Sabe-se que, caso vença, o senhor primeiro-ministro indigitado será o senhor dr. Santana Lopes. E isso é o que, neste momento, a pátria necessita. O senhor dr. Santana Lopes é um homem sério e íntegro. Dispôs-se, como um valente estóico, à honra de senhor primeiro-ministro quando o senhor dr. Durão Barroso entendeu, por conveniência ou o raio que o parta, pôr-se à trasumância para melhor pasto, lá para a presidência da Comissão Europeia. E, para além disso, desempenhou, o senhor dr. Santana Lopes, as respectivas funções o melhor que conseguiu e pôde. Seja como for, é injusto admitir que ele não consegue e pode fazer pior. Consegue e pode. E é justamente isso que é urgente. A pátria necessita de ir ao fundo. Só nesse instante o desassossego difuso pode desassossegar e obrigar à acção. E só sob essa condição as criaturas salvíficas, como o senhor Prof. Doutor Cavaco Silva, o senhor Doutor António Borges, o senhor dr. Mário Soares ou o senhor dr. António Vitorino, se darão ao incómodo de, como obrigação, se sentirem tentados a pôr as manápulas nas rédeas pelas quais julgam conseguir e poder orientar a pátria. Depois, surge como cenário plausível, constatar-se-á que os desgraçados salvadores também pouco ou nada conseguem e podem fazer. Mas isso é só depois. E o depois é depois, não antes. Até lá permanece a ilusão de que apenas o senhor dr. Santana Lopes é mau e culpado. E essa ilusão é que, no momento, é vital preservar. Pois qualquer outro sentido de voto é um subsídio para a desilusão. Seja a encarnação dessa desilusão o senhor eng.º Sócrates, seja outro.

. Há motivos políticos, maiores do que todos, para, nas próximas eleições legislativas, votar no PSD. Sabe-se que, caso vença, o senhor primeiro-ministro indigitado será o senhor dr. Santana Lopes. E isso é o que, neste momento, a pátria necessita. O senhor dr. Santana Lopes é um homem sério e íntegro. Dispôs-se, como um valente estóico, à honra de senhor primeiro-ministro quando o senhor dr. Durão Barroso entendeu, por conveniência ou o raio que o parta, pôr-se à trasumância para melhor pasto, lá para a presidência da Comissão Europeia. E, para além disso, desempenhou, o senhor dr. Santana Lopes, as respectivas funções o melhor que conseguiu e pôde. Seja como for, é injusto admitir que ele não consegue e pode fazer pior. Consegue e pode. E é justamente isso que é urgente. A pátria necessita de ir ao fundo. Só nesse instante o desassossego difuso pode desassossegar e obrigar à acção. E só sob essa condição as criaturas salvíficas, como o senhor Prof. Doutor Cavaco Silva, o senhor Doutor António Borges, o senhor dr. Mário Soares ou o senhor dr. António Vitorino, se darão ao incómodo de, como obrigação, se sentirem tentados a pôr as manápulas nas rédeas pelas quais julgam conseguir e poder orientar a pátria. Depois, surge como cenário plausível, constatar-se-á que os desgraçados salvadores também pouco ou nada conseguem e podem fazer. Mas isso é só depois. E o depois é depois, não antes. Até lá permanece a ilusão de que apenas o senhor dr. Santana Lopes é mau e culpado. E essa ilusão é que, no momento, é vital preservar. Pois qualquer outro sentido de voto é um subsídio para a desilusão. Seja a encarnação dessa desilusão o senhor eng.º Sócrates, seja outro.

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