ESTAÇÕES DIFERENTES

16-06-2005
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Da situação políticaEm primeiro lugar, e talvez isto surpreenda alguns daqueles que me conhecem, sou que caso as personagens a indigitar para a governação fossem outras, sobretudo não Santana Lopes ( por alguma razão é que Cavaco Silva nunca lhe deu um ministério), julgo que a melhor solução fosse mesmo a continuidade, essencialmente pelos custos económicos de uma estagnação do país. Se o novo Governo fosse constituído por alguém mais digno do cargo, e se rodeasse de pessoas capazes, como por exemplo Laborinho Lúcio ou Angelo Correia e quejandos, penso que a solução pela continuidade da legislatura teria sido a correcta. Assim, com o playboy capa de revistas como Caras e Lux, conhecido por ter estoirado a Figueira da Foz deixando-a individada até ao ano 2050 ( á semelhança de outro aneurisma cerebral chamado Alberto João Jardim), parece-me um castigo injusto para o país que sofreu o que sofreu para cumprir um pacto de estabilidade idiota( que a França e Alemanha simplesmente não cumpriram), e ainda assim não viu a consolidação orçamental ocorrer como previsto. Santana Lopes é um homem com capacidade para eleições, e a segunda metade da legislatura será precisamente o caminho para o segundo mandato deste partido, à custa do estoiro do que mal e porcamente se terá amealhado. A imbecilidade que é o projecto do túnel do Marquês mostra bem o calibre do rapaz. Sinceramente, talvez até seja preferível deixar este pandemónio, e esperar que António Vitorino pegue nisto e dê a coça necessária a Santana daqui a dois anos. Aí a alternativa de Governo será mais credível e alicerçada em qualidade do que seria agora, com Ferro Rodrigues. É um homem tecnicamente capaz, mas sem estaleca para estas andanças. Espero voltar a vê-lo como Ministro.A decisão de Sampaio acaba por ser algo inesperada, mas dentro de uma lógica que sempre mostrou nos seus mandatos. As legislaturas devem ir até ao fim, e ele levou esse princípio á prática. Embora perigosa, é uma decisão legítima e dentro do escopo dos seus poderes constitucionais. O que vai acontecer agora é uma vigília ainda maior sobre a actuação do Governo, e nessa óptica, vamos lá ver como é que Santana vai descalçar a bota. Quanto á reacção da esquerda, eu pergunto-me o que teriam feito os direitistas se a coisa fosse invertida. Ou querem fazer-me crer que se Sampaio tivesse optado por eleições, que aquelas expressões de deferência pela decisão presidencial se manteriam? Pois, claro que não...A verdade é que a esquerda reagiu mal, como seria de esperar, e é verdade que algumas coisas poderiam ser evitadas. Não concordo com a mistura entre relações pessoais e alinhamentos políticos. A racionalidade da decisão assentava numa alternativa que fosse menos gravosa, e na legitimidade democrática, não em concordâncias partidáras. Aí estou de acordo. Mas uma coisa é certa, a decisão de Ferro Rodrigues é correcta. Esta derrota na alteração da tendência governativa tem responsabilidade políticas, e como tal, por não ter logrado o objectivo demite-se. Como qualquer líder que assaca responsabilidades políticas em alturas cruciais... excepto o Portas, claro...mas alienígenas não contam, bem sei...Outra coisa que não é escamoteável é a responsabilidade política que a direita afirma não ter. Depois de levar uma sarabanda em eleições, e de ter um primeiro ministro que dá á sola porque lhe é mais conveniente ( e tenham lá paciência e não me digam que como P. da Comissão Europeia ele será mais fundamental ao país do que era como PM nesta fase da legislatura - recordem que o PM do Luxemburgo recusou o mesmíssimo cargo), ninguém assaca responsabilidades políticas nenhumas ao nível da maioria governativa. Os sinais do eleitorado passaram ao lado da arrogância típica de direita porque como qualquer bom elitista, julgam que a malta que vota não sabe o que faz. E este governo, independentemente de eu achar que a solução encontrada foi talvez a possível face à encruzilhada situacional do país, está ferido de ilegitimidade, porque não foi nestes governantes que o país votou. E há muito eleitorado de centro-direita que me diz que não votou neste gajo e que nem sabe o que ele vai para lá fazer. Mas é a lógica lapa ao poder, da qual Portas é um exemplo claro. Depois de ter o nome badalado mais de mil vezes no caso Moderna, acha-se ainda e sempre legitimado e acima de suspeita. Duarte Lima e António Vitorino, em casos bem menos graves, demitiram-se. Portas ficou porque como qualquer boa lapa, só á facada é que se descola da rocha de poder. Triste.Sinceramente, penso que qualquer das decisões teria custos, e que esperemos ser esta a melhor, tendo em conta a necessidade de concluir ciclos económicos. Uma paragem de meio ano poderia ser uma facada no coração do país. Mas a verdade é que a falta de legitimidade democrática vai espicaçar muito a vida política nos anos que se seguem, e concensos importantes que poderiam ser conquistados poderão estar fora de cogitação, como disse a minha querida Polly Jean. E a responsabilidade política dessa situação cabe inteiramente à maioria e especialmente ao líder demissionário. Apesar de eu achar que até será bom para Portugal ter um presidente da comissão Europeia português, por muito fantoche que ele se apreste a ser, segundo todos os analistas políticos. Para terminar, vejo indignação perante as reacções à esquerda, mas ninguém comenta as boçalidades de João Jardim, que bem ao seu estilo monarca de trazer por casa, comentou desta forma a situação:"Não quero saber da reacção do PS para nada!""No fundo lamento, porque ele era tão fraco que era precisamente o adversário que calhava ao PSD!""Cumprimento o P:R: pelo seu patrotismo!!!"As boçalidades de um palhaço que por uma benesse partidária, foi o único que não viu a bolsa fechar cordões, que constrói túneis de dez metros com o meu dinheiro e detracta o território Continental a torto e a direito, pedindo independencia, mas sempre convicto de que os EUROS lá vão cair.Não vejo qual a diferença entre este sapo gordo e asqueroso, e as tendência totalizantes de Bloco de Esquerda e quejandos. É que ao menos estes agem como contra poder e reguladores, ao passo que Jardim é rei d única monarquia existente dentro de um sistema republicano e constitucionalista. Caso único no mundo!Vamos ver o que faz Santana.Mas tenho muito medo, e acho que mais pessoas deveriam ter. O populismo assusta-me sempre.

Da situação políticaEm primeiro lugar, e talvez isto surpreenda alguns daqueles que me conhecem, sou que caso as personagens a indigitar para a governação fossem outras, sobretudo não Santana Lopes ( por alguma razão é que Cavaco Silva nunca lhe deu um ministério), julgo que a melhor solução fosse mesmo a continuidade, essencialmente pelos custos económicos de uma estagnação do país. Se o novo Governo fosse constituído por alguém mais digno do cargo, e se rodeasse de pessoas capazes, como por exemplo Laborinho Lúcio ou Angelo Correia e quejandos, penso que a solução pela continuidade da legislatura teria sido a correcta. Assim, com o playboy capa de revistas como Caras e Lux, conhecido por ter estoirado a Figueira da Foz deixando-a individada até ao ano 2050 ( á semelhança de outro aneurisma cerebral chamado Alberto João Jardim), parece-me um castigo injusto para o país que sofreu o que sofreu para cumprir um pacto de estabilidade idiota( que a França e Alemanha simplesmente não cumpriram), e ainda assim não viu a consolidação orçamental ocorrer como previsto. Santana Lopes é um homem com capacidade para eleições, e a segunda metade da legislatura será precisamente o caminho para o segundo mandato deste partido, à custa do estoiro do que mal e porcamente se terá amealhado. A imbecilidade que é o projecto do túnel do Marquês mostra bem o calibre do rapaz. Sinceramente, talvez até seja preferível deixar este pandemónio, e esperar que António Vitorino pegue nisto e dê a coça necessária a Santana daqui a dois anos. Aí a alternativa de Governo será mais credível e alicerçada em qualidade do que seria agora, com Ferro Rodrigues. É um homem tecnicamente capaz, mas sem estaleca para estas andanças. Espero voltar a vê-lo como Ministro.A decisão de Sampaio acaba por ser algo inesperada, mas dentro de uma lógica que sempre mostrou nos seus mandatos. As legislaturas devem ir até ao fim, e ele levou esse princípio á prática. Embora perigosa, é uma decisão legítima e dentro do escopo dos seus poderes constitucionais. O que vai acontecer agora é uma vigília ainda maior sobre a actuação do Governo, e nessa óptica, vamos lá ver como é que Santana vai descalçar a bota. Quanto á reacção da esquerda, eu pergunto-me o que teriam feito os direitistas se a coisa fosse invertida. Ou querem fazer-me crer que se Sampaio tivesse optado por eleições, que aquelas expressões de deferência pela decisão presidencial se manteriam? Pois, claro que não...A verdade é que a esquerda reagiu mal, como seria de esperar, e é verdade que algumas coisas poderiam ser evitadas. Não concordo com a mistura entre relações pessoais e alinhamentos políticos. A racionalidade da decisão assentava numa alternativa que fosse menos gravosa, e na legitimidade democrática, não em concordâncias partidáras. Aí estou de acordo. Mas uma coisa é certa, a decisão de Ferro Rodrigues é correcta. Esta derrota na alteração da tendência governativa tem responsabilidade políticas, e como tal, por não ter logrado o objectivo demite-se. Como qualquer líder que assaca responsabilidades políticas em alturas cruciais... excepto o Portas, claro...mas alienígenas não contam, bem sei...Outra coisa que não é escamoteável é a responsabilidade política que a direita afirma não ter. Depois de levar uma sarabanda em eleições, e de ter um primeiro ministro que dá á sola porque lhe é mais conveniente ( e tenham lá paciência e não me digam que como P. da Comissão Europeia ele será mais fundamental ao país do que era como PM nesta fase da legislatura - recordem que o PM do Luxemburgo recusou o mesmíssimo cargo), ninguém assaca responsabilidades políticas nenhumas ao nível da maioria governativa. Os sinais do eleitorado passaram ao lado da arrogância típica de direita porque como qualquer bom elitista, julgam que a malta que vota não sabe o que faz. E este governo, independentemente de eu achar que a solução encontrada foi talvez a possível face à encruzilhada situacional do país, está ferido de ilegitimidade, porque não foi nestes governantes que o país votou. E há muito eleitorado de centro-direita que me diz que não votou neste gajo e que nem sabe o que ele vai para lá fazer. Mas é a lógica lapa ao poder, da qual Portas é um exemplo claro. Depois de ter o nome badalado mais de mil vezes no caso Moderna, acha-se ainda e sempre legitimado e acima de suspeita. Duarte Lima e António Vitorino, em casos bem menos graves, demitiram-se. Portas ficou porque como qualquer boa lapa, só á facada é que se descola da rocha de poder. Triste.Sinceramente, penso que qualquer das decisões teria custos, e que esperemos ser esta a melhor, tendo em conta a necessidade de concluir ciclos económicos. Uma paragem de meio ano poderia ser uma facada no coração do país. Mas a verdade é que a falta de legitimidade democrática vai espicaçar muito a vida política nos anos que se seguem, e concensos importantes que poderiam ser conquistados poderão estar fora de cogitação, como disse a minha querida Polly Jean. E a responsabilidade política dessa situação cabe inteiramente à maioria e especialmente ao líder demissionário. Apesar de eu achar que até será bom para Portugal ter um presidente da comissão Europeia português, por muito fantoche que ele se apreste a ser, segundo todos os analistas políticos. Para terminar, vejo indignação perante as reacções à esquerda, mas ninguém comenta as boçalidades de João Jardim, que bem ao seu estilo monarca de trazer por casa, comentou desta forma a situação:"Não quero saber da reacção do PS para nada!""No fundo lamento, porque ele era tão fraco que era precisamente o adversário que calhava ao PSD!""Cumprimento o P:R: pelo seu patrotismo!!!"As boçalidades de um palhaço que por uma benesse partidária, foi o único que não viu a bolsa fechar cordões, que constrói túneis de dez metros com o meu dinheiro e detracta o território Continental a torto e a direito, pedindo independencia, mas sempre convicto de que os EUROS lá vão cair.Não vejo qual a diferença entre este sapo gordo e asqueroso, e as tendência totalizantes de Bloco de Esquerda e quejandos. É que ao menos estes agem como contra poder e reguladores, ao passo que Jardim é rei d única monarquia existente dentro de um sistema republicano e constitucionalista. Caso único no mundo!Vamos ver o que faz Santana.Mas tenho muito medo, e acho que mais pessoas deveriam ter. O populismo assusta-me sempre.

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