Casario do Ginjal: As Tertúlias de Café Cor de Rosa

28-06-2009
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Descobri hoje que estava enganado na forma como olhava as tertúlias. Sempre pensei que as tertúlias de café eram coisa de homem, que tanto podiam estar viradas para o intelecto, com discussões quase filosóficas, ou para o futebol, com conversas mais acesas, a muitos tons e cores...Foi preciso estar sentado numa esplanada, ao lado de uma mesa de cinco senhoras com mais de meia idade, para descobrir uma verdadeira tertúlia cor de rosa, quase choque. As senhoras falavam com desenvoltura, quer dos temas do dia das revistas de actualidades femininas e do "24 Horas", quer das últimas aventuras das suas ruas.As conversas eram bastante pormenorizadas, e tanto falavam da operação à "peida" da Merche Romero como da neta de não sei quem, que ia colocar silicone nas "tetas"... Consegui sorrir várias vezes, com as expressões usadas, naquele "jornal" colectivo, onde se desfiaram histórias de várias ruas de Almada e até do país.Abençoadas mulheres que ainda se encontram nas mesas de café para colocar a "escrita em dia". Elas vão quase sempre mais longe que nós e raramente usam palavrões...É com esta pequenas coisas que descobrimos o quanto somos sexistas...Pablo Picasso ilustra este texto com as suas "banhistas".


Descobri hoje que estava enganado na forma como olhava as tertúlias. Sempre pensei que as tertúlias de café eram coisa de homem, que tanto podiam estar viradas para o intelecto, com discussões quase filosóficas, ou para o futebol, com conversas mais acesas, a muitos tons e cores...Foi preciso estar sentado numa esplanada, ao lado de uma mesa de cinco senhoras com mais de meia idade, para descobrir uma verdadeira tertúlia cor de rosa, quase choque. As senhoras falavam com desenvoltura, quer dos temas do dia das revistas de actualidades femininas e do "24 Horas", quer das últimas aventuras das suas ruas.As conversas eram bastante pormenorizadas, e tanto falavam da operação à "peida" da Merche Romero como da neta de não sei quem, que ia colocar silicone nas "tetas"... Consegui sorrir várias vezes, com as expressões usadas, naquele "jornal" colectivo, onde se desfiaram histórias de várias ruas de Almada e até do país.Abençoadas mulheres que ainda se encontram nas mesas de café para colocar a "escrita em dia". Elas vão quase sempre mais longe que nós e raramente usam palavrões...É com esta pequenas coisas que descobrimos o quanto somos sexistas...Pablo Picasso ilustra este texto com as suas "banhistas".

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