the world as we know it: A decisão de Sampaio favorece o PS

04-07-2005
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Ora vejam. Depois de uma longuíssima espera por uma decisão presidencial, o resultado não poderia ter sido mais favorável para os socialistas. O nosso novo Primeiro Ministro (glup), Santana Lopes, terá pela frente dois anos de árduo trabalho para convencer o eleitorado a votar de novo no PSD nas próximas eleições, depois das trapalhadas de José Manuel Barroso (formerly known as Durão). Após uma sucessão tão pouco convincente, Santana tem na verdade pouco tempo para demonstrar que a decisão do Presidente foi a mais acertada e a que mais favoreceu o país. Por outro lado, abona a seu favor a lábia que todos lhe reconhecem, o discurso populista (e não popular) e aparentemente simples, o jeito malandreco e as piadas larocas. Engana muito bem, sim senhor. Quanto ao PS, agora que se vê livre do dirigente mais mal amado e menos apreciado (segundo as sondagens dos últimos meses, claro está), tem à frente a possibilidade de eleger como novo líder um dos homens mais brilhantes, inteligentes e de indiscutível categoria de que dispõe - Vitorino, como é óbvio. José Lamego (quem?) e João Soares (o filho do pai) são fraquíssimos concorrentes de Santana. Perderiam em qualquer possível combate político pela óbvia incapacidade de fazer frente ao ardiloso Lopes. Sampaio, ao decidir-se pela continuidade desta maioria PPD/PSD/CDS/PP, decisão esta que acabou por provocar a saída abrupta e, quanto a mim, algo exagerada de Ferro Rodrigues, conseguiu dar uma oportunidade ao PS para se organizar e eleger um candidato verosímil. Vitorino poderá não ser tão charmoso nem tão alto como Santana, mas é certamente um político capaz e reconhecido como tal. Estou a torcer para que António Vitorino se candidate à liderança do PS porque estou absolutamente farta do marasmo político em que vivemos, com políticos-anémonas, frouxos, incapazes de argumentar com convicção. Estou a torcer para que voltem os debates inflamados, as trocas de palavras em forma de foguetes, o fogo de artifício da oratória ao mais alto nível. Quero política a sério, quero ver as pessoas na rua e nas paragens de autocarro e nos cafés a discutir o debate político da noite anterior, quero um Basílio Horta/Soares revisited, com candidatos a espumar da boca e tudo e tudo e tudo. E pronto.

Ora vejam. Depois de uma longuíssima espera por uma decisão presidencial, o resultado não poderia ter sido mais favorável para os socialistas. O nosso novo Primeiro Ministro (glup), Santana Lopes, terá pela frente dois anos de árduo trabalho para convencer o eleitorado a votar de novo no PSD nas próximas eleições, depois das trapalhadas de José Manuel Barroso (formerly known as Durão). Após uma sucessão tão pouco convincente, Santana tem na verdade pouco tempo para demonstrar que a decisão do Presidente foi a mais acertada e a que mais favoreceu o país. Por outro lado, abona a seu favor a lábia que todos lhe reconhecem, o discurso populista (e não popular) e aparentemente simples, o jeito malandreco e as piadas larocas. Engana muito bem, sim senhor. Quanto ao PS, agora que se vê livre do dirigente mais mal amado e menos apreciado (segundo as sondagens dos últimos meses, claro está), tem à frente a possibilidade de eleger como novo líder um dos homens mais brilhantes, inteligentes e de indiscutível categoria de que dispõe - Vitorino, como é óbvio. José Lamego (quem?) e João Soares (o filho do pai) são fraquíssimos concorrentes de Santana. Perderiam em qualquer possível combate político pela óbvia incapacidade de fazer frente ao ardiloso Lopes. Sampaio, ao decidir-se pela continuidade desta maioria PPD/PSD/CDS/PP, decisão esta que acabou por provocar a saída abrupta e, quanto a mim, algo exagerada de Ferro Rodrigues, conseguiu dar uma oportunidade ao PS para se organizar e eleger um candidato verosímil. Vitorino poderá não ser tão charmoso nem tão alto como Santana, mas é certamente um político capaz e reconhecido como tal. Estou a torcer para que António Vitorino se candidate à liderança do PS porque estou absolutamente farta do marasmo político em que vivemos, com políticos-anémonas, frouxos, incapazes de argumentar com convicção. Estou a torcer para que voltem os debates inflamados, as trocas de palavras em forma de foguetes, o fogo de artifício da oratória ao mais alto nível. Quero política a sério, quero ver as pessoas na rua e nas paragens de autocarro e nos cafés a discutir o debate político da noite anterior, quero um Basílio Horta/Soares revisited, com candidatos a espumar da boca e tudo e tudo e tudo. E pronto.

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