«O Militante» Nº 235

17-06-2009
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Vitorino foi "ilibado"?

Como geralmente se sabe o ex-ministro da Defesa e também ex-ministro da Presidência, António Vitorino, pediu a demissão quando um jornalista do Público lhe mandou uma pergunta sobre uma compra que tinha feito de uma propriedade no Alentejo.

Foi muito elogiado por se ter demitido por uma questão considerada tão pequena. Talvez melhor que os outros, António Vitorino conhecia a questão. E a questão era a de ter dito nas Finanças que a compra tinha tido o valor de 3 mil contos quando a verdade é que fora de 7.500 contos.

No Diário de Notícias (16/4/98) diz-se, em título, que Vitorino foi "ilibado". Não é verdade. É o que também refere uma carta na secção "Meu caro DN", de Norberto Augusto Seixas que discorda "da mensagem que, pelo menos subliminarmente, o Director do DN deixa transparecer (no seu editorial O caso Vitorino e os media), ou seja que o cidadão António Vitorino não cometeu qualquer falta. Bem pelo contrário, praticou um negócio simulado e cometeu um crime de falsas declarações".

Levanta ainda uma outra questão: "Não é crível que umas pequenas paredes completamente em ruínas - um prédio urbano - valessem 4.500 contos e 22 hectares de terras - um prédio rústico - valessem apenas 3 mil. Portanto, seguramente, também o fisco foi lesado pela arbitrária distribuição do preço pela parte urbana e rústica".

Aliás o Expresso de 18/4/98 diz, mais correctamente, que a Procuradoria Geral da República "(...) não vê motivo para abrir um inquérito ao facto de o ex-ministro ter declarado às Finanças menos 4.500 contos que o real preço do terreno."

«O Militante» Nº 235 - Junho / Agosto - 1998

Vitorino foi "ilibado"?

Como geralmente se sabe o ex-ministro da Defesa e também ex-ministro da Presidência, António Vitorino, pediu a demissão quando um jornalista do Público lhe mandou uma pergunta sobre uma compra que tinha feito de uma propriedade no Alentejo.

Foi muito elogiado por se ter demitido por uma questão considerada tão pequena. Talvez melhor que os outros, António Vitorino conhecia a questão. E a questão era a de ter dito nas Finanças que a compra tinha tido o valor de 3 mil contos quando a verdade é que fora de 7.500 contos.

No Diário de Notícias (16/4/98) diz-se, em título, que Vitorino foi "ilibado". Não é verdade. É o que também refere uma carta na secção "Meu caro DN", de Norberto Augusto Seixas que discorda "da mensagem que, pelo menos subliminarmente, o Director do DN deixa transparecer (no seu editorial O caso Vitorino e os media), ou seja que o cidadão António Vitorino não cometeu qualquer falta. Bem pelo contrário, praticou um negócio simulado e cometeu um crime de falsas declarações".

Levanta ainda uma outra questão: "Não é crível que umas pequenas paredes completamente em ruínas - um prédio urbano - valessem 4.500 contos e 22 hectares de terras - um prédio rústico - valessem apenas 3 mil. Portanto, seguramente, também o fisco foi lesado pela arbitrária distribuição do preço pela parte urbana e rústica".

Aliás o Expresso de 18/4/98 diz, mais correctamente, que a Procuradoria Geral da República "(...) não vê motivo para abrir um inquérito ao facto de o ex-ministro ter declarado às Finanças menos 4.500 contos que o real preço do terreno."

«O Militante» Nº 235 - Junho / Agosto - 1998

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