A outra Varinha Mágica: Sequelas

20-05-2009
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Em 2008, o Professor Cavaco Silva criticou fortemente a classe política no seu discurso de 25 de Abril. Falou aos deputados da falta de interesse dos jovens pela política e da forma como se têm vindo a afastar das causas públicas. No livro que escrevi e publiquei em Outubro, refiro-me a esse discurso de Cavaco e à forma como os deputados leram as suas palavras. Na verdade, as declarações de então dos líderes parlamentares foram muito mais preocupantes do que aviso de Cavaco. Ingénuos ou não, os deputados entenderam que a culpa desse afastamento era das novas gerações, não percebendo que o aviso do Presidente da República era um “puxão de orelhas” aos políticos e não aos jovens. Uns dias depois, li uma crónica do Professor João Miranda a esse propósito, onde, basicamente, se congratulava pelo facto dos jovens estarem desinteressados da política – desta política, diria eu! E é bem verdade, com política como a que temos tido, só pode ser um bom sinal que cada vez mais os jovens se queiram ver afastados desse mundo sujo e muito desinteressante. No fundo, como escrevi no dito livro, Cavaco Silva e João Miranda diziam basicamente a mesma coisa. Tal como desconfiei, os políticos não perceberam nenhum dos dois e hoje, um ano depois, voltamos a ouvir os avisos de Cavaco… mas estamos um pouco pior do que há um ano. E quando este regime cair de podre, como o anterior, talvez essas novas gerações que agora estão desinteressadas desta desinteressante nação, tomem o poder com uma nova perspectiva. Ou talvez não.


Em 2008, o Professor Cavaco Silva criticou fortemente a classe política no seu discurso de 25 de Abril. Falou aos deputados da falta de interesse dos jovens pela política e da forma como se têm vindo a afastar das causas públicas. No livro que escrevi e publiquei em Outubro, refiro-me a esse discurso de Cavaco e à forma como os deputados leram as suas palavras. Na verdade, as declarações de então dos líderes parlamentares foram muito mais preocupantes do que aviso de Cavaco. Ingénuos ou não, os deputados entenderam que a culpa desse afastamento era das novas gerações, não percebendo que o aviso do Presidente da República era um “puxão de orelhas” aos políticos e não aos jovens. Uns dias depois, li uma crónica do Professor João Miranda a esse propósito, onde, basicamente, se congratulava pelo facto dos jovens estarem desinteressados da política – desta política, diria eu! E é bem verdade, com política como a que temos tido, só pode ser um bom sinal que cada vez mais os jovens se queiram ver afastados desse mundo sujo e muito desinteressante. No fundo, como escrevi no dito livro, Cavaco Silva e João Miranda diziam basicamente a mesma coisa. Tal como desconfiei, os políticos não perceberam nenhum dos dois e hoje, um ano depois, voltamos a ouvir os avisos de Cavaco… mas estamos um pouco pior do que há um ano. E quando este regime cair de podre, como o anterior, talvez essas novas gerações que agora estão desinteressadas desta desinteressante nação, tomem o poder com uma nova perspectiva. Ou talvez não.

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