A outra Varinha Mágica: A "lucrocracia" e a legalização do "carjacking"

20-05-2009
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Num dos posts anteriores um dos leitores deste blog diz não perceber "o que os portugueses têm contra os lucros". De facto, nada. Tenho até muito a favor do lucro, da criação da riqueza e do que o lucro e a criação de riqueza trazem de bom aos portugueses. Infelizmente, o lucro que motivou o comentário do leitor nada tinha a ver com criação de riqueza e nada trouxe de bom aos portugueses. Lucro, é quando transformamos as mais valias reais de um produto ou serviço em valor acrescentado. Isso é lucro. Legítimo, desejável e criador de desenvolvimento. Outra coisa muito diferente é quando serviços ineficientes e caros, se transformam em "negócios da China" (sem ofensa aos chineses), apenas porque resultam de posições do monopólio inaceitáveis de bens ou serviços de primeira necessidade. Custa a crer que alguém inteligente defenda aumentos de energia de 6% quando do ponto de vista prático existe um monopólio no fornecimento de energia em Portugal e essa empresa gera lucros de mais de mil milhões de euros. Custa a crer que num país onde se nacionalizam prejuízos resultantes de crimes cometidos em bancos privados alguém minimamente inteligente possa sustentar a posição da Galp, que num ano em que a sua matéria-prima encareceu e o consumo baixou, aumentou os lucros. A Galp melhorou os seus serviços? As suas refinarias são hoje mais eficientes e produzem combustíveis de melhor qualidade e menos poluentes? Os preços ao consumidor reflectem uma melhoria de produção? A galp ganhou mercados internacionais ou mesmo nacionais? Não. A única coisa que sabemos é que temos os piores combustíveis da Europa, os mais poluentes, simultaneamente dos mais caros e, contudo, a empresa que os produz, bateu recordes de lucros naquele que deveria ter sido uma ano de aperto! A falácia do "lucro é bom" pode enganar "tolos" ou os que gostam de se fazer passar por "tolos", mas não colhe aos que ainda não foram impedidos de pensar livremente neste país.É que, um destes dias, haverá alguém que, para defender tais posições, tenha que defender também o"carjaking". Afinal, essa também parece ser uma actividade lucrativa.


Num dos posts anteriores um dos leitores deste blog diz não perceber "o que os portugueses têm contra os lucros". De facto, nada. Tenho até muito a favor do lucro, da criação da riqueza e do que o lucro e a criação de riqueza trazem de bom aos portugueses. Infelizmente, o lucro que motivou o comentário do leitor nada tinha a ver com criação de riqueza e nada trouxe de bom aos portugueses. Lucro, é quando transformamos as mais valias reais de um produto ou serviço em valor acrescentado. Isso é lucro. Legítimo, desejável e criador de desenvolvimento. Outra coisa muito diferente é quando serviços ineficientes e caros, se transformam em "negócios da China" (sem ofensa aos chineses), apenas porque resultam de posições do monopólio inaceitáveis de bens ou serviços de primeira necessidade. Custa a crer que alguém inteligente defenda aumentos de energia de 6% quando do ponto de vista prático existe um monopólio no fornecimento de energia em Portugal e essa empresa gera lucros de mais de mil milhões de euros. Custa a crer que num país onde se nacionalizam prejuízos resultantes de crimes cometidos em bancos privados alguém minimamente inteligente possa sustentar a posição da Galp, que num ano em que a sua matéria-prima encareceu e o consumo baixou, aumentou os lucros. A Galp melhorou os seus serviços? As suas refinarias são hoje mais eficientes e produzem combustíveis de melhor qualidade e menos poluentes? Os preços ao consumidor reflectem uma melhoria de produção? A galp ganhou mercados internacionais ou mesmo nacionais? Não. A única coisa que sabemos é que temos os piores combustíveis da Europa, os mais poluentes, simultaneamente dos mais caros e, contudo, a empresa que os produz, bateu recordes de lucros naquele que deveria ter sido uma ano de aperto! A falácia do "lucro é bom" pode enganar "tolos" ou os que gostam de se fazer passar por "tolos", mas não colhe aos que ainda não foram impedidos de pensar livremente neste país.É que, um destes dias, haverá alguém que, para defender tais posições, tenha que defender também o"carjaking". Afinal, essa também parece ser uma actividade lucrativa.

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