A outra Varinha Mágica: Interpretações evasivas

20-05-2009
marcar artigo


Mário Crespo pergunta a Durão se o Freeport é falado em Bruxelas. Durão não quer responder directamente, ficando-se por qualquer coisa como: "não vou entrar nas questões polémicas de... Estou aqui como presidente da Comissão Europeia".Mário pergunta sobre se a Justiça em Portugal é falada em Bruxelas. A resposta é igualmente evasiva: "Portugal é considerado como um Estado de Direito, agora eu não posso... seria uma falta de respeito com a minha posição... Sei que há um debate aceso... tenho que usar de contenção... mesmo que me questionassem na Europa eu não ía aqui revelar..."Pergunta minha: os que consideraram que a resposta de Manuela Ferreira Leite acerca do Bloco Central foi evasiva e, por isso, interpretaram nas suas palavras um rebuscado "sim", usam agora o mesmo critério para achar que o presidente da Comissão Europeia tem uma opinião "negativa" acerca do Freeport e "positiva" acerca da Justiça? E esses, vão alimentar a questão durante o tempo suficiente, forçando o presidente da Comissão Europeia a esclarecer a opinião que não teve mas, pelo mesmo princípio, podemos interpretar nestas suas palavras? Por exemplo, não poderia Durão Barroso ter afirmando claramente a sua confiança na inocência dos membros do Governo Português? Afinal, não teria feito mais do que um gesto meramente institucional que ninguém lhe teria levado a mal.Em vésperas de se saber se o presidente do Eurojust andou ou não a pressionar magistrados em nome do Governo Português, as "dificuldades de expressão" do presidente da Comissão Europeia não podem ser dadas a interpretações?


Mário Crespo pergunta a Durão se o Freeport é falado em Bruxelas. Durão não quer responder directamente, ficando-se por qualquer coisa como: "não vou entrar nas questões polémicas de... Estou aqui como presidente da Comissão Europeia".Mário pergunta sobre se a Justiça em Portugal é falada em Bruxelas. A resposta é igualmente evasiva: "Portugal é considerado como um Estado de Direito, agora eu não posso... seria uma falta de respeito com a minha posição... Sei que há um debate aceso... tenho que usar de contenção... mesmo que me questionassem na Europa eu não ía aqui revelar..."Pergunta minha: os que consideraram que a resposta de Manuela Ferreira Leite acerca do Bloco Central foi evasiva e, por isso, interpretaram nas suas palavras um rebuscado "sim", usam agora o mesmo critério para achar que o presidente da Comissão Europeia tem uma opinião "negativa" acerca do Freeport e "positiva" acerca da Justiça? E esses, vão alimentar a questão durante o tempo suficiente, forçando o presidente da Comissão Europeia a esclarecer a opinião que não teve mas, pelo mesmo princípio, podemos interpretar nestas suas palavras? Por exemplo, não poderia Durão Barroso ter afirmando claramente a sua confiança na inocência dos membros do Governo Português? Afinal, não teria feito mais do que um gesto meramente institucional que ninguém lhe teria levado a mal.Em vésperas de se saber se o presidente do Eurojust andou ou não a pressionar magistrados em nome do Governo Português, as "dificuldades de expressão" do presidente da Comissão Europeia não podem ser dadas a interpretações?

marcar artigo