A outra Varinha Mágica: A poeira de Pinto Monteiro

21-05-2009
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Se há coisa que descredibiliza a Justiça e desvaloriza o peso institucional dos Órgãos de Soberania é estes tomarem parte, de alguma forma, na insídia, no anátema ou na insinuação. Pinto Monteiro queria levantar o segredo de Justiça em relação a alguns casos, segundo o próprio revelou, mostrando-se "desejoso" de o fazer. Contudo, o juiz do processo Freeport não terá autorizado que isso acontecesse, ao que diz a imprensa. Sendo assim, Pinto Monteiro prestaria um bom serviço a si próprio e à Justiça se estivesse calado e não viesse para a praça pública lançar sobre a opinião pública afirmações libatórias não se sabe de quem (porque não se pode saber), deixando à própria opinião pública a tarefa da adivinhação. Se o Procurador queria, de facto, como disse, mostrar que muito do que se diz não é verdade, tudo o que não deveria ter feito era esta afirmação que não passa, de facto, de mais poeira atirada para o ar, ainda por cima, colocando em causa a bondade da decisão judicial de manter em segredo de justiça o que, pelos vistos, assim deverá continuar. Simultaneamente, o Procurador, com esta frase não concretizada, lança sobre outros agentes da Justiça e sobre toda a comunicação social um anátema inaceitável. Defender o segredo de justiça à sexta-feira e desprezá-lo à terça, consoante a programação televisiva de TVI e da RTP não abona muito a favor do alto cargo que Pinto Monteiro ocupa nem ajuda a que confiemos nele e na Justiça. Pelo menos, não tanto como parece confiar o Primeiro-Ministro.


Se há coisa que descredibiliza a Justiça e desvaloriza o peso institucional dos Órgãos de Soberania é estes tomarem parte, de alguma forma, na insídia, no anátema ou na insinuação. Pinto Monteiro queria levantar o segredo de Justiça em relação a alguns casos, segundo o próprio revelou, mostrando-se "desejoso" de o fazer. Contudo, o juiz do processo Freeport não terá autorizado que isso acontecesse, ao que diz a imprensa. Sendo assim, Pinto Monteiro prestaria um bom serviço a si próprio e à Justiça se estivesse calado e não viesse para a praça pública lançar sobre a opinião pública afirmações libatórias não se sabe de quem (porque não se pode saber), deixando à própria opinião pública a tarefa da adivinhação. Se o Procurador queria, de facto, como disse, mostrar que muito do que se diz não é verdade, tudo o que não deveria ter feito era esta afirmação que não passa, de facto, de mais poeira atirada para o ar, ainda por cima, colocando em causa a bondade da decisão judicial de manter em segredo de justiça o que, pelos vistos, assim deverá continuar. Simultaneamente, o Procurador, com esta frase não concretizada, lança sobre outros agentes da Justiça e sobre toda a comunicação social um anátema inaceitável. Defender o segredo de justiça à sexta-feira e desprezá-lo à terça, consoante a programação televisiva de TVI e da RTP não abona muito a favor do alto cargo que Pinto Monteiro ocupa nem ajuda a que confiemos nele e na Justiça. Pelo menos, não tanto como parece confiar o Primeiro-Ministro.

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