Confusão «online»

29-10-2008
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Edição 1621

22.11.2003 1º Caderno 2º Caderno Única Actual Opinião Edições Anteriores Pesquisa Na noite

Festa de Inverno Antes de tempo

A dor tem sexo Quiosque

Sono tranquilo Confusão «online» Confusão «online» Sexo seguro Sexo seguro Pastéis de Belém para o Iraque Pastéis de Belém para o Iraque Assalto ao aeroporto - Parte II Assalto ao aeroporto - Parte II Chuva de solidariedade Chuva de solidariedade Cavaco outra vez avô Cavaco outra vez avô Repórter de guerra Repórter de guerra Prémio Vida em Sociedade Prémio Vida em Sociedade O palácio de Teresa Zambujo O palácio de Teresa Zambujo Governador implacável Governador implacável Sousa Marques p'ròs correios já! Sousa Marques p'ròs correios já! Um «rali» diferente Um «rali» diferente As máximas de Manuela As máximas de Manuela

Confusão «online»

Coordenação de Pedro Andrade Quem anda pela Internet e utiliza motores de busca para encontrar algum «site», ao lá chegar muitas vezes depara-se com uma opção: «Traduzir esta página». A tradução feita por computador dos «sites» em inglês para o português muitas vezes produz resultados hilariantes. Mas GENTE, para ver o que acontecia, experimentou o processo inverso, e ao aceder ao «site» do EXPRESSO Online, através do Yahoo, clicou no local que dizia: «Translate this page». O resultado foi no mínimo surpreendente, já que o programa informático não se limitou aos textos e investiu mecanicamente também contra o nome das pessoas, dando-lhes uma tradução aproximada. A direcção do EXPRESSO foi completamente alterada. José António Saraiva transformou-se em José António Hail, José António Lima em José António Rasps, Fernando Madrinha em Fernando Godmother e Henrique Monteiro em Enrique Hunter. Os edifícios também foram mudados: o Palácio da Ajuda em Palace of the Aid e o Palácio Pombal no Palace Pigeon House. Uma notícia que falava no «ex-ministro da Cultura Augusto Santos Silva» transformou-se em «the August former minister of Culture Saints You Hiss», que revertido para o português, dá «o Agosto ex-ministro da Cultura Santos Você Assobia». Os títulos das notícias também mudaram. «Iron asks for to explanations the judge» era a tradução de «Ferro pede explicações a juiz». E «The rifles of Young chicken of the Coast», em português, era na verdade, «As espingardas de Pinto da Costa».

Sexo seguro

ANA BAIÃO Pedro Santana Lopes acabou com a prostituição à volta da residência oficial do presidente da Câmara de Lisboa, ou seja, em Monsanto. Mas não resolveu ainda o problema em muitos bairros de Lisboa, nem no Parque Eduardo VII, ou tão-pouco junto à residência particular do Presidente da República, Jorge Sampaio, e do seu vizinho da Artilharia 1, o procurador-geral da República, Souto de Moura. O mais curioso é que GENTE, atenta, verificou na última semana o peculiar trajecto das prestadoras de serviços que Manuela Ferreira Leite quer tributar: é que das imediações da casa particular de Sampaio e de Souto de Moura as ditas «prestadoras de serviços» encaminham os clientes para um terreiro mesmo à frente da casa do director da Polícia Judiciária, Adelino Salvado (na foto), na Nova Campolide, onde, caso aqueles requeiram e elas estejam devidamente inscritas nas Finanças, deverão passar o recibo. Ou seja, com Presidente da República, procurador-geral e director da PJ, não podia haver sexo mais seguro. E, já agora, abençoado: do outro lado da estrada da casa de Adelino Salvado fica uma antiga e bonita mas muito mal conservada igreja. acabou com a prostituição à volta da residência oficial do presidente da Câmara de Lisboa, ou seja, em Monsanto. Mas não resolveu ainda o problema em muitos bairros de Lisboa, nem no Parque Eduardo VII, ou tão-pouco junto à residência particular do Presidente da República,, e do seu vizinho da Artilharia 1, o procurador-geral da República,. O mais curioso é que GENTE, atenta, verificou na última semana o peculiar trajecto das prestadoras de serviços quequer tributar: é que das imediações da casa particular de Sampaio e de Souto de Moura as ditas «prestadoras de serviços» encaminham os clientes para um terreiro mesmo à frente da casa do director da Polícia Judiciária,(na foto), na Nova Campolide, onde, caso aqueles requeiram e elas estejam devidamente inscritas nas Finanças, deverão passar o recibo. Ou seja, com Presidente da República, procurador-geral e director da PJ, não podia haver sexo mais seguro. E, já agora, abençoado: do outro lado da estrada da casa de Adelino Salvado fica uma antiga e bonita mas muito mal conservada igreja. Pastéis de Belém para o Iraque

A viagem dos GNR para o Iraque tem sido mais que conturbada. Não tanto por eles, mas pela confusão gerada com os jornalistas. No dia da partida - ainda longe de todas as complicações que se seguiriam em território iraquiano -, entre despedidas e famílias em lágrimas, o ânimo dos militares acabou por criar um bom ambiente. Para ajudar a festa, o 2º comandante-geral, major-general Cunha Lopes, preparou até uma surpresa aos 128 militares: encomendou 128 pastéis de Belém, daqueles quentinhos com canela e açúcar, para tomarem no seu primeiro pequeno-almoço longe da pátria amada. E, enquanto o ministro Figueiredo Lopes e as outras altas patentes da Guarda se despediam e discursavam, era ver Cunha Lopes na placa, de um lado para o outro, a repetir incansavelmente: «Os pastéis embarcaram, os pastéis embarcaram?» Embarcaram, sim senhor, e fizeram a delícia dos militares. Assalto ao aeroporto - Parte II

CAMPISO ROCHA E JOÃO LIMA/CARAS Depois da aventura de José Castelo Branco e Lady Betty Grafstein no Aeroporto de Lisboa, que culminou na apreensão das «jóias de família» e na passagem de «Chateau Blanc» pela prisão, GENTE nem queria acreditar quando deu de caras com o mediático casal no aeroporto londrino de Heathrow, no passado domingo. Aparentemente, a dupla tinha bilhete para Lisboa mas, quiçá por falta de vontade de rever os trabalhadores da alfândega, optaram pelo voo até ao Porto... Mas a viagem não correu bem. Foram os últimos a chegar à sala de embarque, carregando volumosa bagagem de mão, o que suscitou imediatamente comentários sonoros dos restantes passageiros. Depois, tentaram ir em executiva mas acabaram em turística. À saída, o «marchand» de arte recusou-se a entrar no autocarro de ligação, exigindo um carro particular... mas teve que ir com o «povo». Depois da aventura de José Castelo Branco e Lady Betty Grafstein no Aeroporto de Lisboa, que culminou na apreensão das «jóias de família» e na passagem de «Chateau Blanc» pela prisão, GENTE nem queria acreditar quando deu de caras com o mediático casal no aeroporto londrino de Heathrow, no passado domingo. Aparentemente, a dupla tinha bilhete para Lisboa mas, quiçá por falta de vontade de rever os trabalhadores da alfândega, optaram pelo voo até ao Porto... Mas a viagem não correu bem. Foram os últimos a chegar à sala de embarque, carregando volumosa bagagem de mão, o que suscitou imediatamente comentários sonoros dos restantes passageiros. Depois, tentaram ir em executiva mas acabaram em turística. À saída, o «marchand» de arte recusou-se a entrar no autocarro de ligação, exigindo um carro particular... mas teve que ir com o «povo». Chuva de solidariedade

RUI OCHÔA Na passada semana, a Única publicou uma reportagem sobre a Escolinha do André, uma escola humanitária em Moçambique, onde se ensina e alimenta meninos de rua. Por lá se explicava que o financiamento é obtido através do apadrinhamento - monetário e afectivo - das crianças. Mal o EXPRESSO chegou às bancas e à Internet, começou a «chuva de solidariedade». Até terça-feira, a ONGD Apoiar tinha recebido mais de duzentos telefonemas e outros tantos «e-mails»de pessoas interessadas em assegurar o futuro de uma ou mais crianças: um senhor do Porto apadrinhou nove meninos: uma idosa de 80 anos pedia urgência na satisfação do pedido; outra chorava porque tinha ensinado naquela escola no tempo colonial; uma menina de 13 anos perguntava se era muito nova; uma turma escolar juntou os trocos para «partilhar» uma criança... A adesão foi tal que já não há miúdos sem padrinho. Mas continua-se a aceitar inscrições. Em Janeiro abre uma nova turma... e a miséria nunca acaba. Na passada semana, a Única publicou uma reportagem sobre a Escolinha do André, uma escola humanitária em Moçambique, onde se ensina e alimenta meninos de rua. Por lá se explicava que o financiamento é obtido através do apadrinhamento - monetário e afectivo - das crianças. Mal o EXPRESSO chegou às bancas e à Internet, começou a «chuva de solidariedade». Até terça-feira, a ONGD Apoiar tinha recebido mais de duzentos telefonemas e outros tantos «e-mails»de pessoas interessadas em assegurar o futuro de uma ou mais crianças: um senhor do Porto apadrinhou nove meninos: uma idosa de 80 anos pedia urgência na satisfação do pedido; outra chorava porque tinha ensinado naquela escola no tempo colonial; uma menina de 13 anos perguntava se era muito nova; uma turma escolar juntou os trocos para «partilhar» uma criança... A adesão foi tal que já não há miúdos sem padrinho. Mas continua-se a aceitar inscrições. Em Janeiro abre uma nova turma... e a miséria nunca acaba. Cavaco outra vez avô

Há anos, quando instado a esclarecer se concorria ou não contra Jorge Sampaio na corrida a Belém, o ex-primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva recorria à sua condição de recém-avô para se escusar a dar uma resposta menos passível de alimentar o tabu. Anos volvidos, a questão da candidatura às presidenciais volta a colocar-se ao professor, que, pelo menos até agora, ainda não deu qualquer sinal nem num sentido nem noutro. Mas GENTE está em condições de adiantar que não faltarão, de novo, argumentos a Cavaco. É que a sua filha Patrícia está outra vez à espera de bebé. Ou seja, mais um neto para o ex-primeiro-ministro. Lá vai Cavaco Silva ter de novo de escolher entre a nobilíssima missão de empenhado avô e a corrida a Belém. Repórter de guerra

RUI OCHÔA Às vezes, a maior parte das vezes, os portugueses no estrangeiro, vulgo emigrantes, são votados em Portugal a um silencioso abandono. É por isso interessante que, por estes dias, Mário Rui de Carvalho (ao centro na foto) tenha aparecido em tudo o que é jornal, revista, e programa de televisão - na SIC apareceu pelo menos cinco vezes numa semana. Este natural da ilha de Santa Maria, nos Açores, «cameraman» da cadeia americana CBS, escreveu um livro e editou-o em Portugal, naquela que ele garante será sempre a sua pátria, embora deva aos Estados Unidos toda a sua longa carreira de repórter de guerra. Curioso também é o facto de toda esta euforia à sua volta não lhe ter causado nenhum tipo de vaidade ou soberba - Mário Rui de Carvalho permaneceu sereno, numa modéstia que devia ser um exemplo até para muitos dos que o entrevistaram. Às vezes, a maior parte das vezes, os portugueses no estrangeiro, vulgo emigrantes, são votados em Portugal a um silencioso abandono. É por isso interessante que, por estes dias,(ao centro na foto) tenha aparecido em tudo o que é jornal, revista, e programa de televisão - na SIC apareceu pelo menos cinco vezes numa semana. Este natural da ilha de Santa Maria, nos Açores, «cameraman» da cadeia americana CBS, escreveu um livro e editou-o em Portugal, naquela que ele garante será sempre a sua pátria, embora deva aos Estados Unidos toda a sua longa carreira de repórter de guerra. Curioso também é o facto de toda esta euforia à sua volta não lhe ter causado nenhum tipo de vaidade ou soberba - Mário Rui de Carvalho permaneceu sereno, numa modéstia que devia ser um exemplo até para muitos dos que o entrevistaram. Prémio Vida em Sociedade

Paulo Portas vai ser homenageado, este ano, pela sua «participação social» na comunidade. O Colégio S. João de Brito, onde o ministro da Defesa completou o liceu, tem por tradição eleger anualmente os três antigos alunos que se destacaram em três áreas - na vida em sociedade; no meio empresarial e na vida académica. Este ano, a escolha para o prémio da vida em sociedade recaiu sobre Paulo Portas. No meio empresarial, o Colégio destacou o empresário e antigo aluno Melo Ribeiro, e na vida académica um professor da Universidade Católica. O prémio será entregue no dia 8 de Dezembro - data da comemoração dos 25 anos da saída da turma de Paulo Portas do S. João de Brito, a que também pertenceu o seu colega de direcção e porta-voz do CDS, António Pires de Lima. Um prémio pelo qual o ministro da Defesa terá com certeza de agradecer as preciosas dicas da amiga e especialista na matéria Cinha Jardim! O palácio de Teresa Zambujo

Apesar das inúmeras surpresas que Isaltino de Morais lhe deixou na Câmara de Oeiras, e que lá vai desembrulhando, Teresa Zambujo ganhou na semana passada uma verdadeira e agradável prenda: a transferência do Palácio dos Marqueses de Pombal, até agora da Fundação Calouste Gulbenkian, para a autarquia. A cerimónia teve a particularidade de coincidir com o dia do 50º aniversário da presidente da Câmara, que ascendeu ao lugar por substituição do ex-ministro das Cidades na altura em que Isaltino foi para o Governo. E, como se vê pela foto em que Teresa Zambujo aparece ao lado do ministro dos Assuntos Parlamentares e presidente da Assembleia Municipal de Oeiras, Marques Mendes, (e em que aparece ainda o advogado Daniel Proença de Carvalho, em segundo plano) teve honras de pompa e circunstância seculares, com anfitriões trajados a rigor. Mas não se ficou por aí. A autarca recebeu ainda das mãos de Isabel Mota e Rui Vilar (administradores da Gulbenkian) um enorme e bem arranjado ramo. É caso para dizer que, entre os espinhos da herança de Isaltino, Teresa Zambujo já vai tendo direito a umas flores. FOTOGRAFIAS DE JOSÉ VENTURA

Governador implacável

ROBERT GALBRAITH/REUTERS Mal tomou posse como governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger derrubou, com a rapidez do «Exterminador Implacável», uma decisão do executivo anterior. Arnie anulou o aumento de 300% do imposto de circulação no estado, logo após a cerimónia que o empossou no cargo, e que contou com 600 jornalistas, além de diversos ex-governadores. Talvez por isso - a somar à campanha atribulada - já seja conhecido entre os autóctones como «Governator», um misto de governador e da sua personagem cinematográfica mais conhecida, o «Terminator». Schwarzenegger deixou, entretanto, frases que já ficaram para a história da política californiana. Chegou a inventar uma inconfidência de Eunice, mãe da mulher, Maria Shriver, e irmã de John Fitzgerald Kennedy, a qual teria supostamente declarado que, se fosse vivo, o antigo Presidente democrata votaria nele. Mesmo com o humor e a energia do novo político, os especialistas já disseram que a primeira medida de Arnie vai aumentar o défice do estado. Mal tomou posse como governador da Califórnia,derrubou, com a rapidez do «Exterminador Implacável», uma decisão do executivo anterior. Arnie anulou o aumento de 300% do imposto de circulação no estado, logo após a cerimónia que o empossou no cargo, e que contou com 600 jornalistas, além de diversos ex-governadores. Talvez por isso - a somar à campanha atribulada - já seja conhecido entre os autóctones como «Governator», um misto de governador e da sua personagem cinematográfica mais conhecida, o «Terminator». Schwarzenegger deixou, entretanto, frases que já ficaram para a história da política californiana. Chegou a inventar uma inconfidência de, mãe da mulher,, e irmã de, a qual teria supostamente declarado que, se fosse vivo, o antigo Presidente democrata votaria nele. Mesmo com o humor e a energia do novo político, os especialistas já disseram que a primeira medida de Arnie vai aumentar o défice do estado. Sousa Marques p'ròs correios já!

O ex-indigitado presidente do Instituto das Estradas de Portugal (IEP), João Sousa Marques, escreveu uma «carta aberta» aos funcionários do instituto, à laia de despedida, depois de ter estado quase um mês à espera de tomar posse e de, finalmente, não a ter tomado. Aparentemente, Sousa Marques, vice-presidente de Ribeiro dos Santos - demitido na sequência da queda da ponte pedonal do IC19 - gosta de escrever missivas, mesmo que um tanto ou quanto suicidas. Quando foi convidado pelo ministro Carmona Rodrigues para assumir a liderança do IEP, escreveu-lhe uma carta pessoal - publicada depois na íntegra num diário - reivindicando uma série de condições materiais e humanas para assumir o cargo. Caiu muito mal no núcleo político do primeiro-ministro Durão Barroso tal «ousadia» e desde logo constou nos bastidores de São Bento que jamais passaria de «indigitado». Seria abrir um precedente complicado se, cada vez que se convidasse um quadro para assumir altas funções, ele trouxesse uma lista de condições. E foi o que aconteceu. Sousa Marques assinara a sua própria carta de «despedimento». Agora, esta nova carta aos funcionários veio baralhar um pouco as cabeças pensantes dos conselheiros políticos. Em tempo de SMS e de «mails», o gostinho de Sousa Marques pela escrita à moda antiga está a provocar uma tentação de o reciclar... não para as estradas, mas para os Correios. Quem sabe com o seu talento consegue promover a arte e o hábito das cartas no nosso país. Um «rali» diferente

Desde há 16 anos que diversos jornalistas, relações-públicas e outros elementos ligados ao comércio e indústria automóvel rumam, entusiasmados, num determinado fim-de-semana, às imediações do ponto mais alto do país para a realização de um animado «rali». A prova tornou-se conhecida no meio por fugir um tanto às regras: a organização - como sempre a cabo de Luís Celíneo e do Clube Escape Livre - não exige aos «pilotos» qualquer licença desportiva, as verificações técnicas e documentais têm sempre um carácter virtual, e nem sequer é obrigatório comparecer na prova de perícia que, habitualmente, determina a classificação final. Se alguma coisa é imprescindível é a boa disposição, que mais uma vez não faltou, antes pelo contrário, em mais um Desafio BP Ford Serra da Estrela. Depois de um passeio pela região de Penamacor, a vitória final pertenceu a Francisco Carvalho que, ao volante de um Citroën C2, voltou a ser o mais rápido a contornar pinos e a fazer meia dúzia de «piões». O triunfo do piloto da Guarda, presença assídua nas provas de velocidade «a sério», já era mais ou menos esperado, depois de em seis edições anteriores ter sempre subido ao mais alto degrau do pódio. Mas desta vez tal só foi possível depois de a organização ter «ignorado» um pedido, subscrito por muitas das 70 equipas participantes no «rali», no qual se defendia a elaboração da classificação final por «sorteio, para impedir que ganhem sempre os mesmos...» Desde há 16 anos que diversos jornalistas, relações-públicas e outros elementos ligados ao comércio e indústria automóvel rumam, entusiasmados, num determinado fim-de-semana, às imediações do ponto mais alto do país para a realização de um animado «rali». A prova tornou-se conhecida no meio por fugir um tanto às regras: a organização - como sempre a cabo dee do Clube Escape Livre - não exige aos «pilotos» qualquer licença desportiva, as verificações técnicas e documentais têm sempre um carácter virtual, e nem sequer é obrigatório comparecer na prova de perícia que, habitualmente, determina a classificação final. Se alguma coisa é imprescindível é a boa disposição, que mais uma vez não faltou, antes pelo contrário, em mais um Desafio BP Ford Serra da Estrela. Depois de um passeio pela região de Penamacor, a vitória final pertenceu aque, ao volante de um Citroën C2, voltou a ser o mais rápido a contornar pinos e a fazer meia dúzia de «piões». O triunfo do piloto da Guarda, presença assídua nas provas de velocidade «a sério», já era mais ou menos esperado, depois de em seis edições anteriores ter sempre subido ao mais alto degrau do pódio. Mas desta vez tal só foi possível depois de a organização ter «ignorado» um pedido, subscrito por muitas das 70 equipas participantes no «rali», no qual se defendia a elaboração da classificação final por «sorteio, para impedir que ganhem sempre os mesmos...» As máximas de Manuela

ANTÓNIO PEDRO FERREIRA Manuela Moura Guedes deu esta semana uma expressiva e tocante entrevista ao «Diário de Notícias», em que a pivô e subdirectora de informação da TVI faz humor acerca de algumas máximas orientadores do seu exercício da profissão. Depois de afirmar que o mais importante nas notícias é «o embrulho», ou seja, a forma como são dadas, Moura Guedes concluiu: «Para mim, sobriedade é não ter bebido uns copos. Só (existe no meu vocabulário) como antónimo de ébrio». Pela entrevista, ficamos também a saber alguns segredos do sucesso da TVI: «Não falamos da vida privada, não exploramos escândalos, nem sexo.» E porque é que há umas duas semanas emitiram no Jornal Nacional uma peça desfocada de um sujeito a masturbar-se - quis saber o «DN». Manuela respondeu: «O homem (pedófilo) de Torres Vedras?. Sim, acho que se devia ter posto. Com aviso. E nós avisamos. Até metemos bolinha. Eram imagens para adultos que poderiam ser pedagógicas para crianças, devidamente explicadas. É bom que certas pessoas sejam chocadas. A nossa opinião pública vive adormecida». GENTE concorda com Manuela: sobriedade é contrário de ébrio. E não só. Mas o leitor que não leve isto muito a peito. Conforme a própria esclareceu no final da entrevista: «Nem eu me levo a sério. Eu sou uma caricatura de mim própria, exploro as minhas características ao máximo. Ponho bâton até às orelhas...» deu esta semana uma expressiva e tocante entrevista ao «Diário de Notícias», em que a pivô e subdirectora de informação da TVI faz humor acerca de algumas máximas orientadores do seu exercício da profissão. Depois de afirmar que o mais importante nas notícias é «o embrulho», ou seja, a forma como são dadas, Moura Guedes concluiu: «Para mim, sobriedade é não ter bebido uns copos. Só (existe no meu vocabulário) como antónimo de ébrio». Pela entrevista, ficamos também a saber alguns segredos do sucesso da TVI: «Não falamos da vida privada, não exploramos escândalos, nem sexo.» E porque é que há umas duas semanas emitiram no Jornal Nacional uma peça desfocada de um sujeito a masturbar-se - quis saber o «DN». Manuela respondeu: «O homem (pedófilo) de Torres Vedras?. Sim, acho que se devia ter posto. Com aviso. E nós avisamos. Até metemos bolinha. Eram imagens para adultos que poderiam ser pedagógicas para crianças, devidamente explicadas. É bom que certas pessoas sejam chocadas. A nossa opinião pública vive adormecida». GENTE concorda com Manuela: sobriedade é contrário de ébrio. E não só. Mas o leitor que não leve isto muito a peito. Conforme a própria esclareceu no final da entrevista: «Nem eu me levo a sério. Eu sou uma caricatura de mim própria, exploro as minhas características ao máximo. Ponho bâton até às orelhas...»

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Sono tranquilo Confusão «online» Confusão «online» Sexo seguro Sexo seguro Pastéis de Belém para o Iraque Pastéis de Belém para o Iraque Assalto ao aeroporto - Parte II Assalto ao aeroporto - Parte II Chuva de solidariedade Chuva de solidariedade Cavaco outra vez avô Cavaco outra vez avô Repórter de guerra Repórter de guerra Prémio Vida em Sociedade Prémio Vida em Sociedade O palácio de Teresa Zambujo O palácio de Teresa Zambujo Governador implacável Governador implacável Sousa Marques p'ròs correios já! Sousa Marques p'ròs correios já! Um «rali» diferente Um «rali» diferente As máximas de Manuela As máximas de Manuela

Confusão «online»

Coordenação de Pedro Andrade Quem anda pela Internet e utiliza motores de busca para encontrar algum «site», ao lá chegar muitas vezes depara-se com uma opção: «Traduzir esta página». A tradução feita por computador dos «sites» em inglês para o português muitas vezes produz resultados hilariantes. Mas GENTE, para ver o que acontecia, experimentou o processo inverso, e ao aceder ao «site» do EXPRESSO Online, através do Yahoo, clicou no local que dizia: «Translate this page». O resultado foi no mínimo surpreendente, já que o programa informático não se limitou aos textos e investiu mecanicamente também contra o nome das pessoas, dando-lhes uma tradução aproximada. A direcção do EXPRESSO foi completamente alterada. José António Saraiva transformou-se em José António Hail, José António Lima em José António Rasps, Fernando Madrinha em Fernando Godmother e Henrique Monteiro em Enrique Hunter. Os edifícios também foram mudados: o Palácio da Ajuda em Palace of the Aid e o Palácio Pombal no Palace Pigeon House. Uma notícia que falava no «ex-ministro da Cultura Augusto Santos Silva» transformou-se em «the August former minister of Culture Saints You Hiss», que revertido para o português, dá «o Agosto ex-ministro da Cultura Santos Você Assobia». Os títulos das notícias também mudaram. «Iron asks for to explanations the judge» era a tradução de «Ferro pede explicações a juiz». E «The rifles of Young chicken of the Coast», em português, era na verdade, «As espingardas de Pinto da Costa».

Sexo seguro

ANA BAIÃO Pedro Santana Lopes acabou com a prostituição à volta da residência oficial do presidente da Câmara de Lisboa, ou seja, em Monsanto. Mas não resolveu ainda o problema em muitos bairros de Lisboa, nem no Parque Eduardo VII, ou tão-pouco junto à residência particular do Presidente da República, Jorge Sampaio, e do seu vizinho da Artilharia 1, o procurador-geral da República, Souto de Moura. O mais curioso é que GENTE, atenta, verificou na última semana o peculiar trajecto das prestadoras de serviços que Manuela Ferreira Leite quer tributar: é que das imediações da casa particular de Sampaio e de Souto de Moura as ditas «prestadoras de serviços» encaminham os clientes para um terreiro mesmo à frente da casa do director da Polícia Judiciária, Adelino Salvado (na foto), na Nova Campolide, onde, caso aqueles requeiram e elas estejam devidamente inscritas nas Finanças, deverão passar o recibo. Ou seja, com Presidente da República, procurador-geral e director da PJ, não podia haver sexo mais seguro. E, já agora, abençoado: do outro lado da estrada da casa de Adelino Salvado fica uma antiga e bonita mas muito mal conservada igreja. acabou com a prostituição à volta da residência oficial do presidente da Câmara de Lisboa, ou seja, em Monsanto. Mas não resolveu ainda o problema em muitos bairros de Lisboa, nem no Parque Eduardo VII, ou tão-pouco junto à residência particular do Presidente da República,, e do seu vizinho da Artilharia 1, o procurador-geral da República,. O mais curioso é que GENTE, atenta, verificou na última semana o peculiar trajecto das prestadoras de serviços quequer tributar: é que das imediações da casa particular de Sampaio e de Souto de Moura as ditas «prestadoras de serviços» encaminham os clientes para um terreiro mesmo à frente da casa do director da Polícia Judiciária,(na foto), na Nova Campolide, onde, caso aqueles requeiram e elas estejam devidamente inscritas nas Finanças, deverão passar o recibo. Ou seja, com Presidente da República, procurador-geral e director da PJ, não podia haver sexo mais seguro. E, já agora, abençoado: do outro lado da estrada da casa de Adelino Salvado fica uma antiga e bonita mas muito mal conservada igreja. Pastéis de Belém para o Iraque

A viagem dos GNR para o Iraque tem sido mais que conturbada. Não tanto por eles, mas pela confusão gerada com os jornalistas. No dia da partida - ainda longe de todas as complicações que se seguiriam em território iraquiano -, entre despedidas e famílias em lágrimas, o ânimo dos militares acabou por criar um bom ambiente. Para ajudar a festa, o 2º comandante-geral, major-general Cunha Lopes, preparou até uma surpresa aos 128 militares: encomendou 128 pastéis de Belém, daqueles quentinhos com canela e açúcar, para tomarem no seu primeiro pequeno-almoço longe da pátria amada. E, enquanto o ministro Figueiredo Lopes e as outras altas patentes da Guarda se despediam e discursavam, era ver Cunha Lopes na placa, de um lado para o outro, a repetir incansavelmente: «Os pastéis embarcaram, os pastéis embarcaram?» Embarcaram, sim senhor, e fizeram a delícia dos militares. Assalto ao aeroporto - Parte II

CAMPISO ROCHA E JOÃO LIMA/CARAS Depois da aventura de José Castelo Branco e Lady Betty Grafstein no Aeroporto de Lisboa, que culminou na apreensão das «jóias de família» e na passagem de «Chateau Blanc» pela prisão, GENTE nem queria acreditar quando deu de caras com o mediático casal no aeroporto londrino de Heathrow, no passado domingo. Aparentemente, a dupla tinha bilhete para Lisboa mas, quiçá por falta de vontade de rever os trabalhadores da alfândega, optaram pelo voo até ao Porto... Mas a viagem não correu bem. Foram os últimos a chegar à sala de embarque, carregando volumosa bagagem de mão, o que suscitou imediatamente comentários sonoros dos restantes passageiros. Depois, tentaram ir em executiva mas acabaram em turística. À saída, o «marchand» de arte recusou-se a entrar no autocarro de ligação, exigindo um carro particular... mas teve que ir com o «povo». Depois da aventura de José Castelo Branco e Lady Betty Grafstein no Aeroporto de Lisboa, que culminou na apreensão das «jóias de família» e na passagem de «Chateau Blanc» pela prisão, GENTE nem queria acreditar quando deu de caras com o mediático casal no aeroporto londrino de Heathrow, no passado domingo. Aparentemente, a dupla tinha bilhete para Lisboa mas, quiçá por falta de vontade de rever os trabalhadores da alfândega, optaram pelo voo até ao Porto... Mas a viagem não correu bem. Foram os últimos a chegar à sala de embarque, carregando volumosa bagagem de mão, o que suscitou imediatamente comentários sonoros dos restantes passageiros. Depois, tentaram ir em executiva mas acabaram em turística. À saída, o «marchand» de arte recusou-se a entrar no autocarro de ligação, exigindo um carro particular... mas teve que ir com o «povo». Chuva de solidariedade

RUI OCHÔA Na passada semana, a Única publicou uma reportagem sobre a Escolinha do André, uma escola humanitária em Moçambique, onde se ensina e alimenta meninos de rua. Por lá se explicava que o financiamento é obtido através do apadrinhamento - monetário e afectivo - das crianças. Mal o EXPRESSO chegou às bancas e à Internet, começou a «chuva de solidariedade». Até terça-feira, a ONGD Apoiar tinha recebido mais de duzentos telefonemas e outros tantos «e-mails»de pessoas interessadas em assegurar o futuro de uma ou mais crianças: um senhor do Porto apadrinhou nove meninos: uma idosa de 80 anos pedia urgência na satisfação do pedido; outra chorava porque tinha ensinado naquela escola no tempo colonial; uma menina de 13 anos perguntava se era muito nova; uma turma escolar juntou os trocos para «partilhar» uma criança... A adesão foi tal que já não há miúdos sem padrinho. Mas continua-se a aceitar inscrições. Em Janeiro abre uma nova turma... e a miséria nunca acaba. Na passada semana, a Única publicou uma reportagem sobre a Escolinha do André, uma escola humanitária em Moçambique, onde se ensina e alimenta meninos de rua. Por lá se explicava que o financiamento é obtido através do apadrinhamento - monetário e afectivo - das crianças. Mal o EXPRESSO chegou às bancas e à Internet, começou a «chuva de solidariedade». Até terça-feira, a ONGD Apoiar tinha recebido mais de duzentos telefonemas e outros tantos «e-mails»de pessoas interessadas em assegurar o futuro de uma ou mais crianças: um senhor do Porto apadrinhou nove meninos: uma idosa de 80 anos pedia urgência na satisfação do pedido; outra chorava porque tinha ensinado naquela escola no tempo colonial; uma menina de 13 anos perguntava se era muito nova; uma turma escolar juntou os trocos para «partilhar» uma criança... A adesão foi tal que já não há miúdos sem padrinho. Mas continua-se a aceitar inscrições. Em Janeiro abre uma nova turma... e a miséria nunca acaba. Cavaco outra vez avô

Há anos, quando instado a esclarecer se concorria ou não contra Jorge Sampaio na corrida a Belém, o ex-primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva recorria à sua condição de recém-avô para se escusar a dar uma resposta menos passível de alimentar o tabu. Anos volvidos, a questão da candidatura às presidenciais volta a colocar-se ao professor, que, pelo menos até agora, ainda não deu qualquer sinal nem num sentido nem noutro. Mas GENTE está em condições de adiantar que não faltarão, de novo, argumentos a Cavaco. É que a sua filha Patrícia está outra vez à espera de bebé. Ou seja, mais um neto para o ex-primeiro-ministro. Lá vai Cavaco Silva ter de novo de escolher entre a nobilíssima missão de empenhado avô e a corrida a Belém. Repórter de guerra

RUI OCHÔA Às vezes, a maior parte das vezes, os portugueses no estrangeiro, vulgo emigrantes, são votados em Portugal a um silencioso abandono. É por isso interessante que, por estes dias, Mário Rui de Carvalho (ao centro na foto) tenha aparecido em tudo o que é jornal, revista, e programa de televisão - na SIC apareceu pelo menos cinco vezes numa semana. Este natural da ilha de Santa Maria, nos Açores, «cameraman» da cadeia americana CBS, escreveu um livro e editou-o em Portugal, naquela que ele garante será sempre a sua pátria, embora deva aos Estados Unidos toda a sua longa carreira de repórter de guerra. Curioso também é o facto de toda esta euforia à sua volta não lhe ter causado nenhum tipo de vaidade ou soberba - Mário Rui de Carvalho permaneceu sereno, numa modéstia que devia ser um exemplo até para muitos dos que o entrevistaram. Às vezes, a maior parte das vezes, os portugueses no estrangeiro, vulgo emigrantes, são votados em Portugal a um silencioso abandono. É por isso interessante que, por estes dias,(ao centro na foto) tenha aparecido em tudo o que é jornal, revista, e programa de televisão - na SIC apareceu pelo menos cinco vezes numa semana. Este natural da ilha de Santa Maria, nos Açores, «cameraman» da cadeia americana CBS, escreveu um livro e editou-o em Portugal, naquela que ele garante será sempre a sua pátria, embora deva aos Estados Unidos toda a sua longa carreira de repórter de guerra. Curioso também é o facto de toda esta euforia à sua volta não lhe ter causado nenhum tipo de vaidade ou soberba - Mário Rui de Carvalho permaneceu sereno, numa modéstia que devia ser um exemplo até para muitos dos que o entrevistaram. Prémio Vida em Sociedade

Paulo Portas vai ser homenageado, este ano, pela sua «participação social» na comunidade. O Colégio S. João de Brito, onde o ministro da Defesa completou o liceu, tem por tradição eleger anualmente os três antigos alunos que se destacaram em três áreas - na vida em sociedade; no meio empresarial e na vida académica. Este ano, a escolha para o prémio da vida em sociedade recaiu sobre Paulo Portas. No meio empresarial, o Colégio destacou o empresário e antigo aluno Melo Ribeiro, e na vida académica um professor da Universidade Católica. O prémio será entregue no dia 8 de Dezembro - data da comemoração dos 25 anos da saída da turma de Paulo Portas do S. João de Brito, a que também pertenceu o seu colega de direcção e porta-voz do CDS, António Pires de Lima. Um prémio pelo qual o ministro da Defesa terá com certeza de agradecer as preciosas dicas da amiga e especialista na matéria Cinha Jardim! O palácio de Teresa Zambujo

Apesar das inúmeras surpresas que Isaltino de Morais lhe deixou na Câmara de Oeiras, e que lá vai desembrulhando, Teresa Zambujo ganhou na semana passada uma verdadeira e agradável prenda: a transferência do Palácio dos Marqueses de Pombal, até agora da Fundação Calouste Gulbenkian, para a autarquia. A cerimónia teve a particularidade de coincidir com o dia do 50º aniversário da presidente da Câmara, que ascendeu ao lugar por substituição do ex-ministro das Cidades na altura em que Isaltino foi para o Governo. E, como se vê pela foto em que Teresa Zambujo aparece ao lado do ministro dos Assuntos Parlamentares e presidente da Assembleia Municipal de Oeiras, Marques Mendes, (e em que aparece ainda o advogado Daniel Proença de Carvalho, em segundo plano) teve honras de pompa e circunstância seculares, com anfitriões trajados a rigor. Mas não se ficou por aí. A autarca recebeu ainda das mãos de Isabel Mota e Rui Vilar (administradores da Gulbenkian) um enorme e bem arranjado ramo. É caso para dizer que, entre os espinhos da herança de Isaltino, Teresa Zambujo já vai tendo direito a umas flores. FOTOGRAFIAS DE JOSÉ VENTURA

Governador implacável

ROBERT GALBRAITH/REUTERS Mal tomou posse como governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger derrubou, com a rapidez do «Exterminador Implacável», uma decisão do executivo anterior. Arnie anulou o aumento de 300% do imposto de circulação no estado, logo após a cerimónia que o empossou no cargo, e que contou com 600 jornalistas, além de diversos ex-governadores. Talvez por isso - a somar à campanha atribulada - já seja conhecido entre os autóctones como «Governator», um misto de governador e da sua personagem cinematográfica mais conhecida, o «Terminator». Schwarzenegger deixou, entretanto, frases que já ficaram para a história da política californiana. Chegou a inventar uma inconfidência de Eunice, mãe da mulher, Maria Shriver, e irmã de John Fitzgerald Kennedy, a qual teria supostamente declarado que, se fosse vivo, o antigo Presidente democrata votaria nele. Mesmo com o humor e a energia do novo político, os especialistas já disseram que a primeira medida de Arnie vai aumentar o défice do estado. Mal tomou posse como governador da Califórnia,derrubou, com a rapidez do «Exterminador Implacável», uma decisão do executivo anterior. Arnie anulou o aumento de 300% do imposto de circulação no estado, logo após a cerimónia que o empossou no cargo, e que contou com 600 jornalistas, além de diversos ex-governadores. Talvez por isso - a somar à campanha atribulada - já seja conhecido entre os autóctones como «Governator», um misto de governador e da sua personagem cinematográfica mais conhecida, o «Terminator». Schwarzenegger deixou, entretanto, frases que já ficaram para a história da política californiana. Chegou a inventar uma inconfidência de, mãe da mulher,, e irmã de, a qual teria supostamente declarado que, se fosse vivo, o antigo Presidente democrata votaria nele. Mesmo com o humor e a energia do novo político, os especialistas já disseram que a primeira medida de Arnie vai aumentar o défice do estado. Sousa Marques p'ròs correios já!

O ex-indigitado presidente do Instituto das Estradas de Portugal (IEP), João Sousa Marques, escreveu uma «carta aberta» aos funcionários do instituto, à laia de despedida, depois de ter estado quase um mês à espera de tomar posse e de, finalmente, não a ter tomado. Aparentemente, Sousa Marques, vice-presidente de Ribeiro dos Santos - demitido na sequência da queda da ponte pedonal do IC19 - gosta de escrever missivas, mesmo que um tanto ou quanto suicidas. Quando foi convidado pelo ministro Carmona Rodrigues para assumir a liderança do IEP, escreveu-lhe uma carta pessoal - publicada depois na íntegra num diário - reivindicando uma série de condições materiais e humanas para assumir o cargo. Caiu muito mal no núcleo político do primeiro-ministro Durão Barroso tal «ousadia» e desde logo constou nos bastidores de São Bento que jamais passaria de «indigitado». Seria abrir um precedente complicado se, cada vez que se convidasse um quadro para assumir altas funções, ele trouxesse uma lista de condições. E foi o que aconteceu. Sousa Marques assinara a sua própria carta de «despedimento». Agora, esta nova carta aos funcionários veio baralhar um pouco as cabeças pensantes dos conselheiros políticos. Em tempo de SMS e de «mails», o gostinho de Sousa Marques pela escrita à moda antiga está a provocar uma tentação de o reciclar... não para as estradas, mas para os Correios. Quem sabe com o seu talento consegue promover a arte e o hábito das cartas no nosso país. Um «rali» diferente

Desde há 16 anos que diversos jornalistas, relações-públicas e outros elementos ligados ao comércio e indústria automóvel rumam, entusiasmados, num determinado fim-de-semana, às imediações do ponto mais alto do país para a realização de um animado «rali». A prova tornou-se conhecida no meio por fugir um tanto às regras: a organização - como sempre a cabo de Luís Celíneo e do Clube Escape Livre - não exige aos «pilotos» qualquer licença desportiva, as verificações técnicas e documentais têm sempre um carácter virtual, e nem sequer é obrigatório comparecer na prova de perícia que, habitualmente, determina a classificação final. Se alguma coisa é imprescindível é a boa disposição, que mais uma vez não faltou, antes pelo contrário, em mais um Desafio BP Ford Serra da Estrela. Depois de um passeio pela região de Penamacor, a vitória final pertenceu a Francisco Carvalho que, ao volante de um Citroën C2, voltou a ser o mais rápido a contornar pinos e a fazer meia dúzia de «piões». O triunfo do piloto da Guarda, presença assídua nas provas de velocidade «a sério», já era mais ou menos esperado, depois de em seis edições anteriores ter sempre subido ao mais alto degrau do pódio. Mas desta vez tal só foi possível depois de a organização ter «ignorado» um pedido, subscrito por muitas das 70 equipas participantes no «rali», no qual se defendia a elaboração da classificação final por «sorteio, para impedir que ganhem sempre os mesmos...» Desde há 16 anos que diversos jornalistas, relações-públicas e outros elementos ligados ao comércio e indústria automóvel rumam, entusiasmados, num determinado fim-de-semana, às imediações do ponto mais alto do país para a realização de um animado «rali». A prova tornou-se conhecida no meio por fugir um tanto às regras: a organização - como sempre a cabo dee do Clube Escape Livre - não exige aos «pilotos» qualquer licença desportiva, as verificações técnicas e documentais têm sempre um carácter virtual, e nem sequer é obrigatório comparecer na prova de perícia que, habitualmente, determina a classificação final. Se alguma coisa é imprescindível é a boa disposição, que mais uma vez não faltou, antes pelo contrário, em mais um Desafio BP Ford Serra da Estrela. Depois de um passeio pela região de Penamacor, a vitória final pertenceu aque, ao volante de um Citroën C2, voltou a ser o mais rápido a contornar pinos e a fazer meia dúzia de «piões». O triunfo do piloto da Guarda, presença assídua nas provas de velocidade «a sério», já era mais ou menos esperado, depois de em seis edições anteriores ter sempre subido ao mais alto degrau do pódio. Mas desta vez tal só foi possível depois de a organização ter «ignorado» um pedido, subscrito por muitas das 70 equipas participantes no «rali», no qual se defendia a elaboração da classificação final por «sorteio, para impedir que ganhem sempre os mesmos...» As máximas de Manuela

ANTÓNIO PEDRO FERREIRA Manuela Moura Guedes deu esta semana uma expressiva e tocante entrevista ao «Diário de Notícias», em que a pivô e subdirectora de informação da TVI faz humor acerca de algumas máximas orientadores do seu exercício da profissão. Depois de afirmar que o mais importante nas notícias é «o embrulho», ou seja, a forma como são dadas, Moura Guedes concluiu: «Para mim, sobriedade é não ter bebido uns copos. Só (existe no meu vocabulário) como antónimo de ébrio». Pela entrevista, ficamos também a saber alguns segredos do sucesso da TVI: «Não falamos da vida privada, não exploramos escândalos, nem sexo.» E porque é que há umas duas semanas emitiram no Jornal Nacional uma peça desfocada de um sujeito a masturbar-se - quis saber o «DN». Manuela respondeu: «O homem (pedófilo) de Torres Vedras?. Sim, acho que se devia ter posto. Com aviso. E nós avisamos. Até metemos bolinha. Eram imagens para adultos que poderiam ser pedagógicas para crianças, devidamente explicadas. É bom que certas pessoas sejam chocadas. A nossa opinião pública vive adormecida». GENTE concorda com Manuela: sobriedade é contrário de ébrio. E não só. Mas o leitor que não leve isto muito a peito. Conforme a própria esclareceu no final da entrevista: «Nem eu me levo a sério. Eu sou uma caricatura de mim própria, exploro as minhas características ao máximo. Ponho bâton até às orelhas...» deu esta semana uma expressiva e tocante entrevista ao «Diário de Notícias», em que a pivô e subdirectora de informação da TVI faz humor acerca de algumas máximas orientadores do seu exercício da profissão. Depois de afirmar que o mais importante nas notícias é «o embrulho», ou seja, a forma como são dadas, Moura Guedes concluiu: «Para mim, sobriedade é não ter bebido uns copos. Só (existe no meu vocabulário) como antónimo de ébrio». Pela entrevista, ficamos também a saber alguns segredos do sucesso da TVI: «Não falamos da vida privada, não exploramos escândalos, nem sexo.» E porque é que há umas duas semanas emitiram no Jornal Nacional uma peça desfocada de um sujeito a masturbar-se - quis saber o «DN». Manuela respondeu: «O homem (pedófilo) de Torres Vedras?. Sim, acho que se devia ter posto. Com aviso. E nós avisamos. Até metemos bolinha. Eram imagens para adultos que poderiam ser pedagógicas para crianças, devidamente explicadas. É bom que certas pessoas sejam chocadas. A nossa opinião pública vive adormecida». GENTE concorda com Manuela: sobriedade é contrário de ébrio. E não só. Mas o leitor que não leve isto muito a peito. Conforme a própria esclareceu no final da entrevista: «Nem eu me levo a sério. Eu sou uma caricatura de mim própria, exploro as minhas características ao máximo. Ponho bâton até às orelhas...»

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