O vice-presidente do CDS-PP, António Pires de Lima, manifestou-se muito alarmado com a presença de Diogo Freitas do Amaral no Ministério dos Negócios Estrangeiros do Governo socialista.Segundo ele trata-se de «uma presença perigosa», que ameaça causar problemas no relacionamento do nosso país com a NATO e com os EUA.A razão das preocupações está num conjunto de declarações produzidas nestes últimos três anos, em que Freitas mostrou algumas convicções anti-americanas e mesmo antipatias em relação ao Presidente Bush.Faço questão de deixar aqui uma palavra de conforto ao jovem Pires de Lima: pode dormir descansado. Fosse V.Exa. mais velho, e conhecesse o bicho, e saberia que as tais declarações, feitas para consumo interno e em momentos estratégicos, não exprimem convicção nenhuma. Nem isso se usa por aqueles lados.E também saberia que não deve haver nenhum problema junto dos alvos aparentes das tais declarações, porque o autor delas, se procedeu como costuma, deve ter de imediato escrito cartas particulares aos ditos assegurando-lhes que o que disse não pensava e o que pensava não disse, e garantindo que ali tinham um fiel para o que desse e viesse.Pelo menos foi esse o seu método em momentos chave do seu percurso político, e estou a lembrar-me pelo menos dos finais de Setembro de 1974 e de meados de Março de 1975.Certamente que não terá mudado muito, até porque ele nunca muda.
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O vice-presidente do CDS-PP, António Pires de Lima, manifestou-se muito alarmado com a presença de Diogo Freitas do Amaral no Ministério dos Negócios Estrangeiros do Governo socialista.Segundo ele trata-se de «uma presença perigosa», que ameaça causar problemas no relacionamento do nosso país com a NATO e com os EUA.A razão das preocupações está num conjunto de declarações produzidas nestes últimos três anos, em que Freitas mostrou algumas convicções anti-americanas e mesmo antipatias em relação ao Presidente Bush.Faço questão de deixar aqui uma palavra de conforto ao jovem Pires de Lima: pode dormir descansado. Fosse V.Exa. mais velho, e conhecesse o bicho, e saberia que as tais declarações, feitas para consumo interno e em momentos estratégicos, não exprimem convicção nenhuma. Nem isso se usa por aqueles lados.E também saberia que não deve haver nenhum problema junto dos alvos aparentes das tais declarações, porque o autor delas, se procedeu como costuma, deve ter de imediato escrito cartas particulares aos ditos assegurando-lhes que o que disse não pensava e o que pensava não disse, e garantindo que ali tinham um fiel para o que desse e viesse.Pelo menos foi esse o seu método em momentos chave do seu percurso político, e estou a lembrar-me pelo menos dos finais de Setembro de 1974 e de meados de Março de 1975.Certamente que não terá mudado muito, até porque ele nunca muda.