A Rosa: Tensão, Traição, Mal estar

19-07-2005
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Morais Sarmento acusa Portas de não respeitar pacto com PSDTensão. Nuno Morais Sarmento não gostou de ouvir Paulo Portas admitir consensos com os socialistas em áreas como a defesa e a política externa. A acusação é grave e surge pela mão de Morais Sarmento. O vice-presidente do PSD e ministro da Presidência escreveu uma carta ao número dois do CDS, António Pires de Lima acusando os democratas-cristãos de não respeitarem o acordo pré-eleitoral entre os dois partidos. E visa tanto Pires de Lima como o próprio Portas. Na origem das críticas de Sarmento estão duas entrevistas de Portas e Pires de Lima. No primeiro caso, o vice-presidente do CDS comentou, "em termos comparativos", a formação de listas do PP e do PSD para registar "a intranquilidade de comportamento do PSD".Depois, sucederam-se as declarações do próprio Portas, "admitindo a abertura do CDS para apoiar propostas de Governo em determinadas áreas, na eventualidade de vitória do PS". Defesa e a Política Externa foram as suas áreas em que Portas admitiu os tais "consensos de Estado". Morais Sarmento diz estar surpreendido. Surpresa "tanto maior quanto é sabido que o PSD tem mantido uma atitude intransigente de silêncio relativamente aos processos internos de decisão do CDS, e mesmo no que respeita às [suas] posições públicas".Apontando a falta ao seu parceiro de Governo, Morais Sarmento garante que, com esse silêncio, os sociais-democratas têm garantido "a defesa e o respeito absoluto pelo acordo pré-eleitoral que foi celebrado entre ambos os partidos". "A que nos mantemos absolutamente fiéis", faz questão de frisar. O acordo assinado por Santana Lopes e Paulo Portas, recorde-se, prevê que nenhum dos partidos "estará disponível para isoladamente viabilizar soluções de Governo quaisquer outras forças políticas". E subjacente a este acordo está um pacto de não agressão entre dois partidos que agora concorrem em listas separadas às legislativas de 20 de Fevereiro. Na carta, o vice-presidente dos sociais-democratas atribui estas declarações à "tensão natural destes primeiros dias de pré-campanha" e deixa um recado para o futuro, afirmando esperar que este comportamento seja "ajustável com o decurso do tempo". A terminar, Nuno Morais Sarmento reafirma o empenhamento do PSD numa colaboração que, "no respeito pelo acordo estabelecido", permita aos dois partidos "prosseguir a defesa dos interesses de Portugal". A missiva de Sarmento vem juntar-se a outros episódios, que têm vindo a demonstrar uma incomodidade crescente, no PSD, com o parceiro de coligação. Prova disso são as sucessivas críticas de Luís Filipe Menezes ao CDS e os reparos também já feitos por Santana Lopes. Com este tipo de comportamento denota-se o desespero que paira nas hostes sociais-democratas e o medo que têm do parceiro de coligação.Destas atitudes se conclui que o PSD apenas pretende um PP prisioneiro, refém de um acordo que depois das últimas declarações públicas de Paulo Portas verifica-se que tudo não passou de mais um momento mediático jornalístico e televisivo, bem a gosto de Santana Lopes, para continuar a fingir que tudo ia bem no reino da desgovernação.Longe vão os tempos das reuniões no barco do amor nas águas do Tejo. Enquanto um ri do parceiro, o outro demonstra o desconforto de estar sentado ao lado do mais pequeno. A continuar assim temos divórcio antes de 20 de Fevereiro.

Morais Sarmento acusa Portas de não respeitar pacto com PSDTensão. Nuno Morais Sarmento não gostou de ouvir Paulo Portas admitir consensos com os socialistas em áreas como a defesa e a política externa. A acusação é grave e surge pela mão de Morais Sarmento. O vice-presidente do PSD e ministro da Presidência escreveu uma carta ao número dois do CDS, António Pires de Lima acusando os democratas-cristãos de não respeitarem o acordo pré-eleitoral entre os dois partidos. E visa tanto Pires de Lima como o próprio Portas. Na origem das críticas de Sarmento estão duas entrevistas de Portas e Pires de Lima. No primeiro caso, o vice-presidente do CDS comentou, "em termos comparativos", a formação de listas do PP e do PSD para registar "a intranquilidade de comportamento do PSD".Depois, sucederam-se as declarações do próprio Portas, "admitindo a abertura do CDS para apoiar propostas de Governo em determinadas áreas, na eventualidade de vitória do PS". Defesa e a Política Externa foram as suas áreas em que Portas admitiu os tais "consensos de Estado". Morais Sarmento diz estar surpreendido. Surpresa "tanto maior quanto é sabido que o PSD tem mantido uma atitude intransigente de silêncio relativamente aos processos internos de decisão do CDS, e mesmo no que respeita às [suas] posições públicas".Apontando a falta ao seu parceiro de Governo, Morais Sarmento garante que, com esse silêncio, os sociais-democratas têm garantido "a defesa e o respeito absoluto pelo acordo pré-eleitoral que foi celebrado entre ambos os partidos". "A que nos mantemos absolutamente fiéis", faz questão de frisar. O acordo assinado por Santana Lopes e Paulo Portas, recorde-se, prevê que nenhum dos partidos "estará disponível para isoladamente viabilizar soluções de Governo quaisquer outras forças políticas". E subjacente a este acordo está um pacto de não agressão entre dois partidos que agora concorrem em listas separadas às legislativas de 20 de Fevereiro. Na carta, o vice-presidente dos sociais-democratas atribui estas declarações à "tensão natural destes primeiros dias de pré-campanha" e deixa um recado para o futuro, afirmando esperar que este comportamento seja "ajustável com o decurso do tempo". A terminar, Nuno Morais Sarmento reafirma o empenhamento do PSD numa colaboração que, "no respeito pelo acordo estabelecido", permita aos dois partidos "prosseguir a defesa dos interesses de Portugal". A missiva de Sarmento vem juntar-se a outros episódios, que têm vindo a demonstrar uma incomodidade crescente, no PSD, com o parceiro de coligação. Prova disso são as sucessivas críticas de Luís Filipe Menezes ao CDS e os reparos também já feitos por Santana Lopes. Com este tipo de comportamento denota-se o desespero que paira nas hostes sociais-democratas e o medo que têm do parceiro de coligação.Destas atitudes se conclui que o PSD apenas pretende um PP prisioneiro, refém de um acordo que depois das últimas declarações públicas de Paulo Portas verifica-se que tudo não passou de mais um momento mediático jornalístico e televisivo, bem a gosto de Santana Lopes, para continuar a fingir que tudo ia bem no reino da desgovernação.Longe vão os tempos das reuniões no barco do amor nas águas do Tejo. Enquanto um ri do parceiro, o outro demonstra o desconforto de estar sentado ao lado do mais pequeno. A continuar assim temos divórcio antes de 20 de Fevereiro.

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