À medida que o modelo em que actualmente vivemos vai provando as suas contradições, vai ganhando força, em todos os fora, a convicção de que só uma política virada para a criação da riqueza, que promova o emprego e a inovação, onde a intervenção do Estado se reduza ao indispensavel, assegura realmente o bem estar comum.Se essa crescente adesão aos ideiais do liberalismo é de apreciar e promover, já o azedume com que alguns supostos liberais, convencidos da sua pureza doutrinária, a têm recebido, me parece de evitar.Não sei se esta "vaga liberal" é genericamente utilitária, táctica, estratégica, convicta, genuína ou resignada. Sei que é um sinal inequívoco da falência do Estado Providência. E sei também que por muito mediática que se tenha tornado nos últimos meses, ela é ainda muito incipiente para que se abram já fracturas no seu interior.O caminho da transição para um modelo liberal parece-me um caminho longo e díficil: os eleitores, que na sua maioria vivem de prestações do Estado, não querem ouvir falar de perder privilégios; os partidos, por sua vez, vocacionados para a conquista do poder, não estão dispostos a perder votos com propostas impopulares. Admitindo que, em democracia, não é possível a substituição do actual modelo sem a adesão da maioria dos agentes políticos, talvez fosse útil que todos se empenhassem na promoção da mensagem, em vez de desperdiçarem energias a combater os seus protagonistas.Aceitando o tradicional cepticismo com que qualquer novidade é recebida - mesmo na direita liberal - sugiro aos mais inflamados divulgadores da ideia de que o movimento "Noites à Direita- Projecto Liberal" pretende golpes de estado partidários, é dominado por forças ocultas ou não tem na sua origem convicções suficientemente sérias, que façam o favor de marcar presença no Café Nicola no próximo dia 5 de Julho. A participação de todos é maior prova de autenticidade, independência e eficácia que podemos invocar.-FCP-
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À medida que o modelo em que actualmente vivemos vai provando as suas contradições, vai ganhando força, em todos os fora, a convicção de que só uma política virada para a criação da riqueza, que promova o emprego e a inovação, onde a intervenção do Estado se reduza ao indispensavel, assegura realmente o bem estar comum.Se essa crescente adesão aos ideiais do liberalismo é de apreciar e promover, já o azedume com que alguns supostos liberais, convencidos da sua pureza doutrinária, a têm recebido, me parece de evitar.Não sei se esta "vaga liberal" é genericamente utilitária, táctica, estratégica, convicta, genuína ou resignada. Sei que é um sinal inequívoco da falência do Estado Providência. E sei também que por muito mediática que se tenha tornado nos últimos meses, ela é ainda muito incipiente para que se abram já fracturas no seu interior.O caminho da transição para um modelo liberal parece-me um caminho longo e díficil: os eleitores, que na sua maioria vivem de prestações do Estado, não querem ouvir falar de perder privilégios; os partidos, por sua vez, vocacionados para a conquista do poder, não estão dispostos a perder votos com propostas impopulares. Admitindo que, em democracia, não é possível a substituição do actual modelo sem a adesão da maioria dos agentes políticos, talvez fosse útil que todos se empenhassem na promoção da mensagem, em vez de desperdiçarem energias a combater os seus protagonistas.Aceitando o tradicional cepticismo com que qualquer novidade é recebida - mesmo na direita liberal - sugiro aos mais inflamados divulgadores da ideia de que o movimento "Noites à Direita- Projecto Liberal" pretende golpes de estado partidários, é dominado por forças ocultas ou não tem na sua origem convicções suficientemente sérias, que façam o favor de marcar presença no Café Nicola no próximo dia 5 de Julho. A participação de todos é maior prova de autenticidade, independência e eficácia que podemos invocar.-FCP-