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21-06-2005
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O líder do CDS, José Ribeiro e Castro, foi ontem eleito por sufrágio directo, com o voto de 4318 militantes. Aquelas que foram as primeiras eleições directas na história do partido contaram com a participação de 4617 votantes, números que incluem 270 votos brancos e 29 nulos (numa altura em que faltam apurar 25 concelhos).

Um resultado "animador" e "claramente acima das expectativas", nas palavras do líder centrista, que ontem qualificou estas directas como um "momento histórico". Sublinhando um "grande entusiasmo" com o sufrágio, Ribeiro e Castro apontou as directas como um "instrumento de reunião e mobilização do partido", que revela hoje um "nível de participação muito maior".

Sobre as críticas que têm vindo a ser dirigidas a este método de eleição, e referindo-se em concreto a declarações de António Pires de Lima, Ribeiro e Castro defendeu que face aos níveis de participação alcançados, "não se pode dizer que este é um indicador negativo". "Eu tenho respeito por quem não foi votar, há que ter respeito por quem foi", referiu , numa alusão às palavras do ex-vice-presidente centrista. Em declarações ao DN, António Pires de Lima afirmou que não iria votar neste escrutínio, sublinhando também que uma participação na ordem das três mil pessoas - estimativa prevista pela direcção - era "pôr a fasquia no mínimo dos mínimos". "Falou cedo de mais" considerou ontem José Ribeiro e Castro, acrescentando que "há uma oposição" no partido - mas "o futuro constrói-se com quem participa".

Pires de Lima responde que "a confirmar-se que votaram 4600 pessoas, isso só vem confirmar que a fasquia era hiper-minimalista". "O presidente está no seu direito de considerar a eleição muito expressiva, mas tendo em conta que o CDS tem mais de 30 mil militantes, não posso deixar de estranhar esta falta de ambição", referiu ao DN. Pires de Lima recusa o argumento de que os ficheiros de militantes não são actualizados desde 1975, afirmando que houve pelos menos dois recenseamentos na última década. "Não sei porque é que a actual direcção branqueia os recenseamentos anteriores", critica, acrescentando que "é preciso respeitar os que votaram, mas também os que não votaram nestas eleições, que foram muitos mais."

Para o ex-dirigente, "tendo votado menos de 10% dos militantes, isso devia ser motivo de reflexão" - "o CDS não ganha nada em viver de obstinações". Pires de Lima rejeita também as acusações de oposição "Falar de oposição quando a divergência diz respeito às directas é procurar criar fantasmas onde não existem."

Também Pedro Mota Soares, ex-secretário geral do CDS, considerou ontem que os resultados traduzem "uma participação fraca, que ficou bastante aquém de outros sufrágios internos". O "partido fez este acto eleitoral com pouco ânimo e pouco entusiasmo. Acho que isso deveria merecer uma reflexão" sobre as directas, sublinhou ao DN.

O líder do CDS, José Ribeiro e Castro, foi ontem eleito por sufrágio directo, com o voto de 4318 militantes. Aquelas que foram as primeiras eleições directas na história do partido contaram com a participação de 4617 votantes, números que incluem 270 votos brancos e 29 nulos (numa altura em que faltam apurar 25 concelhos).

Um resultado "animador" e "claramente acima das expectativas", nas palavras do líder centrista, que ontem qualificou estas directas como um "momento histórico". Sublinhando um "grande entusiasmo" com o sufrágio, Ribeiro e Castro apontou as directas como um "instrumento de reunião e mobilização do partido", que revela hoje um "nível de participação muito maior".

Sobre as críticas que têm vindo a ser dirigidas a este método de eleição, e referindo-se em concreto a declarações de António Pires de Lima, Ribeiro e Castro defendeu que face aos níveis de participação alcançados, "não se pode dizer que este é um indicador negativo". "Eu tenho respeito por quem não foi votar, há que ter respeito por quem foi", referiu , numa alusão às palavras do ex-vice-presidente centrista. Em declarações ao DN, António Pires de Lima afirmou que não iria votar neste escrutínio, sublinhando também que uma participação na ordem das três mil pessoas - estimativa prevista pela direcção - era "pôr a fasquia no mínimo dos mínimos". "Falou cedo de mais" considerou ontem José Ribeiro e Castro, acrescentando que "há uma oposição" no partido - mas "o futuro constrói-se com quem participa".

Pires de Lima responde que "a confirmar-se que votaram 4600 pessoas, isso só vem confirmar que a fasquia era hiper-minimalista". "O presidente está no seu direito de considerar a eleição muito expressiva, mas tendo em conta que o CDS tem mais de 30 mil militantes, não posso deixar de estranhar esta falta de ambição", referiu ao DN. Pires de Lima recusa o argumento de que os ficheiros de militantes não são actualizados desde 1975, afirmando que houve pelos menos dois recenseamentos na última década. "Não sei porque é que a actual direcção branqueia os recenseamentos anteriores", critica, acrescentando que "é preciso respeitar os que votaram, mas também os que não votaram nestas eleições, que foram muitos mais."

Para o ex-dirigente, "tendo votado menos de 10% dos militantes, isso devia ser motivo de reflexão" - "o CDS não ganha nada em viver de obstinações". Pires de Lima rejeita também as acusações de oposição "Falar de oposição quando a divergência diz respeito às directas é procurar criar fantasmas onde não existem."

Também Pedro Mota Soares, ex-secretário geral do CDS, considerou ontem que os resultados traduzem "uma participação fraca, que ficou bastante aquém de outros sufrágios internos". O "partido fez este acto eleitoral com pouco ânimo e pouco entusiasmo. Acho que isso deveria merecer uma reflexão" sobre as directas, sublinhou ao DN.

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