Descoligação governamental

02-03-2008
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Descoligação governamental

PSD e CDS tentam relativizar as guerras entre si. Mas o clima já esteve melhor

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LUIZ CARVALHO SANTANA LOPES Pires de Lima e Portas irritaram o PSD

AINDA a campanha eleitoral não se livrou do «pré» e já PSD e CDS trocam acusações e cobram entre si o acordo de coligação pós-eleitoral assinado há pouco mais de um mês.

Depois de Luís Filipe Menezes ter aberto as hostilidades, atacando o líder e a campanha do CDS, as declarações de António Pires de Lima (à «Sábado»), acerca da «intraquilidade de comportamento do PSD» na formação das listas, e a abertura de Paulo Portas a possíveis entendimentos com o PS em matéria de Defesa e Política Externa foram a «gota de água» para a direcção do PSD. Que, pelo punho de Nuno Morais Sarmento, enviou uma missiva ao vice-presidente do CDS acusando os centristas de não respeitarem o acordo selado pelos respectivos líderes.

E a reacção do CDS não tardou, pela voz de Luís Nobre Guedes, em entrevista ao «DN», alertando contra a reedição do Bloco Central, e por Narana Coissoró.

A direcção do PSD desdramatiza e argumenta que se tratou de «uma clarificação necessária». Mas entre os sociais-democratas há quem reconheça que a carta de Morais Sarmento, publicitada nos jornais mesmo antes de chegar ao destinatário, foi «mais um tiro no pé», ainda que admitam que Pires de Lima merecia «um puxão de orelhas». «É uma burrice. É dar demasiada importância ao CDS que, com este tipo de debate, ganha espaço», critica um social-democrata.

RUI DUARTE SILVA

Outro dirigente considera que se trata dee que. A mesma fonte não se mostra surpreendida com esta troca de mimos entre os dois partidos, pois já se previam. Porém, reconhece que se está a ire, sobretudo,, justifica.

CDS não quer polémicas.

Por seu lado, o CDS aproveita a deixa dos sociais-democratas para reagir, mais uma vez, como o partido responsável que se recusa a alimentar polémicas. «O CDS não entra em polémicas. O eleitorado não nos perdoaria», reagiu prontamente Paulo Portas. Enquanto Pires de Lima lembra que «o adversário é o PS». «É normal que em campanha haja zonas cinzentas que possam provocar algum desconforto, afinal estamos a concorrer um contra o outro», desdramatiza ao EXPRESSO António Pires de Lima, defendendo que sempre que tal suceda «os dois partidos devem conversar» sendo que, sublinha, «é mais saudável que esse tipo de clarificações sejam feitos a título privado».

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PSD e CDS tentam relativizar as guerras entre si. Mas o clima já esteve melhor

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LUIZ CARVALHO SANTANA LOPES Pires de Lima e Portas irritaram o PSD

AINDA a campanha eleitoral não se livrou do «pré» e já PSD e CDS trocam acusações e cobram entre si o acordo de coligação pós-eleitoral assinado há pouco mais de um mês.

Depois de Luís Filipe Menezes ter aberto as hostilidades, atacando o líder e a campanha do CDS, as declarações de António Pires de Lima (à «Sábado»), acerca da «intraquilidade de comportamento do PSD» na formação das listas, e a abertura de Paulo Portas a possíveis entendimentos com o PS em matéria de Defesa e Política Externa foram a «gota de água» para a direcção do PSD. Que, pelo punho de Nuno Morais Sarmento, enviou uma missiva ao vice-presidente do CDS acusando os centristas de não respeitarem o acordo selado pelos respectivos líderes.

E a reacção do CDS não tardou, pela voz de Luís Nobre Guedes, em entrevista ao «DN», alertando contra a reedição do Bloco Central, e por Narana Coissoró.

A direcção do PSD desdramatiza e argumenta que se tratou de «uma clarificação necessária». Mas entre os sociais-democratas há quem reconheça que a carta de Morais Sarmento, publicitada nos jornais mesmo antes de chegar ao destinatário, foi «mais um tiro no pé», ainda que admitam que Pires de Lima merecia «um puxão de orelhas». «É uma burrice. É dar demasiada importância ao CDS que, com este tipo de debate, ganha espaço», critica um social-democrata.

RUI DUARTE SILVA

Outro dirigente considera que se trata dee que. A mesma fonte não se mostra surpreendida com esta troca de mimos entre os dois partidos, pois já se previam. Porém, reconhece que se está a ire, sobretudo,, justifica.

CDS não quer polémicas.

Por seu lado, o CDS aproveita a deixa dos sociais-democratas para reagir, mais uma vez, como o partido responsável que se recusa a alimentar polémicas. «O CDS não entra em polémicas. O eleitorado não nos perdoaria», reagiu prontamente Paulo Portas. Enquanto Pires de Lima lembra que «o adversário é o PS». «É normal que em campanha haja zonas cinzentas que possam provocar algum desconforto, afinal estamos a concorrer um contra o outro», desdramatiza ao EXPRESSO António Pires de Lima, defendendo que sempre que tal suceda «os dois partidos devem conversar» sendo que, sublinha, «é mais saudável que esse tipo de clarificações sejam feitos a título privado».

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