A questão do aumento do salário mínimo deveria encher de vergonha quem questiona o aumento de 26 euros em 2009.Quatrocentos e cinquenta euros são miseráveis, mas para alguns é o suficiente para colocarem em causa um acordo atingido na concertação social, para outros ameaçarem com a não renovação dos contratos a termo efectuados com trabalhadores, e sabe-se lá, o que mais vamos ter que ouvir.Não é possível dar credibilidade a um senhor que diz representar as PME´s, porque o que ele disse é grave. Primeiro porque ameaça não renovar os contratos com os trabalhadores, sinal de que não precisa deles, o que assim sendo não lhe dá muito crédito como gestor. Segundo a ameaça em si mesmo é uma forma intolerável de pressão.Mas será que MFL tem mais credibilidade que o Sr. das PME´s? Não me parece, o sentido do que afirmou não é muito diferente do que o outro Sr. disse, apenas utilizou uma formulação diferente: mais vinte e seis euros de aumento, logo mais desemprego.A preocupação com os mais desfavorecidos que era o discurso inicial de MFL desapareceu com a crise, o controle do défice que foi transformado em obsessão quando foi ministra das finanças de Durão esfumou-se, a fúria do investimento público, com que concordava, durante o governo do seu amigo Cavaco como primeiro-ministro já não existe.O que resta de MFL? Muito pouco, ou quase nada. Incapaz de definir uma estratégia política de futuro, incapaz de gerar esperança nos apoiantes, com algumas excepções como Pacheco Pereira, e sem um rumo para o país o destino de MFL começa a ser traçado. O futuro não irá contar com ela.
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A questão do aumento do salário mínimo deveria encher de vergonha quem questiona o aumento de 26 euros em 2009.Quatrocentos e cinquenta euros são miseráveis, mas para alguns é o suficiente para colocarem em causa um acordo atingido na concertação social, para outros ameaçarem com a não renovação dos contratos a termo efectuados com trabalhadores, e sabe-se lá, o que mais vamos ter que ouvir.Não é possível dar credibilidade a um senhor que diz representar as PME´s, porque o que ele disse é grave. Primeiro porque ameaça não renovar os contratos com os trabalhadores, sinal de que não precisa deles, o que assim sendo não lhe dá muito crédito como gestor. Segundo a ameaça em si mesmo é uma forma intolerável de pressão.Mas será que MFL tem mais credibilidade que o Sr. das PME´s? Não me parece, o sentido do que afirmou não é muito diferente do que o outro Sr. disse, apenas utilizou uma formulação diferente: mais vinte e seis euros de aumento, logo mais desemprego.A preocupação com os mais desfavorecidos que era o discurso inicial de MFL desapareceu com a crise, o controle do défice que foi transformado em obsessão quando foi ministra das finanças de Durão esfumou-se, a fúria do investimento público, com que concordava, durante o governo do seu amigo Cavaco como primeiro-ministro já não existe.O que resta de MFL? Muito pouco, ou quase nada. Incapaz de definir uma estratégia política de futuro, incapaz de gerar esperança nos apoiantes, com algumas excepções como Pacheco Pereira, e sem um rumo para o país o destino de MFL começa a ser traçado. O futuro não irá contar com ela.