Ministros molhados

29-10-2008
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Edição 1647

22.05.2004 1º Caderno Economia

& Internacional Única Actual Opinião Edições Anteriores Pesquisa Na noite

Moda laureada Antes de tempo

Bacalhau ameaçado Quiosque

Espelho-televisão Ministros molhados Ministros molhados A transparência da filha de Kerry A transparência da filha de Kerry Impostos S.A. Impostos S.A. «Si non é vero»... «Si non é vero»... Conversa discreta Conversa discreta O adeus de Volker Huber O adeus de Volker Huber Benvindo Santana Lopes Benvindo Santana Lopes Mistério no tribunal Mistério no tribunal Ministro peregrino Ministro peregrino

» Jornalistas

Ministros molhados

Coordenação de Pedro Andrade PAULO CARRIÇO/LUSA A uma semana do Rock in Rio e a menos de um mês do Euro-2004, as entidades oficiais têm feito tudo para mostrar que Portugal está preparadíssimo para um mês de festa, futebol e rock’n’roll. E tem sido um verdadeiro virote. Na última terça-feira, o ministro-adjunto José Luís Arnaut e o ministro da Administração Interna, Figueiredo Lopes, convocaram a Comunicação Social para Algés, para assistir a uma sessão de apresentação dos meios ao dispor das forças policiais. E entre muitos viaturas da PSP e cavalos e cães da GNR lá estavam dois canhões de água (usados para dispersar multidões), que esta adquiriu... em 1978. Como tudo aquilo era para mostrar, toca de pôr os canhões de água a funcionar, claro. A assistência ainda viu os jactos a subir, muito alto, e a girar devido ao efeito dado pelos canhões... e depois nem percebeu bem o que se passou. É que, como tudo o que sobe, logo a seguir a água começou a cair. O resultado foi digno de se ver: ele era todos a saltar, enquanto PSP e GNR não conseguiam esconder os sorrisos. Os ministros (na foto, após a molha) ainda escaparam mais ou menos, mas GENTE garante que houve assessores que saíram «bem pingados». A uma semana do Rock in Rio e a menos de um mês do Euro-2004, as entidades oficiais têm feito tudo para mostrar que Portugal está preparadíssimo para um mês de festa, futebol e rock’n’roll. E tem sido um verdadeiro virote. Na última terça-feira, o ministro-adjuntoe o ministro da Administração Interna,, convocaram a Comunicação Social para Algés, para assistir a uma sessão de apresentação dos meios ao dispor das forças policiais. E entre muitos viaturas da PSP e cavalos e cães da GNR lá estavam dois canhões de água (usados para dispersar multidões), que esta adquiriu... em 1978. Como tudo aquilo era para mostrar, toca de pôr os canhões de água a funcionar, claro. A assistência ainda viu os jactos a subir, muito alto, e a girar devido ao efeito dado pelos canhões... e depois nem percebeu bem o que se passou. É que, como tudo o que sobe, logo a seguir a água começou a cair. O resultado foi digno de se ver: ele era todos a saltar, enquanto PSP e GNR não conseguiam esconder os sorrisos. Os ministros (na foto, após a molha) ainda escaparam mais ou menos, mas GENTE garante que houve assessores que saíram «bem pingados». A transparência da filha de Kerry

LAURENT REBOURS/AP Não se sabe se o pai vai fazer campanha propondo uma política transparente, mas a filha já mostrou ser a favor da mais completa transparência. Alexandra Kerry, de 30 anos, filha do candidato democrata a Presidente dos Estados Unidos, John Kerry, apareceu com um vaporoso vestido de gaze negra no Festival de Cannes, onde apresentou a sua quarta curta-metragem. Além de se dedicar à realização e de estar à procura de produtores para a sua primeira longa-metragem, Alexandra é também actriz e vai fazer parte do elenco de «Spartan», o novo filme de David Mamet. Não se sabe se o pai vai fazer campanha propondo uma política transparente, mas a filha já mostrou ser a favor da mais completa transparência. Alexandra Kerry, de 30 anos, filha do candidato democrata a Presidente dos Estados Unidos, John Kerry, apareceu com um vaporoso vestido de gaze negra no Festival de Cannes, onde apresentou a sua quarta curta-metragem. Além de se dedicar à realização e de estar à procura de produtores para a sua primeira longa-metragem, Alexandra é também actriz e vai fazer parte do elenco de «Spartan», o novo filme de David Mamet. Impostos S.A.

A piada já corre há algumas semanas na Direcção-Geral de Impostos, e GENTE, que não é de intrigas, aqui a reproduz para aumento da cultura geral dos seus leitores. Segundo a dita, o Governo vai aproveitar a nomeação para director-geral de Impostos de Paulo Macedo - que estava na administração da Médis (do grupo BCP) - para mudar o nome desta entidade. Passará a chamar-se «Millennium DGI». Para já, é só uma anedota, mas há quem, mais sério, lembre que os bancos sempre mostraram a sua disponibilidade para assumir a cobrança de impostos em nome do Estado... «Si non é vero»...

JOSÉ VENTURA Miguel Sousa Tavares «traiu-se» quando, há duas semanas, na Feira do Livro de Praga, recebeu de um residente luso em terras checas a notícia de que seria ele o próximo treinador do Futebol Clube do Porto, em substituição de José Mourinho. «Ainda não leu ‘A Bola’ de hoje?», perguntou-lhe António Alberto Teixeira, professor de português na capital da República Checa, estendendo-lhe um recorte comprovativo da «boa nova». O conhecido adepto portista - que nesse mesmo dia, na sua habitual crónica do «Público», assinava mais um fervoroso texto de elogio aos dragões - só conseguiu balbuciar: «Mas eu acabei de falar ao telefone com o Pinto da Costa e ele não me disse nada...» Não fosse a coisa complicar-se, o professor apressou-se a denunciar o que não era senão uma imaginativa brincadeira: «Não me diga que acreditou na minha montagem?» Inicialmente perplexo, Sousa Tavares soltou então uma sonora gargalhada, mostrando sentido de humor. Mas GENTE não pode deixar de registar o «descuido» de quem, depois do sucesso jornalístico e literário, pelos vistos ainda tem outras ambições (agora menos secretas) por satisfazer... «traiu-se» quando, há duas semanas, na Feira do Livro de Praga, recebeu de um residente luso em terras checas a notícia de que seria ele o próximo treinador do Futebol Clube do Porto, em substituição de José Mourinho. «Ainda não leu ‘A Bola’ de hoje?», perguntou-lhe António Alberto Teixeira, professor de português na capital da República Checa, estendendo-lhe um recorte comprovativo da «boa nova». O conhecido adepto portista - que nesse mesmo dia, na sua habitual crónica do «Público», assinava mais um fervoroso texto de elogio aos dragões - só conseguiu balbuciar: «Mas eu acabei de falar ao telefone com o Pinto da Costa e ele não me disse nada...» Não fosse a coisa complicar-se, o professor apressou-se a denunciar o que não era senão uma imaginativa brincadeira: «Não me diga que acreditou na minha montagem?» Inicialmente perplexo, Sousa Tavares soltou então uma sonora gargalhada, mostrando sentido de humor. Mas GENTE não pode deixar de registar o «descuido» de quem, depois do sucesso jornalístico e literário, pelos vistos ainda tem outras ambições (agora menos secretas) por satisfazer... Conversa discreta

O novo presidente do grupo parlamentar do PS, António José Seguro, almoçou um destes dias no Tivoli Jardim com o seu grande amigo e, por acaso, só por acaso, primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves. GENTE, sempre discreta, não ouviu as suas conversas, evidentemente... Mas não resiste a «deitar-se» a adivinhar sobre o que falavam: seria um jovem líder parlamentar socialista a querer recolher dados sobre o que é isso de se ser... primeiro-ministro? O adeus de Volker Huber

JOSÉ VENTURA Radicado desde o início dos anos 80 no Algarve, onde fundou, em Almancil, o Centro Cultural de São Lourenço, o alemão Volker Huber faleceu na sexta-feira da semana passada, em casa, aos 70 anos. Com a francesa Marie, companheira há quase quatro décadas, apresentara aos algarvios uma nova forma de se relacionar com a arte. Sem subsídios, frenéticos nos contactos e na vontade de trabalhar, conseguiram mais de 200 exposições e 400 concertos desde que o Centro abriu portas, em 1981, tornando-o uma referência a nível nacional. O «nobelizado» escritor alemão Günter Grass era amigo próximo do casal e tinha as aguarelas do livro «O Meu Século» expostas em São Lourenço. Também da casa são os artistas João Cutileiro e José de Guimarães - este participou numa das mais publicitadas exposições do Centro, em 2000, a de dez vacas, de tamanho natural, pintadas por diversos criadores e que estavam espalhadas pelos jardins. Radicado desde o início dos anos 80 no Algarve, onde fundou, em Almancil, o Centro Cultural de São Lourenço, o alemão Volker Huber faleceu na sexta-feira da semana passada, em casa, aos 70 anos. Com a francesa Marie, companheira há quase quatro décadas, apresentara aos algarvios uma nova forma de se relacionar com a arte. Sem subsídios, frenéticos nos contactos e na vontade de trabalhar, conseguiram mais de 200 exposições e 400 concertos desde que o Centro abriu portas, em 1981, tornando-o uma referência a nível nacional. O «nobelizado» escritor alemão Günter Grass era amigo próximo do casal e tinha as aguarelas do livro «O Meu Século» expostas em São Lourenço. Também da casa são os artistas João Cutileiro e José de Guimarães - este participou numa das mais publicitadas exposições do Centro, em 2000, a de dez vacas, de tamanho natural, pintadas por diversos criadores e que estavam espalhadas pelos jardins. Benvindo Santana Lopes

Santana Lopes anda em maré de azar e já nem a sua arma de propaganda favorita na Câmara de Lisboa - o «outdoor» - lhe sai bem. Querendo saudar os visitantes do Rock in Rio, o autarca tropeçou na ortografia. Edite Estrela - em tempos a professora de português mais famosa do país - não resistiu a puxar-lhe as orelhas. Sob a forma de requerimento parlamentar, a deputada socialista afirmou-se «surpreendida com o teor de um cartaz publicitário, estrategicamente colocado em frente da Assembleia da República: BENVINDO ROCK IN RIO-LISBOA». Esclareceu que tentou «identificar o anunciado Sr. Benvindo», até ser «informada (por pessoa mais esclarecida) de que não se tratava de divulgar a presença de mais um cantor, mas tão-só de dar as boas-vindas aos participantes do Rock in Rio». De imediato, Santana Lopes enjeitou responsabilidades, justificando que, na escola, tinha «zero erros» nos ditados. Mas, horas depois, mais rápido que uma bala, substituiu os cartazes. Mistério no tribunal

A vizinhança do Tribunal de Contas andava intrigada. Mesmo lá dentro, entre funcionários, auditores e técnicos, a coisa estava a ganhar contornos de verdadeiro mistério. É que Sousa Franco, Freitas do Amaral e Gomes Canotilho foram vistos, por duas ou três vezes seguidas - e sempre às sextas-feiras -, a entrarem juntos no Tribunal de Contas, pedindo para se dirigirem ao gabinete do presidente, Alfredo José de Sousa. As teses conspirativas começaram logo a correr: mas que andariam estas três personalidades tão (politicamente) distintas a congeminar com o presidente do TC? GENTE está, finalmente, em condições de esclarecer todas as dúvidas à volta destes misteriosos encontros. E a história resume-se a um problema de «falta de espaço». Os três professores fazem parte de uma comissão de avaliação do ensino superior de Direito e, por não terem lugar onde se encontrarem, pediram a Alfredo José de Sousa que lhes cedesse uma salinha vaga do edifício do tribunal para as suas reuniões. Ministro peregrino

Numa altura em que o Executivo e a Administração Pública vivem em clima de remodelação ministerial e a uma semana do Congresso do PSD (em que se prevêem mudanças no cargo de secretário-geral), o jornal «24 Horas» encontrou o ministro-adjunto José Luís Arnaut em Fátima, nas celebrações de mais um 13 de Maio. Numa altura em que o Executivo e a Administração Pública vivem em clima de remodelação ministerial e a uma semana do Congresso do PSD (em que se prevêem mudanças no cargo de secretário-geral), o jornal «24 Horas» encontrou o ministro-adjunto José Luís Arnaut em Fátima, nas celebrações de mais um 13 de Maio. Há imagens muito... significativas.

Edição 1647

22.05.2004 1º Caderno Economia

& Internacional Única Actual Opinião Edições Anteriores Pesquisa Na noite

Moda laureada Antes de tempo

Bacalhau ameaçado Quiosque

Espelho-televisão Ministros molhados Ministros molhados A transparência da filha de Kerry A transparência da filha de Kerry Impostos S.A. Impostos S.A. «Si non é vero»... «Si non é vero»... Conversa discreta Conversa discreta O adeus de Volker Huber O adeus de Volker Huber Benvindo Santana Lopes Benvindo Santana Lopes Mistério no tribunal Mistério no tribunal Ministro peregrino Ministro peregrino

» Jornalistas

Ministros molhados

Coordenação de Pedro Andrade PAULO CARRIÇO/LUSA A uma semana do Rock in Rio e a menos de um mês do Euro-2004, as entidades oficiais têm feito tudo para mostrar que Portugal está preparadíssimo para um mês de festa, futebol e rock’n’roll. E tem sido um verdadeiro virote. Na última terça-feira, o ministro-adjunto José Luís Arnaut e o ministro da Administração Interna, Figueiredo Lopes, convocaram a Comunicação Social para Algés, para assistir a uma sessão de apresentação dos meios ao dispor das forças policiais. E entre muitos viaturas da PSP e cavalos e cães da GNR lá estavam dois canhões de água (usados para dispersar multidões), que esta adquiriu... em 1978. Como tudo aquilo era para mostrar, toca de pôr os canhões de água a funcionar, claro. A assistência ainda viu os jactos a subir, muito alto, e a girar devido ao efeito dado pelos canhões... e depois nem percebeu bem o que se passou. É que, como tudo o que sobe, logo a seguir a água começou a cair. O resultado foi digno de se ver: ele era todos a saltar, enquanto PSP e GNR não conseguiam esconder os sorrisos. Os ministros (na foto, após a molha) ainda escaparam mais ou menos, mas GENTE garante que houve assessores que saíram «bem pingados». A uma semana do Rock in Rio e a menos de um mês do Euro-2004, as entidades oficiais têm feito tudo para mostrar que Portugal está preparadíssimo para um mês de festa, futebol e rock’n’roll. E tem sido um verdadeiro virote. Na última terça-feira, o ministro-adjuntoe o ministro da Administração Interna,, convocaram a Comunicação Social para Algés, para assistir a uma sessão de apresentação dos meios ao dispor das forças policiais. E entre muitos viaturas da PSP e cavalos e cães da GNR lá estavam dois canhões de água (usados para dispersar multidões), que esta adquiriu... em 1978. Como tudo aquilo era para mostrar, toca de pôr os canhões de água a funcionar, claro. A assistência ainda viu os jactos a subir, muito alto, e a girar devido ao efeito dado pelos canhões... e depois nem percebeu bem o que se passou. É que, como tudo o que sobe, logo a seguir a água começou a cair. O resultado foi digno de se ver: ele era todos a saltar, enquanto PSP e GNR não conseguiam esconder os sorrisos. Os ministros (na foto, após a molha) ainda escaparam mais ou menos, mas GENTE garante que houve assessores que saíram «bem pingados». A transparência da filha de Kerry

LAURENT REBOURS/AP Não se sabe se o pai vai fazer campanha propondo uma política transparente, mas a filha já mostrou ser a favor da mais completa transparência. Alexandra Kerry, de 30 anos, filha do candidato democrata a Presidente dos Estados Unidos, John Kerry, apareceu com um vaporoso vestido de gaze negra no Festival de Cannes, onde apresentou a sua quarta curta-metragem. Além de se dedicar à realização e de estar à procura de produtores para a sua primeira longa-metragem, Alexandra é também actriz e vai fazer parte do elenco de «Spartan», o novo filme de David Mamet. Não se sabe se o pai vai fazer campanha propondo uma política transparente, mas a filha já mostrou ser a favor da mais completa transparência. Alexandra Kerry, de 30 anos, filha do candidato democrata a Presidente dos Estados Unidos, John Kerry, apareceu com um vaporoso vestido de gaze negra no Festival de Cannes, onde apresentou a sua quarta curta-metragem. Além de se dedicar à realização e de estar à procura de produtores para a sua primeira longa-metragem, Alexandra é também actriz e vai fazer parte do elenco de «Spartan», o novo filme de David Mamet. Impostos S.A.

A piada já corre há algumas semanas na Direcção-Geral de Impostos, e GENTE, que não é de intrigas, aqui a reproduz para aumento da cultura geral dos seus leitores. Segundo a dita, o Governo vai aproveitar a nomeação para director-geral de Impostos de Paulo Macedo - que estava na administração da Médis (do grupo BCP) - para mudar o nome desta entidade. Passará a chamar-se «Millennium DGI». Para já, é só uma anedota, mas há quem, mais sério, lembre que os bancos sempre mostraram a sua disponibilidade para assumir a cobrança de impostos em nome do Estado... «Si non é vero»...

JOSÉ VENTURA Miguel Sousa Tavares «traiu-se» quando, há duas semanas, na Feira do Livro de Praga, recebeu de um residente luso em terras checas a notícia de que seria ele o próximo treinador do Futebol Clube do Porto, em substituição de José Mourinho. «Ainda não leu ‘A Bola’ de hoje?», perguntou-lhe António Alberto Teixeira, professor de português na capital da República Checa, estendendo-lhe um recorte comprovativo da «boa nova». O conhecido adepto portista - que nesse mesmo dia, na sua habitual crónica do «Público», assinava mais um fervoroso texto de elogio aos dragões - só conseguiu balbuciar: «Mas eu acabei de falar ao telefone com o Pinto da Costa e ele não me disse nada...» Não fosse a coisa complicar-se, o professor apressou-se a denunciar o que não era senão uma imaginativa brincadeira: «Não me diga que acreditou na minha montagem?» Inicialmente perplexo, Sousa Tavares soltou então uma sonora gargalhada, mostrando sentido de humor. Mas GENTE não pode deixar de registar o «descuido» de quem, depois do sucesso jornalístico e literário, pelos vistos ainda tem outras ambições (agora menos secretas) por satisfazer... «traiu-se» quando, há duas semanas, na Feira do Livro de Praga, recebeu de um residente luso em terras checas a notícia de que seria ele o próximo treinador do Futebol Clube do Porto, em substituição de José Mourinho. «Ainda não leu ‘A Bola’ de hoje?», perguntou-lhe António Alberto Teixeira, professor de português na capital da República Checa, estendendo-lhe um recorte comprovativo da «boa nova». O conhecido adepto portista - que nesse mesmo dia, na sua habitual crónica do «Público», assinava mais um fervoroso texto de elogio aos dragões - só conseguiu balbuciar: «Mas eu acabei de falar ao telefone com o Pinto da Costa e ele não me disse nada...» Não fosse a coisa complicar-se, o professor apressou-se a denunciar o que não era senão uma imaginativa brincadeira: «Não me diga que acreditou na minha montagem?» Inicialmente perplexo, Sousa Tavares soltou então uma sonora gargalhada, mostrando sentido de humor. Mas GENTE não pode deixar de registar o «descuido» de quem, depois do sucesso jornalístico e literário, pelos vistos ainda tem outras ambições (agora menos secretas) por satisfazer... Conversa discreta

O novo presidente do grupo parlamentar do PS, António José Seguro, almoçou um destes dias no Tivoli Jardim com o seu grande amigo e, por acaso, só por acaso, primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves. GENTE, sempre discreta, não ouviu as suas conversas, evidentemente... Mas não resiste a «deitar-se» a adivinhar sobre o que falavam: seria um jovem líder parlamentar socialista a querer recolher dados sobre o que é isso de se ser... primeiro-ministro? O adeus de Volker Huber

JOSÉ VENTURA Radicado desde o início dos anos 80 no Algarve, onde fundou, em Almancil, o Centro Cultural de São Lourenço, o alemão Volker Huber faleceu na sexta-feira da semana passada, em casa, aos 70 anos. Com a francesa Marie, companheira há quase quatro décadas, apresentara aos algarvios uma nova forma de se relacionar com a arte. Sem subsídios, frenéticos nos contactos e na vontade de trabalhar, conseguiram mais de 200 exposições e 400 concertos desde que o Centro abriu portas, em 1981, tornando-o uma referência a nível nacional. O «nobelizado» escritor alemão Günter Grass era amigo próximo do casal e tinha as aguarelas do livro «O Meu Século» expostas em São Lourenço. Também da casa são os artistas João Cutileiro e José de Guimarães - este participou numa das mais publicitadas exposições do Centro, em 2000, a de dez vacas, de tamanho natural, pintadas por diversos criadores e que estavam espalhadas pelos jardins. Radicado desde o início dos anos 80 no Algarve, onde fundou, em Almancil, o Centro Cultural de São Lourenço, o alemão Volker Huber faleceu na sexta-feira da semana passada, em casa, aos 70 anos. Com a francesa Marie, companheira há quase quatro décadas, apresentara aos algarvios uma nova forma de se relacionar com a arte. Sem subsídios, frenéticos nos contactos e na vontade de trabalhar, conseguiram mais de 200 exposições e 400 concertos desde que o Centro abriu portas, em 1981, tornando-o uma referência a nível nacional. O «nobelizado» escritor alemão Günter Grass era amigo próximo do casal e tinha as aguarelas do livro «O Meu Século» expostas em São Lourenço. Também da casa são os artistas João Cutileiro e José de Guimarães - este participou numa das mais publicitadas exposições do Centro, em 2000, a de dez vacas, de tamanho natural, pintadas por diversos criadores e que estavam espalhadas pelos jardins. Benvindo Santana Lopes

Santana Lopes anda em maré de azar e já nem a sua arma de propaganda favorita na Câmara de Lisboa - o «outdoor» - lhe sai bem. Querendo saudar os visitantes do Rock in Rio, o autarca tropeçou na ortografia. Edite Estrela - em tempos a professora de português mais famosa do país - não resistiu a puxar-lhe as orelhas. Sob a forma de requerimento parlamentar, a deputada socialista afirmou-se «surpreendida com o teor de um cartaz publicitário, estrategicamente colocado em frente da Assembleia da República: BENVINDO ROCK IN RIO-LISBOA». Esclareceu que tentou «identificar o anunciado Sr. Benvindo», até ser «informada (por pessoa mais esclarecida) de que não se tratava de divulgar a presença de mais um cantor, mas tão-só de dar as boas-vindas aos participantes do Rock in Rio». De imediato, Santana Lopes enjeitou responsabilidades, justificando que, na escola, tinha «zero erros» nos ditados. Mas, horas depois, mais rápido que uma bala, substituiu os cartazes. Mistério no tribunal

A vizinhança do Tribunal de Contas andava intrigada. Mesmo lá dentro, entre funcionários, auditores e técnicos, a coisa estava a ganhar contornos de verdadeiro mistério. É que Sousa Franco, Freitas do Amaral e Gomes Canotilho foram vistos, por duas ou três vezes seguidas - e sempre às sextas-feiras -, a entrarem juntos no Tribunal de Contas, pedindo para se dirigirem ao gabinete do presidente, Alfredo José de Sousa. As teses conspirativas começaram logo a correr: mas que andariam estas três personalidades tão (politicamente) distintas a congeminar com o presidente do TC? GENTE está, finalmente, em condições de esclarecer todas as dúvidas à volta destes misteriosos encontros. E a história resume-se a um problema de «falta de espaço». Os três professores fazem parte de uma comissão de avaliação do ensino superior de Direito e, por não terem lugar onde se encontrarem, pediram a Alfredo José de Sousa que lhes cedesse uma salinha vaga do edifício do tribunal para as suas reuniões. Ministro peregrino

Numa altura em que o Executivo e a Administração Pública vivem em clima de remodelação ministerial e a uma semana do Congresso do PSD (em que se prevêem mudanças no cargo de secretário-geral), o jornal «24 Horas» encontrou o ministro-adjunto José Luís Arnaut em Fátima, nas celebrações de mais um 13 de Maio. Numa altura em que o Executivo e a Administração Pública vivem em clima de remodelação ministerial e a uma semana do Congresso do PSD (em que se prevêem mudanças no cargo de secretário-geral), o jornal «24 Horas» encontrou o ministro-adjunto José Luís Arnaut em Fátima, nas celebrações de mais um 13 de Maio. Há imagens muito... significativas.

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